segunda-feira, 13 de julho de 2015

Os resultados dos exames nacionais 2015


Os quadros seguintes apresentam as classificações médias obtidas nos exames nacionais de 2015 e foram elaborados a partir da informação divulgada pelo Júri Nacional de Exames.
Remetemos os encarregados de educação que desejam conhecer os resultados dos seus educandos para o sítio na Internet do respectivo agrupamento de escolas/escola não agrupada.

Começamos pelos resultados dos exames do Ensino Básico 3º ciclo divulgados em 9 de Julho:




O quadro seguinte foi elaborado a partir dos resultados dos exames do Ensino Secundário divulgados hoje:




O leitor pode seleccionar, neste calendário, a disciplina e a data para obter os enunciados e os critérios de classificação dos exames nacionais de 2015.

O Júri Nacional de Exames (JNE) divulgou também dois estudos sobre a distribuição das classificações dos exames:


Os quadros acima apresentam as classificações médias dos exames realizados pelos alunos internos, ou seja, os que frequentam as aulas durante o ano lectivo inteiro e obtêm aproveitamento para ir a exame, mas também as suas classificações médias de frequência.
Há alguns alunos que anulam a matrícula por terem baixo aproveitamento, ou frequentam cursos profissionais, ou estudam por sua conta e risco. Todos estes alunos são externos ao sistema de ensino e autopropõem-se a exame.
O estudo divulgado para o ensino secundário permite comparar os resultados dos examinandos internos e externos em 2013, 2014 e 2015.

Do comunicado do IAVE de 9 de Julho, destacamos as seguintes informações:
À semelhança do que se verificou no caso das provas finais do 1.º e do 2.º CEB de 2015, as classificações médias das provas finais do 3.º CEB mantêm-se estáveis quando comparadas com os resultados de anos anteriores e sem variações com relevância assinalável.
Tendo como referência os resultados de 2014, a maior variação é de cinco pontos percentuais (numa escala de 0 a 100%) e, se se considerar o período compreendido entre 2010 e 2015, não ultrapassa 10 pontos percentuais: na disciplina de Português, as classificações médias foram 57% em 2010, 51% em 2011, 54% em 2012, 49% em 2013 e 56% em 2014; na disciplina de Matemática, as classificações médias foram 51% em 2010, 44% em 2011, 54% em 2012, 44% em 2013 e 53% em 2014.
(...)
Quando considerados os resultados por domínio nas disciplinas de Português e de Matemática, também não se verificam oscilações estatisticamente relevantes em relação aos resultados das provas de 2014. Apresentam-se seguidamente os valores da classificação média em relação à cotação por domínio.

Português — Leitura: 70% (63% em 2014); Educação Literária: 52% (53% em 2014); Gramática: 42% (51% em 2014); Escrita: 67% (62% em 2014).

Matemática — Números e Operações: 55% (51% em 2014); Geometria: 42% (44% em 2014), Álgebra: 49% (55% em 2014); Organização e Tratamento de Dados: 67% (73% em 2014).

O comunicado do Ministério da Educação e Ciência dá algumas estatísticas relativas à logística:
No processo de classificação das provas finais do 3.º ciclo estiveram envolvidos 4557 professores classificadores do 3.º ciclo do ensino básico, cujo empenhado trabalho foi fundamental para um rigoroso cumprimento dos prazos previstos para afixação das pautas. Na totalidade das provas finais do 3.º ciclo do ensino básico estiveram ainda envolvidos cerca de 10 000 docentes vigilantes e pertencentes aos secretariados de exames das escolas, cujo papel e desempenho foi fundamental para que a 1.ª fase tenha decorrido sem problemas de maior.

As provas finais do 3.º Ciclo do Ensino Básico de 2015 foram realizadas em 1279 escolas localizadas em Portugal Continental, nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira e nas escolas no estrangeiro com currículo português.

O MEC salienta que as provas de avaliação externa têm como principal objetivo orientar alunos e professores no seu trabalho e, simultaneamente, as escolas, o IAVE e o MEC. A todos cabe uma reflexão, uma análise e uma resposta não precipitada, que conduza a melhorar o ensino destas importantes disciplinas e os seus resultados.

Do comunicado do IAVE sobre os resultados do Ensino Secundário, destacamos as seguintes informações:
Os resultados dos exames finais nacionais de 2015, tendo por referência o universo dos alunos internos, revelam um quadro de relativa estabilidade na generalidade das disciplinas.

Considerando a natureza pública das provas e a interferência que este fator exerce na sua conceção e na variação anual dos resultados, qualquer análise deve ter em conta uma série temporal mais longa, que permita uma comparação de resultados de 5 ou mais anos.

