A economia
O primeiro-ministro Passos Coelho discursou esta manhã no parlamento na abertura do debate do Estado da Nação.
O relançamento da economia não se pode resolver por decreto. Equilibram-se as contas da Administração Pública para diminuir as taxas de juro dos empréstimos e reduzem-se os benefícios sociais dos trabalhadores e os impostos sobre os lucros para atrair empresários dispostos a investir.
Depois espera-se, esclarece-se as mistificações que os partidos da oposição vão criando enquanto aguardam pelo poder e vai-se alimentando a esperança das pessoas com os primeiros ténues sinais de recuperação:
12/07/2013 - 14:38
No final, ainda mostrou determinação em conduzir o governo até ao fim da legislatura: "Os portugueses julgarão os meus falhanços e os meus sucessos, mas vão fazê-lo, como é normal em democracia, quando o meu mandato tiver terminado".
Seguro
António José Seguro entrou para a licenciatura em Organização e Gestão de Empresas, no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), mas desistiu deste curso na área da economia e passou para outro na área de ciências sociais: Relações Internacionais, na universidade Autónoma de Lisboa.
No âmbito do compromisso de salvação nacional, o líder do PS vai ter de discutir as suas propostas de relançamento da economia portuguesa com os chefes dos nossos credores.
Hoje Passos Coelho convidou-o a sentar-se à mesa com a troika e Seguro propôs "um diálogo entre os partidos políticos que o quiserem", mesmo que não tenham assinado o memorando, ou seja, fugiu à responsabilidade:
12 Jul, 2013, 12:48
Os Verdes
Os Verdes consideram que o governo tem obrigação de não pagar aos credores e obrigar estes a continuar a emprestar dinheiro ao País. Como Passos Coelho não consegue fazer este milagre, discordam das políticas implementadas pelo governo e vão apresentar uma moção de censura.
E Passos responde que é "bem-vinda" porque "mostrará a maioria coesa":
12/07/2013 - 11:59
Portas
O ministro de Estado e Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, pediu a demissão deste cargo na terça-feira 2 de Julho, uma hora antes de Maria Luís Albuquerque tomar posse como ministra das Finanças, tendo apresentado esse pedido como irrevogável.
Enquanto PS, PCP e BE se ufanavam de ter derrubado o governo e se preparavam para festejar a demissão do primeiro-ministro, nessa noite, Passos Coelho declarava ao País que recusava aceitar a demissão de Portas, que não se demitia e tudo faria para manter a coligação.
No sábado cumpria a promessa: Portas recebia o cargo de vice-primeiro-ministro com a responsabilidade pela coordenação da política económica, pela negociação com a troika e pela reforma do Estado e metia no governo mais dois ministros do CDS.
Tendo o CDS recebido apenas 12% dos votos contra 39% do PSD, os portugueses arrasaram Portas nas caixas de comentários dos jornais on-line e no domingo receberam-no silenciosamente no Mosteiro dos Jerónimos enquanto aplaudiam o primeiro-ministro e o Presidente da República.
Depois de receber os partidos com assento parlamentar no início da semana, Cavaco Silva ignorou esta remodelação governamental e, numa comunicação ao País quarta-feira 10 de Julho, depois de explicar as consequências de antecipar eleições legislativas para Setembro, propôs um acordo a médio prazo entre os partidos que subscreveram o memorando da troika para um compromisso de salvação nacional.
Hoje coube ao ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros encerrar em nome do Governo o debate do Estado da Nação, onde procurou defender o que é indefensável — a remodelação governamental:
12 Jul, 2013, 13:45
No final do discurso de Portas, Passos Coelho teve de vir defendê-lo do protesto do Bloco de Esquerda e consertar a reputação política do seu ministro, recordando que comunicou ao País que não aceitava a demissão do ministro de Estado e Negócios Estrangeiros, ao mesmo tempo que a bancada do PSD repetia as palavras do Presidente da República de que "o actual Governo se encontra na plenitude das suas funções":
12/07/2013 - 15:22
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