Imediatamente após a colisão com um baixio exterior do Scole, a velocidade (SOG) diminui abruptamente e a trajectória do navio (COG) mostra que o percurso final é uma deriva em direcção a terra até ao encalhe (filme original aqui).
Vinte meses após o naufrágio na ilha de Giglio, o consórcio ítalo-americano formado pela Titan Salvage e a Micoperi conseguiu endireitar o navio Costa Concordia, através de uma operação dirigida pelo perito sul-africano em resgates de navios Nick Sloane.
Uma operação deste tipo nunca fora realizada num grande navio de tão grandes dimensões e massa — 290 metros de comprimento, 35 metros de largura, 57 metros de altura e 114 mil toneladas. Tendo-se prolongado por 19 horas, a operação envolveu cerca de 500 pessoas e vai custar 600 milhões de euros, que podemos comparar com os 450 milhões do custo do navio, em 2006.
Foi preciso preencher o espaço entre duas rochas, sobre as quais o navio apoiava o flanco direito, com centenas de sacos de cimento. E fixar, também debaixo de água, uma plataforma metálica do tamanho de um campo de futebol que serviu de ponto de tracção para os cabos que permitiram rodar o navio e de base de apoio para as caixas presas ao seu flanco esquerdo logo que ficaram na vertical.
Dall' Italia | 12 settembre 2013
A rotação de 65º do barco, executada primeiro por tracção e depois pela força da gravidade, é visível neste filme acelerado que abrange o intervalo de tempo entre as auroras de segunda e terça-feira:
Dall' Italia | 17 settembre 2013
Retornado à posição vertical, o navio foi equilibrado por contrapesos colocados no seu flanco direito, para que não tombasse para o outro lado.
No final, as caixas de água serão esvaziadas e o navio voltará a flutuar:
As primeiras imagens do Costa Concordia depois de endireitado:
Após quase 19 horas de trabalho contínuo, o Concordia ficou direito às 4 horas da madrugada
(clicar na imagem para ver a apresentação de slides)
Finalmente as fotografias do Costa Concordia antes e depois do desastre:
17 settembre 2013 | 12:54
O tombo, a força das ondas e o poder corrosivo da água salgada degradaram tanto o flanco submerso do navio, em pouco mais de ano e meio, que parece ter sofrido os efeitos de uma explosão ou bombardeamento. Quantos prejuízos uma chefia incompetente consegue acarretar.
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