Não obstante a estabilidade dos programas, é de salientar que, por um lado, nas disciplinas trianuais (12.º ano), 2015 é o primeiro ano em que os conteúdos do 10.º ano integram obrigatoriamente o objeto em avaliação, fator que pode explicar as oscilações de maior amplitude nos resultados observados entre 2014 e 2015. Por outro, a conceptualização das provas, tendo em conta o carácter público dos itens, não pode permanecer cristalizada nos mesmos conteúdos e capacidades, sob pena de excluir, da avaliação externa, partes significativas do currículo. As provas são objeto de consultorias e de auditorias de especialidade, quer por professores do ensino secundário, quer por professores do ensino superior, bem como de parecer prévio pelas entidades representadas no Conselho Científico. No geral, as provas foram consideradas adequadas, tanto no que respeita à sua relação com os documentos curriculares, como em relação ao público-alvo.
(...)
Uma nota especial para os resultados das disciplinas de Matemática A e de Biologia e Geologia.

No caso da Matemática A, a introdução, pela primeira vez, de conteúdos do 10.º ano é um fator que explica parcialmente a evolução positiva dos resultados, quando comparados com 2014. Adicionalmente, a conceção das provas de 2015 teve em conta diversos pareceres de especialistas, que incluem as entidades com assento no Conselho Científico, que consideraram que o peso que tinha vindo a ser atribuído ao cálculo era excessivo, que a prova deveria conter pelo menos um item de modelação matemática e mobilizar capacidades relacionadas com o conhecimento de conceitos e procedimentos, como já acontecera em diversas provas de anos anteriores. Foi nestes itens (itens 1. a 4. do Grupo I) que se observou uma melhoria considerável dos resultados.

No que respeita à prova de Biologia e Geologia, cuja conceção é em tudo semelhante às provas de 2013 e 2014, verificou-se que os alunos não dominam conteúdos curriculares essenciais que foram avaliados em itens que apelavam sobretudo ao conhecimento e à compreensão simples de conceitos e cujos resultados ficaram aquém do que seria expectável. São exemplos de itens com um resultado inferior ao expectável, tendo por referência provas de anos anteriores, os itens 4., 5. e 7. do Grupo IV.

O comunicado do Ministério da Educação e Ciência relativo ao Ensino Secundário acrescenta algumas estatísticas:
Os exames finais nacionais do ensino secundário foram realizados em 649 escolas em Portugal continental e nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira, bem como nas escolas no estrangeiro com currículo português. Na 1.ª fase, obrigatória para todos os alunos, foram registadas 344 017 inscrições, tendo sido realizadas 319 409 provas, o que corresponde a cerca de 93% das inscrições.
(...)
Nesta 1.ª fase dos exames finais nacionais, 7289 docentes pertencentes à bolsa de professores classificadores do ensino secundário e 10 000 docentes vigilantes contribuíram para este processo de avaliação externa.

As classificações obtidas na 1.ª fase evidenciam, na generalidade, uma melhoria relativamente ao ano anterior.

Analisando os dados relativos aos alunos internos, verifica-se uma média das classificações inferior a 9,5 valores apenas na prova de Biologia e Geologia (702), com 8,9 valores. Registou-se uma melhoria superior a meio valor na classificação média de exame dos alunos internos em nove das 22 disciplinas. Em seis das 22 disciplinas, a média das classificações reduziu mais de meio valor.

Tendo em consideração as disciplinas com um maior número de alunos internos, destaca-se a subida da classificação média nas disciplinas de Matemática A (635) (2,8 valores), Matemática Aplicada às Ciências Sociais (835) (2,3 valores) e Economia A (712) (1,1 valores) e a descida da classificação média na disciplina de Biologia e Geologia (702) (2,1 valores).

Com exceção das disciplinas de Alemão (501) e Inglês (550), com maioria de alunos autopropostos, os alunos internos obtêm classificações mais elevadas do que as alcançadas por aqueles, à semelhança dos anos anteriores. As diferenças mais significativas, entre os resultados dos alunos internos e dos autopropostos, observam-se nas disciplinas de Geometria Descritiva A (708) e de Matemática A (635), com 4,7 e 5,2 valores de diferença, respetivamente. Pelo contrário, verifica-se nas disciplinas de Física e Química A (715) e de Biologia e Geologia (702) a diferença mais baixa entre os resultados dos alunos internos e dos autopropostos, com 1,3 valores.
(...)
O Ministério da Educação e Ciência (MEC) salienta a importância dos exames serem um referencial no processo de avaliação dos alunos, devendo manter-se com um grau de exigência global semelhante ao longo dos anos. Foi exatamente isso que foi indicado na carta pública de solicitação enviada pelo MEC ao Instituto de Avaliação Educativa (IAVE), a entidade independente responsável pela elaboração das provas. Terminada a 1.ª fase de exames e conhecidos os resultados dos alunos, será necessário que o IAVE e organismos responsáveis do MEC tornem a proceder a uma análise pormenorizada das provas e resultados, tendo em vista avaliar em que grau se tem atingido, ou não, o objetivo preconizado.



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