domingo, 12 de julho de 2015

A Grécia em default parcial - III O cavalo de Tróia do euro


Numa reunião entre Tsipras, Merkel, Hollande e Tusk, à margem da Cimeira do Euro, o primeiro-ministro grego e o seu ministro das Finanças foram confrontados com a exigência de implementarem de forma imediata as reformas propostas ou, em alternativa, o país sair da Zona Euro.




Antes de entrar para a Cimeira do Euro deste domingo, Alexis Tsipras telefonou ao secretário de Estado do Tesouro norte-americano, Jack Lew, a quem disse que um acordo viável "tem de respeitar o povo grego e tudo o que suportaram nos últimos cinco anos".

Rapidamente, Lew divulgou um comunicado: "O secretário de Estado está a seguir atentamente as discussões em Bruxelas e ficou esperançado com o relato de que havia progressos, apesar de ainda haver trabalho a fazer.
A Grécia fez movimentações significativas e demonstrou a vontade política para implementar reformas difíceis e essa contínua flexibilidade é necessária de todas as partes.
"

Mas de pouco lhe valeu esta tentativa de pressão sobre os líderes europeus. A cimeira foi interrompida e, numa reunião com Angela Merkel, François Hollande e Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu, o primeiro-ministro grego ficou a saber que tinha duas alternativas: ou implementava de forma imediata as reformas que propôs ou a Grécia saía da Zona Euro.

Em Atenas, perante uma manifestação anti-austeridade, a polícia de choque recebeu ordens para ocupar a escadaria do parlamento:




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O Reino Unido usufrui grande prosperidade com os negócios financeiros da City e do seu império de offshores e não está interessada em aderir ao euro, nem talvez em permanecer na União Europeia.
Por isso não deve surpreender que a comunicação social britânica explore a cisão provocada na Zona Euro pelo governo liderado por Alexis Tsipras, a lembrar a secessão dos Estados Unidos no séc. XIX:

Como estão alinhadas as nações da Zona Euro

Gráfico do jornal britânico The Guardian: a laranja os países que aceitam um grexit, a cinzento os que hesitam mas preferiam que a Grécia ficasse no euro e a azul os que querem evitar a todo o custo um grexit.



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