Banksy, o pintor de graffiti cujos stencils têm aparecido neste Outubro nas paredes de Nova Iorque, está a ser procurado pela polícia desta cidade sob a acusação de vandalismo.
Foi o presidente da Câmara de Nova Iorque, Michael Bloomberg, quem lançou a acusação em declarações ao jornal New York Post: “O graffiti estraga, sim, a propriedade das pessoas e é um sinal de decadência e de perda de controlo”.
Se as convicções anarquistas do artista aspiram à destruição da família e da sociedade, sendo algumas das suas obras ofensivas pelo desrespeito que veiculam ou até subtilmente perversas, outras estão imbuídas de uma ingenuidade ou de um lirismo tocantes. Como as que reunimos aqui:
Bed Stuy / Williamsburg, Nova Iorque, EUA, 17 de Outubro de 2013
Tribeca, Nova Iorque, EUA, 15 de Outubro de 2013
Manhattan, Nova Iorque, EUA, 1 de Outubro de 2013
Love Is In The Air, 2009
Muro de segurança, Belém, Israel, Agosto 2005
Uma conversa entre Banksy e um velho palestiniano, contada pelo próprio, onde desvaloriza a sua capacidade de metamorfosear a realidade feia numa ilusão estética:
"Velho: Ao pintar o muro, você fá-lo parecer bonito.
Eu: Obrigado.
Velho: Não queremos que seja bonito, nós odiamos esse muro, vá para casa."
Goldfish Room, Camden, Londres
Quando é que o graffiti é crime? Quando provoca poluição visual:
Nuno Marco 18/10/2013 17:39
O Bansky é discreto e não ostensivo. É elegante na expressão da mensagem.
Agora pergunto: é ele o único grafiteiro de Nova Iorque?
O meu problema não é a propriedade mas o bom gosto, a harmonia de uma cidade (muitas vezes já pouco harmónica e muito confusa) que fica destruída por desenhos berrantes e mais ou menos caóticos, que criam cansaço e confusão visuais.
A estética aqui é a questão decisiva. Mas os desenhos discretos do Bansky apresentam uma elegância estética, uma concisão expressiva e uma preocupação ética no respeito pela cidade que são atitudes quase ímpares entre os grafiteiros. É, neste caso, uma perseguição injustificável.
Uma conversa entre Banksy e um velho palestiniano, contada pelo próprio, onde desvaloriza a sua capacidade de metamorfosear a realidade feia numa ilusão estética:
"Velho: Ao pintar o muro, você fá-lo parecer bonito.
Eu: Obrigado.
Velho: Não queremos que seja bonito, nós odiamos esse muro, vá para casa."
Goldfish Room, Camden, Londres
Quando é que o graffiti é crime? Quando provoca poluição visual:
Nuno Marco 18/10/2013 17:39
O Bansky é discreto e não ostensivo. É elegante na expressão da mensagem.
Agora pergunto: é ele o único grafiteiro de Nova Iorque?
O meu problema não é a propriedade mas o bom gosto, a harmonia de uma cidade (muitas vezes já pouco harmónica e muito confusa) que fica destruída por desenhos berrantes e mais ou menos caóticos, que criam cansaço e confusão visuais.
A estética aqui é a questão decisiva. Mas os desenhos discretos do Bansky apresentam uma elegância estética, uma concisão expressiva e uma preocupação ética no respeito pela cidade que são atitudes quase ímpares entre os grafiteiros. É, neste caso, uma perseguição injustificável.
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