terça-feira, 22 de julho de 2014

Manifestações não conseguiram impedir a realização da PACC


A prova de avaliação de conhecimentos e capacidades (PACC) estava marcada para as 10:30 desta terça-feira e era obrigatória para os professores que trabalham a contrato a prazo, com menos de 5 anos de serviço, e que concorreram ao concurso nacional de professores.
A Fenprof decidiu impedir a realização da prova, recorrendo aos tribunais mas, não tendo logrado obter nenhum decretamento provisório, resolveu convocar plenários sindicais para as 88 escolas onde iria decorrer a prova, durante o horário desta, para dar aos professores vigilantes um pretexto legal para faltar, aproveitando ao mesmo tempo para pressionar os que quisessem ir trabalhar chamando-lhes “carrascos” e outros termos insultuosos.

Conhecedor da forma de actuar deste sindicato, e para dar o direito de fazer a prova aos professores que assim o desejassem, o Ministério da Educação e Ciência (MEC) tinha dado instruções aos directores dos agrupamentos/escolas não agrupadas para que os plenários sindicais não se realizassem nas escolas durante o exame.
Entretanto foi organizado um movimento intitulado Boicote&Cerco para, pela via das arruaças, impedir a realização da prova nas escolas onde não se realizassem plenários sindicais.

Note-se que a PACC é uma prova elementar cujo objectivo é afastar do concurso nacional quem não seja capaz de ler, escrever com correcção gramatical e sintáctica e interpretar a informação contida em textos, tabelas e gráficos, como o leitor pode comprovar lendo a prova de hoje ou analisando ambas as provas aqui.

Para a prova de hoje foram convocados todos os professores que não fizeram a prova em 18 de Dezembro por motivos alheios à sua vontade. Aqueles que, nesse dia, entraram nas salas, provocaram desacatos e impediram a realização da prova não foram convocados.
Por isso são incoerentes histórias, como a de Sónia Lourenço, que diz ser professora desde 2006 mas ainda não tem cinco anos de serviço. Afirma que no dia 18 de Dezembro deslocou-se à Escola Secundária Alves Martins, em Viseu, para realizar a prova, apresentando o nome inscrito na folha de presenças de uma das salas. Mas diz que não fez a prova porque foi impedida pela polícia e agora não foi convocada.

A prova decorreu com serenidade na quase totalidade das 88 escolas. O Público relata alguns incidentes.

Na Escola Secundária Passos Manuel, em Lisboa, a prova decorreu com tranquilidade e todos os professores que quiseram fazê-la, conseguiram realizá-la.

Na Escola Básica dos 2º e 3º ciclos Manuel da Maia, em Lisboa, os manifestantes gritaram palavras de ordem através de um megafone que reproduz o som de sirenes da polícia, acompanhado por cornetas e apitos, tentando impedir a realização da prova pelo ruído.

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, manifestou-se à porta da Escola Básica dos 2º e 3º ciclos Quinta de Marrocos, em Lisboa. Para o líder sindical a realização da prova é “uma falta de respeito perante os professores e simultaneamente perante os sindicatos”, porque “não é assim que se promove o diálogo social, com medidas desta natureza”. A resposta estava na participação nos plenários que estavam a decorrer nas escolas e “na recusa de grande parte dos professores” convocados para vigiar as provas. Por sua vez, Manuel Grilo, o dirigente da Fenprof¹ que ia dinamizar o plenário sindical dentro da escola, ameaçou que “se a prova se realizar fora da lei serão retiradas todas as consequências jurídicas”.
Nesta escola realizaram a prova cerca de 50 professores. Apesar de muitos dos professores convocados para a vigilância terem optado por participar no plenário que decorreu no ginásio da escola desde as 9:00, a sua ausência não foi suficiente para adiar a realização do exame. “Poucos colegas foram fazer vigilância, mas também eram precisos muito poucos, apenas oito”, reconheceu Manuel Grilo.

Na Escola Secundária Diogo de Gouveia, em Beja, os professores que iam prestar provas decidiram entrar para as salas precisamente às 10:30, hora a que devia começar a prova.
Cerca de “metade dos professores não fizeram a avaliação” disse um dos convocados que veio de Aljustrel e afirma ter sido empurrado pelo sub-director da escola quando se levantou e pediu para beber água. A troca de palavras entre alguns professores, numa das salas escolhidas para a prova, foi motivo para o enunciado de exame ser recolhido por “não estarem reunidas as condições para ser feita”, ao mesmo tempo que era chamada a PSP para “identificar um a um, os professores que não queriam fazer a avaliação”, revela Jorge Simão, dirigente da Fenprof.
Os professores que aceitaram fazer a avaliação foram separados dos que recusaram e transferidos para outras salas.

