Esta animação mostra o projecto de expansão do Canal do Panamá programado para terminar em 2014. O projecto inclui dois novos conjuntos de eclusas e canais de navegação que serão capazes de receber navios com um comprimento 25% maior e transportar três vezes mais carga que os maiores navios acolhidos no canal existente, bem como aumentar o número de passagens de 35 para 50 navios por dia.
O alargamento do Canal do Panamá é uma oportunidade excepcional para os portos portugueses, em especial para o porto de Sines, como já havia sido declarado por vários investigadores em diversos eventos, de que destacamos uma série de três conferências, em 2011, na Sociedade de Geografia de Lisboa, sobre o tema “China, Panamá, Sines. A Rota da Seda do século XXI?”.
Na intervenção de síntese no final da segunda conferência, disse o professor catedrático jubilado do IST, António Brotas:
“O porto de Sines é, possivelmente, na Europa, o porto com melhores condições para receber os navios vindos da China pelo canal do Panamá. Esta ligação deve ser encarada não como uma ligação da China a Portugal, mas como uma ligação da China à Europa.”
E na terceira conferência, em que foi orador, apontou o caminho a seguir pelos governantes:
“No último encontro sobre «Sines e os transportes terrestres», em que eu e o Professor Luis Mancorra, da Universidade de Badajoz, falámos, ficou perfeitamente claro que a obra que temos de fazer nos próximos anos é uma linha ferroviária de bitola europeia e baixa velocidade, com custos relativamente diminutos, na direcção Norte-Sul.”
Portanto merece-nos aplauso a visita que Pedro Passos Coelho e Cavaco Silva fizeram hoje ao Canal do Panamá, antes do início da cimeira ibero-americana. Há que prosseguir neste rumo.
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