Atentemos no discurso de Cavaco Silva na visita do presidente da Áustria:
"O programa de ajustamento que Portugal está a implementar foi objecto, até este momento, de três avaliações por parte da Comissão Europeia e do Fundo Monetário Internacional. E todas elas foram avaliações extremamente positivas. De facto, Portugal está a cumprir inteiramente tudo aquilo a que se comprometeu com as entidades internacionais. E estamos convencidos que conseguiremos cumprir as metas que acordámos quer no domínio da consolidação orçamental, quer no domínio das reformas estruturais e o aumento da competitividade da nossa economia."
[Se não cumprirmos as medidas acordadas com a troika, no sentido de baixar as rendas excessivas pagas aos produtores de energia eléctrica e contratualizadas nas PPP, não conseguiremos de certeza.
Repare-se na convicção com que finge, na força que põe na palavra ‘inteiramente’.]
"Mas, como tive há pouco ocasião de referir, consideramos que é fundamental, a nível europeu, o desenvolvimento de uma estratégia de crescimento económico e de criação de emprego por forma a que a Europa ultrapasse a fase de estagnação económica e Portugal possa beneficiar, através do aumento das suas exportações e do investimento externo, no sentido de reduzir a sua taxa de desemprego e de atenuar os efeitos recessivos das medidas que têm vindo a ser tomadas.
As economias estão interligadas e o que acontece em Portugal depende muito do que acontece nos outros países, por isso esperamos sinceramente que os líderes europeus não deixem de se empenhar no sentido de colocar, ao lado da vertente importante e necessária da disciplina orçamental, a vertente do crescimento económico, da criação de empregos, da coesão e do aumento da competitividade."
[Ao pedir um programa europeu de crescimento económico, esteve bem.]
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