Os contratos swaps são produtos financeiros associados a empréstimos bancários e servem para cobrir riscos.
Este excelente vídeo do jornal PÚBLICO explica o que são os contratos swaps e porque são problemáticos os contratos assinados por algumas empresas públicas:
04/09/2013 - 13:51
No caso da empresa Metro do Porto, num empréstimo de 77 milhões de euros houve perdas de 450 milhões de euros.
Os 15 swaps desta empresa — a segunda que acumula mais perdas potenciais — foram contratados entre 2003 e 2009. Obviamente que os dois secretários de Estado do Governo, Paulo Braga Lino, director financeiro da Metro do Porto entre 2006 e 2011, e Juvenal Silva Peneda, administrador executivo da empresa entre 2004 e 2008, foram muito correctamente demitidos em Abril.
“De uma análise preliminar à carteira de derivados, o Banco Santander de Negócios destacava-se das restantes contrapartes pelo risco elevado das suas transacções e pelo seu valor de mercado”, revelava o relatório do IGCP entregue na comissão parlamentar de inquérito aos swaps. Em Junho de 2012, das perdas potenciais de 3,3 mil milhões de euros associadas aos contratos swaps, os produtos vendidos pelo Santander tinham implícitas perdas potenciais de 1,4 mil milhões de euros, ou seja, 42%.
Por isso este relatório do IGCP tinha um dossier específico para o Santander onde era tratado, em particular, o swap contratado em 2007 pelo Metro do Porto, considerado “particularmente nocivo”.
Em Setembro de 2012, o contrato estava associado a um valor de mercado de 450 milhões de euros negativos. Logo no primeiro dia da operação, o contrato já tinha um valor negativo de cerca de 100 milhões de euros. “O valor do mercado actual (cerca de 450 milhões de euros negativos) compara com um resultado máximo possível desta operação para o Metro do Porto de cerca de 34 milhões de euros positivos”, acrescenta o relatório do IGCP.
Elucidativo!
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