quarta-feira, 8 de maio de 2013

Reino Unido procura limitar imigração


David Cameron vai propor alteração das leis de imigração para que o Reino Unido possa “atrair pessoas que contribuam para o país e desincentivar quem não o faça”.

A prioridade dada a estas medidas advém do fim próximo das restrições temporárias que o Reino Unido, tal como outros Estados, impôs à entrada em massa dos trabalhadores da Roménia e Bulgária.

O Governo quer proibir o arrendamento de casas a quem não esteja legalmente no país, impor multas mais pesadas para quem contratar trabalhadores ilegais e prevê que os imigrantes, incluindo os cidadãos da União Europeia (UE), só possam receber por mais de seis meses o subsídio destinado a quem procura trabalho, se provarem que têm “condições genuínas” para o conseguir.

Os imigrantes vão precisar de residir entre dois a cinco anos num determinado município para se poderem candidatar a uma casa com renda controlada e pagar taxas no serviço nacional de saúde podendo, em alternativa, os países de origem — incluindo os membros da UE — comparticipar parte das despesas.

Também pretende o Governo britânico tornar mais fácil a deportação de pessoas condenadas a penas superiores a 12 meses de prisão ou que estejam ilegalmente no país, limitando as situações em que podem invocar o direito à reunião familiar.


O anúncio do primeiro-ministro britânico surge depois de, quinta-feira, o Partido da Independência do Reino Unido (UKIP), ter multiplicado o número de votos nas eleições locais, atingindo uma média de 25% nos círculos em que apresentou candidatos. Além de defender a saída da União Europeia, o partido populista de Nigel Farage tem conquistado votos à direita com o seu discurso anti-imigração.

A imprensa também destaca que o discurso de Março de Cameron sobre imigração aconteceu depois de os conservadores terem descido para terceiro lugar em eleições intercalares para o Parlamento. Agora as sondagens mostram que o crescimento dos populistas pôs os conservadores dez pontos atrás dos trabalhistas, tornando improvável a vitória de Cameron nas legislativas de 2015.


No entanto, parece-me que nada mais está a fazer Cameron, senão a aplicar conhecimentos que advêm do estudo da História da Humanidade para prevenir situações de implosão dos Estados.
Recordamos a queda do Império Romano do Ocidente, em 476, após séculos de decadência a que se seguiram as invasões dos bárbaros. Bárbaros para os invadidos, entenda-se, porque desfrutavam de poder económico e financeiro inferior a Roma, mas com valores morais e respeito pela instituições muito superiores aos da decadente e amoral sociedade romana.


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