Antonis Samaras prestou hoje juramento como primeiro-ministro da Grécia.
Antonis Samaras na cerimónia de juramento como primeiro-ministro no palácio presidencial, em Atenas, perante o arcebispo Ieronymos II da Igreja Ortodoxa grega, à esquerda, e o presidente Karolos Papoulias, ao centro.
Reuters
Formado pelo partido de centro-direita que ganhou as eleições — o Nova Democracia — e por mais duas forças políticas, o PASOK liderado por Evangelos Venizelos e a Esquerda Democrática de Fotis Kouvelis, o governo detém uma confortável maioria absoluta de 179 deputados num parlamento de 300 lugares.
Não são, porém, fáceis as tarefas que esperam este economista de 61 anos com um MBA da Harvard University. Depois do país pedir um primeiro resgate de 110 mil milhões de euros, acordado em Maio de 2010 e associado às medidas de austeridade habituais nestes casos, e que estiveram longe de ser cumpridas, o governo do ex-primeiro-ministro George Papandreou viu-se obrigado a pedir um segundo resgate de 130 mil milhões, concedido em Fevereiro deste ano e cujas tranches estão a permitir ao Estado grego apenas a sobrevivência financeira, sendo já visíveis dificuldades como, por exemplo, o aprovisionamento de medicamentos pelos hospitais.
Recordemos que este último resgate exigiu a perda de 53,5 % da dívida soberana grega detida pelas instituições financeiras privadas, tendo sido responsável pelos prejuízos da banca portuguesa no ano passado. Está em curso a recapitalização destes bancos pelo Estado, graças ao empréstimo que recebemos da troika e que será pago através dos impostos dos contribuintes.
Têm, portanto, todos os países do euro de remar no mesmo sentido, começando por desejar uma longa vida ao novo governo da Grécia.
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