segunda-feira, 15 de julho de 2013

Os resultados dos exames nacionais 2013 - I


Resultados secundário - 2ª Fase: aqui

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Os quadros seguintes apresentam as médias obtidas nos exames nacionais de 2013, bem como do ano anterior, e foram elaborados a partir da informação divulgada pelo Júri Nacional de Exames.
Remetemos os encarregados de educação que desejam conhecer os resultados dos seus educandos para o sítio na Internet do respectivo agrupamento de escolas/escola não agrupada.

Começamos pelos resultados dos exames nacionais do Ensino Básico - 2º ciclo, hoje divulgados pelo Júri Nacional de Exames (JNE):



O quadro seguinte foi elaborado a partir dos resultados dos exames nacionais do Ensino Básico - 3º ciclo:



O quadro seguinte foi elaborado a partir dos resultados dos exames do Ensino Secundário - 1ª Fase divulgados em 10 de Julho e em 11 de Julho:



O leitor pode consultar os enunciados e os critérios de classificação dos exames nacionais de 2013 aqui.

O Júri Nacional de Exames (JNE) divulgou dois interessantes estudos sobre a distribuição das classificações dos exames:


A informação divulgada pelo JNE incide sobre os resultados dos exames realizados pelos alunos internos, ou seja, os que frequentam as aulas durante o ano lectivo inteiro e obtêm aproveitamento para ir a exame.
Mas há alguns alunos que anulam a matrícula por terem baixo aproveitamento, ou frequentam cursos profissionais, ou estudam por sua conta e risco. Todos estes alunos são externos ao sistema de ensino e autopropõem-se a exame. Este facto aumenta a importância dos estudos mencionados porque podemos comparar os resultados dos examinandos internos e externos.

Do comunicado de 10 de Julho do Ministério da Educação e Ciência, ainda destacamos as seguintes informações:
Os exames finais nacionais do ensino secundário foram realizados em 637 escolas em Portugal Continental e nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, bem como nas escolas no estrangeiro com currículo português. A realização dos exames finais nacionais de 2013 foi condicionada por vários fatores que são do conhecimento público, tendo o trabalho das escolas e das respetivas direções contribuído decisivamente para que o processo de exames tenha decorrido sem causar atrasos de maior em todo o calendário das provas e exames, bem como no concurso de acesso ao ensino superior.

Como as escolas não tiveram possibilidade de proceder à afixação da avaliação interna dos alunos, devido ao atraso de muitas reuniões de avaliação, os alunos realizaram os seus exames a título condicional, de acordo com a legislação em vigor. Apesar destas circunstâncias, é possível neste momento, realizadas as reuniões de avaliação e conhecidas as classificações internas, divulgar os resultados com informação desagregada em relação a alunos internos e autopropostos, seguindo a distinção habitual.

Tendo em conta a realização em data especial da 1.ª fase (2 de julho) de exames de Português (639) e de Português Língua Não Materna, inicial e intermédio, as pautas de classificação destes exames serão afixadas e divulgadas no dia 11 de julho. (...)

Nesta 1.ª fase dos exames finais nacionais, obrigatória para todos os alunos, foram registadas 275 293 inscrições, tendo sido realizadas 251 323 provas, o que corresponde a cerca de 91,3% das inscrições.

Entre as disciplinas consideradas nesta informação, a que registou um maior número de provas realizadas foi Física e Química A (715), com 52 591 provas, logo seguida pela disciplina de Biologia e Geologia (702), com 50 933 provas e de Matemática A (635), com 47 562 provas.

No processo de classificação das provas estiveram envolvidos 6315 docentes pertencentes à Bolsa de Professores Classificadores do ensino secundário.

As classificações da 1.ª fase dos exames finais nacionais evidenciam, na generalidade, uma tendência para a estabilidade dos resultados, como se tem observado em anos anteriores.

As classificações médias dos alunos internos nas 18 disciplinas cujos resultados são agora divulgados mostram variações iguais ou inferiores a um valor em 15 disciplinas, em relação a 2012.

No quadro de variações de reduzida amplitude atrás referido — situação de normalidade no contexto de provas públicas — regista-se que em duas disciplinas se observa uma média nacional inferior a 9,5 valores — Biologia e Geologia (8,4 valores) e Física e Química A (8,1 valores).

Globalmente, registou-se uma ligeira redução da classificação média em dez disciplinas e um aumento nas restantes. Tendo em consideração as disciplinas com um número de alunos internos superior a 2500, aquelas em que é possível estabelecer comparações estatisticamente mais significativas, destaca-se:

  • a diminuição da classificação média nas disciplinas de Biologia e Geologia (14 pontos), História A (12 pontos) e Geografia A (9 pontos);
  • a subida da classificação média nas disciplinas de Geometria Descritiva A (15 pontos) e Filosofia (13 pontos).

Como tem acontecido nos anos anteriores, com exceção das disciplinas de Alemão e de Inglês, os alunos internos obtêm classificações mais elevadas do que as alcançadas pelos alunos autopropostos. As diferenças mais significativas observam-se nas disciplinas de Geometria Descritiva A e de Matemática A, respetivamente 51 e 43 pontos.

A discrepância de resultados nos dois grupos de alunos explica o facto de o valor da média do total dos alunos se situar entre 3 e 23 pontos abaixo dos resultados alcançados pelos alunos internos, o que justifica o enfoque dado aos resultados dos alunos internos, em detrimento dos resultados totais.

(...)

Do comunicado de 11 de Julho, destacamos:
Foram hoje divulgados os resultados das provas realizadas nos dias 17 de junho e 2 de julho. Esta divulgação permite garantir o cumprimento dos calendários definidos para a 2.ª Fase dos exames nacionais, bem como para a candidatura ao ensino superior.

