sábado, 27 de julho de 2013

Esperança - II


Portugal conquistou 111 pontos, a melhor pontuação de sempre, nas 54ª Olimpíadas Internacionais de Matemática, que decorrem na Colômbia, tendo ficado em 36.º lugar na classificação por países, num total de 97 países participantes.

Todos os elementos da equipa portuguesa receberam distinções, animando a nossa esperança:
  • Miguel Moreira, aluno do 11.º ano na Escola Secundária Rainha D. Amélia, em Lisboa, conquistou uma medalha de ouro, tendo ficado na posição 30ª entre 528 participantes.
  • Miguel Santos, da secundária de Alcanena, 12.º ano, Francisco Andrade, da secundária do Padrão da Légua, 10.º ano, Luís Duarte, da secundária de Alcains, 12.º ano, e David Martins, da secundária de Mirandela, 11.º ano, conquistaram medalhas de bronze.
  • Nuno Santos, aluno do 10º ano do Colégio Nossa Senhora do Rosário, no Porto, recebeu uma menção honrosa.

Estes alunos e os seus professores de Matemática merecem parabéns pelo trabalho desenvolvido. As palavras finais de apreço vão para as famílias dos alunos pela sabedoria com que os educaram e que agora vêem a recompensa.



29 Jul, 2013, 21:03


Nos resultados por países temos a assinalar o primeiro lugar da China, seguida pela Coreia do Sul, Estados Unidos da América, Rússia e Coreia do Norte.

O gráfico seguinte mostra a evolução dos quatro países melhor classificados, desde o ano 2000, e também a de Portugal. Reconhecendo à China o mérito de manter, em geral, o primeiro lugar, é preciso realçar o extraordinário desempenho da Coreia do Sul, um pequeno país com área próxima da de Portugal e o quíntuplo da população que se bate com a China, a Rússia e os Estados Unidos tendo já alcançado um primeiro lugar.




Nos últimos anos as equipas portuguesas têm vindo a melhorar significativamente os resultados, graças ao trabalho que está a ser desenvolvido por alguns professores de Matemática com os seus alunos mais promissores e pela Sociedade Portuguesa de Matemática. A selecção e preparação dos alunos está a cargo do Projecto Delfos, do Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra.

No entanto, Portugal ficou atrás de muitos países europeus — Reino Unido, Ucrânia, Itália, França, Bielorrússia, Hungria, Roménia, Países Baixos, Alemanha, Croácia, Sérvia e Eslováquia — alguns dos quais nunca dispuseram dos recursos financeiros que foram canalizados para a educação no nosso País sem produzirem resultados perceptíveis.
Não podemos fingir que tudo está bem com os resultados dos nossos alunos quando vemos equipas de países com um nível de vida muito inferior ao nosso, como sejam o Vietname, o Irão, a Tailândia, o México, a Turquia, a Indonésia e a Índia, a ultrapassarem a equipa portuguesa.

As consolas de jogos, os telemóveis, o Facebook não produzem resultados, servem apenas para desperdiçar tempo e recursos financeiros, há que ter consciência desse facto e alertar os pais dos nossos alunos.
Grande também é a responsabilidade dos directores das escolas que preferem criar grupos de compadrio que os apoiem na manutenção no cargo em vez de investirem nos resultados dos alunos das suas escolas.

Compare-se os salários mínimos dos países europeus mencionados para não haver dúvidas. Os professores, os pais e os alunos têm um longo caminho a percorrer até Portugal conseguir apresentar resultados compatíveis com o bem-estar que as famílias portuguesas ainda desfrutam.





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