sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Seis banqueiros em Portugal ganham mais de 1 milhão de euros


A Autoridade Bancária Europeia (EBA) publicou hoje um relatório sobre as remunerações acima de um milhão de euros dos funcionários dos bancos da União Europeia (UE), em 2012.

Entre os banqueiros que trabalham em Portugal, foram 6. Tinham sido 11 em 2011 e 13 em 2010. No conjunto dos países europeus a tendência é inversa, com o número de banqueiros a ganhar mais de um milhão de euros a aumentar para 3530.

Os dados divulgados pelo regulador europeu mostram que estes seis banqueiros auferiram uma remuneração média de 1,36 milhões de euros, no ano passado, e ainda receberam globalmente mais 995 mil euros para benefícios de pensões. Em 2011, a remuneração média era 1,6 milhões de euros e, em 2010, atingiu 1,46 milhões de euros.
O relatório da EBA não identifica os seis banqueiros que auferiram mais de 1 milhão de euros mas sabe-se que nenhum dos administradores dos três principais bancos cotados — BES, BCP e BPI — auferiu uma remuneração deste elevado nível, de acordo com os relatórios e contas destas instituições.
Numa carta enviada pelo Banco de Portugal à Caixa Geral de Depósitos (CGD), ao BPI, ao BES, ao BCP, ao Santander Totta, ao Crédito Agrícola, ao Montepio Geral e ao Banif, o regulador português solicitou aos oito principais bancos nacionais "informação sobre os colaboradores que auferem remunerações elevadas".

O número de banqueiros nos países da União Europeia a receber remunerações elevadas aumentou em 11% no ano passado, para 3530. Mais de 75% destes banqueiros, exactamente 2714, trabalham no Reino Unido.
A remuneração média destes gestores, grande parte a trabalhar na City, aproximou-se de 2 milhões de euros, o que significa que a crise financeira não travou os salários e bónus elevados nas instituições financeiras britânicas.

O relatório faz parte do trabalho da EBA sobre as políticas de remuneração do pessoal bancário e têm por objectivo assegurar uma tomada de riscos prudente e sustentável no sector bancário da UE. O regulador europeu pretende criar legislação para limitar os salários pagos na banca, sobretudo a remuneração variável de curto prazo.




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