sábado, 19 de outubro de 2013

CGTP - as manifestações nas pontes


19 Out, 2013, 20:24


A CGTP esmerou-se na organização da primeira manifestação contra o Orçamento de Estado de 2014.
Quatrocentos autocarros saíram, neste sábado, dos vários concelhos do distrito de Setúbal e dos outros distritos a Sul do Tejo, e iniciaram pelas 14:00 a travessia da ponte 25 de Abril, acompanhados por automóveis e alguns motociclos, em fila compacta e marcha lenta e sob um cáustico buzinão. Do Marquês de Pombal haviam partido atempadamente para Almada os quatro autocarros com a comitiva do secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, que depois lideraram a marcha.


19 Out, 2013, 20:26


Pelas 15:00, com os manifestantes já reunidos em Alcântara, iniciaram-se, na tribuna, os discursos contra as políticas do Governo.

Minutos antes de Arménio Carlos começar a discursar caiu uma forte bátega de água que obrigou alguns manifestantes a saírem da zona central da concentração e a abrigarem-se junto dos edifícios, debaixo de paragens de autocarros e entradas de armazéns.
Algo que não arrefeceu o calor das críticas do líder da CGTP ao Governo pela proibição da marcha a pé sobre a ponte 25 de Abril, que chamou de “nossa ponte”, ao Presidente da República, de quem diz serem “inadmissíveis os silêncios” sobre as referências de Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, e de Christine Lagarde, directora do FMI, ao Tribunal Constitucional que classificou como “chantagens”.
Depois de marcar uma manifestação em frente ao Parlamento para dia 1 de Novembro, data em que o Orçamento de Estado é submetido para aprovação na generalidade, terminou com a fatal exigência de demissão do Governo.


19 Out, 2013, 20:59


Entretanto decorria outra manifestação no Porto. Mais de 100 autocarros com pessoas dos distritos de Aveiro, Braga, Bragança e Vila Real tinham chegado a Gaia.
A marcha atravessou, a pé, a ponte do Infante, seguiu pelas ruas do Porto e, no final, cerca de 30 mil manifestantes concentraram-se na Avenida dos Aliados.
Coube ao coordenador da CGTP João Torres exigir a demissão do governo e a convocação de eleições antecipadas.


19 Out, 2013, 20:57


Num País que está sujeito a um programa de assistência económica e financeira, impunha-se uma pergunta: quanto custou este protesto da CGTP?

Arménio Carlos e um coordenador sindical esquivaram-se à questão, garantindo apenas que a maior parte dos custos foi paga pelos próprios manifestantes.

Então a RTP decidiu fazer uma estimativa sobre os custos da marcha de Lisboa. A portagem na ponte 25 Abril para um autocarro Classe A custa 3,70 euros, logo os 400 autocarros pagaram 1480 euros.
Sendo um aluguer de autocarro, no mínimo, 400 euros, temos 160 mil euros para toda a frota. Mas como as câmaras municipais comunistas emprestam autocarros, parte dos custos serão pagos pelos impostos dos contribuintes.

Há ainda custos que a RTP não estimou: os da logística implementada pela PSP para garantir a segurança dos manifestantes, que serão muito superiores aos do aluguer da frota de autocarros e também pagos pelos impostos de todos nós.


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