Cumpre, pois, enaltecer o esforço e o profissionalismo de todos os intervenientes no processo de aplicação e de classificação das provas cujos resultados a seguir se apresentam.

O exame de Português (639) foi o que registou um maior número de provas realizadas (70807), das quais 70,8% correspondem a provas realizadas por alunos internos.

A classificação da prova de Português (639) registada no corrente ano letivo foi 9,8 valores (alunos internos), observando-se, em relação a 2012, uma descida de seis pontos (em 200). Esta variação não tem qualquer relevância estatística e inscreve-se no quadro de uma normal oscilação interanual de resultados num contexto de aplicação de provas públicas. A taxa de reprovação na disciplina de Português subiu ligeiramente, passando de 8%, em 2012, para 10%, em 2013.

(...)

Do comunicado de 15 de Julho, destacamos:
As provas finais dos 2.º e 3.º ciclos de 2013 foram realizadas, respetivamente, em 1126 e em 1284 escolas localizadas em Portugal Continental, nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira e nas escolas no estrangeiro com currículo português. Estas provas realizaram-se com normalidade.

Na 1.ª chamada das provas finais dos 2.º e 3.º ciclos, a qual é obrigatória para todos os alunos, foram realizadas 224.368 provas, no 6.º ano de escolaridade, e 196.841 provas, no 9.º ano de escolaridade, referentes às disciplinas de Português (61 e 91), de Matemática (62 e 92) e de Português Língua Não Materna (63, 64, 93 e 94).

No processo de classificação das provas finais dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico estiveram envolvidos 10.009 docentes destes níveis de ensino, correspondendo a 5380 professores do 2.º ciclo e 4629 professores do 3.º ciclo do ensino básico.

As classificações da 1.ª chamada das provas finais de ciclo dos alunos internos são, na disciplina de Português, 52% (2.º ciclo) e 48% (3.º ciclo). Na disciplina de Matemática, as classificações médias são 49% (2.º ciclo) e 44% (3.º ciclo).

Em termos gerais, estas classificações evidenciam uma descida em comparação com os resultados do ano anterior, observando-se variações cuja amplitude se situa entre 5 e 10 pontos percentuais. A maior descida ocorre na disciplina de Matemática do 3.º ciclo, cujo resultado é igual ao observado em 2011, havendo uma descida de 5 pontos percentuais na classificação média da prova do 2.º ciclo. Já no que se refere à disciplina de Português, as descidas foram de 7 pontos percentuais (2.º ciclo) e de 6 pontos percentuais (3.º ciclo).

(...)

2 comentários:

  1. Como é possível Mário Soares estar num Quadro Negro ?

    A meio da pergunta lembrei-me que, num inquérito da TV, Salazar foi considerado o Português mais importante que existiu. Está bem...confere.

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    1. Temos a ideia de um Mário Soares generoso que nos livrou de uma ditadura comunista, em 1975, e esquecemos que o fez, não pelos portugueses, mas para ser ele a ganhar o poder.
      A incompetência, o compadrio e a corrupção que grassam no nosso País, e que atravessam todos os partidos políticos que já tiveram responsabilidades governativas, nasceu com o PS de Soares, em 1976, e depois propagou-se ao PSD, sobretudo com Cavaco Silva.

      E não falo na trágica descolonização feita por Soares, enquanto ministro dos Negócios Estrangeiros, porque em 1974-75 a esquerda radical exigia o abandono à toa das colónias e a ideia encontrou eco nos jovens e numa sociedade cansada de uma guerra colonial de treze anos.

      Como pode ler no livro Contos Proibidos, e era perceptível já nessa época, Soares “tinha uma poderosa rede de influências sobre o aparelho de Estado através da colocação de amigos fiéis em postos-chave, escolhidos não tanto pela competência mas porque podem permitir a Soares controlar aquilo que ele, efectivamente, nunca descentralizará — o poder” (p.151-152).
      Nos debates televisivos pré-eleitorais, era evidente que Soares não estava a par dos dossiers governativos, limitando-se a debitar ideias que agradavam aos eleitores. Depois de ganhar as eleições, o discurso fazia uma inversão de 180º: justificou a austeridade imposta pelo FMI em 1983-85, dizendo que “Não se fazem omeletas sem ovos. Evidentemente teremos de partir alguns”.

      Quem pensa que Soares engrandeceu o seu património imobiliário — propriedades com moradias em Nafarros, no concelho de Sintra, e no Vau, no Algarve, casas-museu, fundações, ... — com as receitas do colégio Moderno, decerto desconhece que a educação ou os salários de presidente da República permitem viver desafogadamente mas não enriquecer.

      Nas presidenciais de 1986 defrontaram-se Zenha, o generoso, e Soares, o ambicioso e o PS dividiu-se quase ao meio. Ganhou Soares, perderam os portugueses.
      Os 55 mil milhões de euros doados pela UE, entre 1985 e 1995, para a renovação da agricultura e da indústria foram dissipados pelo PSD em moradias com piscina e Ferraris na garagem enquanto Soares gastava a década em viagens com enormes comitivas, sobretudo de gente ligada à comunicação social e à cultura.

      Após 2005, ficou silencioso enquanto a dívida pública trepava, ocupado na gestão das duas fundações da família e das mordomias dadas aos antigos presidentes.
      E não andaria agora a escrever cartas abertas se não lhe tivessem cortado drasticamente a pensão e os subsídios dados às fundações.
      Se há político português que merece ficar num quadro negro, esse político é Mário Soares.

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