Durante a leitura de uma declaração elaborada em conjunto com Paulo Portas, Passos Coelho anunciou ter proposto ao Presidente da República que Portas assuma o cargo de vice-primeiro-ministro com a responsabilidade pela coordenação da política económica, pela negociação com a troika e pela reforma do Estado.
O acordo que assegura a continuidade da coligação governamental PSD/CDS mantém Maria Luís Albuquerque como ministra de Estado e das Finanças e faz "alterações profundas na organização do Governo" não explicitadas.
PSD e CDS vão ainda apresentar um "manifesto de política europeia" que seja "a base de uma lista única" às eleições de Junho de 2014 para o Parlamento Europeu.
Eis a declaração:
06.07.2013 20:07
Pelo teor deste acordo, não vai haver governo Seguro-Portas até 2015. Como vivemos em regime de protectorado, Portas dixit, António José Seguro, licenciado em Relações Internacionais pela universidade Autónoma, deve ter ficado reprovado no exame da 61ª conferência Bilderberg, que decorreu entre 6 e 9 de Junho passado no Hertfordshire, Inglaterra, enquanto Paulo Portas, licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa, terá merecido aprovação.
Por outro lado, sabemos pelas sondagens que o eleitorado tem apreciado os passos de dança de Portas, um pé no governo, outro fora, e tem-se mantido fiel nos 10%. Pelo contrário, culpa Passos pela austeridade e retirou apoio ao PSD que desceu de 39 para 26%.
Portanto a coligação PSD-CDS mantém-se e Portas, com apoios externo e interno, até pôde exigir um governo bicéfalo dirigido pelos presidentes do PSD e do CDS.
As Finanças serão geridas pelo Banco Central Europeu através da social-democrata Maria Luís Albuquerque e a Economia pelo dirigente do CDS António Pires de Lima.
Os líderes do governo de coligação prometem que a troika abandona Portugal em Junho de 2014, que não haverá um segundo resgate e o governo manter-se-á estável até ao fim da legislatura.
Para que os socialistas não ultrapassem a votação que será recebida pelos partidos do governo, Portas exigiu ainda que PSD e CDS concorram em lista única às eleições de Junho de 2014 para o parlamento europeu.
Portas é um ambicioso desmedido, tendo já um largo palmarés: o centro de sondagens na defunta universidade Moderna, o negócio dos submarinos, o favorecimento do Banco Espírito Santo no caso Portucale. Agora com a coordenação dos fundos do QREN, outros casos vão surgir.
Aqui ficam as yields a 10 anos da dívida pública. Com suor e lágrimas os portugueses estavam a descer o monte Everest. Mas já é visível o efeito do pedido de demissão irrevogável de 2 de Julho.
Vamos esperar pacientemente pelos resultados da transferência do poder do PSD para o CDS e nas eleições legislativas de Setembro de 2015 ajustaremos contas com Portas.
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