Na Escola Secundária D. Manuel I, também em Beja, quem entrou para a sala e se recusou a fazer a prova ficou retido na escola até terminar a avaliação e avisado de que não podia utilizar o telemóvel. “Houve tentativas para retirar o aparelho das mãos de quem o tinha” conta uma das professoras convocadas para fazer o exame.
Por precaução, a direcção desta escola ordenou que o portão fosse fechado a cadeado para impedir entradas e saídas. Dois agentes da PSP à paisana permaneceram no interior das instalações durante a realização da prova.

Os delegados sindicais não conseguiram demover metade dos colegas da Escola Secundária de Pinheiro e Rosa, em Faro, de realizarem o exame. Então os elementos do Boicote&Cerco começaram a tocar cornetas para impedirem a realização da prova. Alguns professores que estavam a fazer a prova queixaram-se do ruído, obrigando um agente da PSP a pedir aos manifestantes, pelas 11:30, para calarem as cornetas. “O ruído está a inibir as pessoas de realizarem a prova. Compreendemos a vossa situação, mas colocam em stress os vossos colegas e tem havido protestos face a isso“, sublinhou. "Calamos o buzinão?”, perguntou a dirigente sindical Ana Simões, a sorrir, acatando as ordens, mas ao mesmo anunciando que iria apresentar queixa por alegadas ilegalidades, na forma como decorreu o exame.

O incidente mais grave ocorreu, porém, na Escola Secundária Rodrigues de Freitas, no Porto. Os manifestantes que se encontravam à porta decidiram invadir a escola, pelas 10:45, obrigando os assistentes operacionais e a direcção da escola a barrar-lhes o caminho. A PSP entrou na escola e tentou dialogar com os manifestantes para evitar confrontos. Mesmo assim, noticia o Público, os manifestantes procuraram agredir as funcionárias e uma delas apresentava pequenos ferimentos nos braços e nas pernas. Com os corredores cheios de manifestantes, os funcionários e a polícia barraram as portas laterais e a escadaria que dava acesso às salas onde a prova foi realizada.
Por volta das 13:00, os manifestantes do movimento Boicote&Cerco que invadiram o estabelecimento de ensino, começaram a abandonar o local, depois da saída dos professores vigilantes e dos convocados que fizeram a prova.
"A prova foi uma palhaçada, mais díficil do que a primeira", opinou Andreia Silva, 29 anos, professora do 1.º ciclo que está desempregada há dois anos e que nos últimos tempos tem feito "limpezas para sobreviver". Espantosamente, Andreia diz que na sala da prova quase não se ouvia o barulho feito pelos manifestantes e que tudo decorreu calmamente.





22/07/2014 - 13:05
Na Escola Secundária Rodrigues de Freitas, no Porto, dos 51 inscritos apenas 30 compareceram para fazer a prova. Os manifestantes invadiram a escola, agrediram funcionários e tentaram perturbar o trabalho fazendo ruído com tampas de tachos e apitos, apesar da presença da polícia.


22/07/2014 - 12:15
Diz que queria fazer a prova, mas não levava caneta.


22/07/2014 - 13:22
Na Escola Secundária Tomás Cabreira, em Faro, compareceram 47 dos 60 convocados. Fizeram a prova em sossego, embora alguns dissessem que preferiam não a fazer. Já na Escola Secundária de Pinheiro e Rosa compareceram 35 dos 64 convocados, tendo uma das que compareceu entrado na sala e saído de imediato.


22/07/2014 - 13:10
O director da Escola Secundária D. Pedro V, em Lisboa, não permitiu a entrada dos sindicalistas e os 45 convocados fizeram a sua prova em sossego.


22/07/2014 - 13:14
A directora da Escola Secundária André de Gouveia, em Évora, não permitiu a entrada dos sindicalistas e a prova decorreu sem quaisquer incidentes.

*

A notícia do Público gerou um fórum interessante de que destacamos estes comentários:


Pedro Almeida
Porto 22/07/2014 11:34
A grande questão é só uma e todo o ruído que os sindicatos, associações, movimentos e afins promovem serve como cortina de fumo para que se evite discuti-la: Existe algum modelo de avaliação com o qual os professores concordem? Ou o cenário ideal será o de "laissez faire, laissez passer" (em português corrente: "deixa andar assim e o último a sair que apague a luz") que se viveu até agora?
Como em qualquer função — pública ou privada — a avaliação não é uma ferramenta de discriminação ou expulsão. Serve para regular os mecanismos. Se for bem feita, muitos incompetentes (que os há, admitamos) serão afastados para dar lugar a outros mais preparados que até ficam excluídos por falta de vagas...

João Luis Martins
22/07/2014 14:31
Perrices corporativas com laivos de má-criação... Confrangedora a imagem que alguns (muito poucos) oferecem de uma classe essencial para o desenvolvimento de uma sociedade assente em padrões de vivência comunitária construtiva e pacífica.
Tenho muita pena, mas as atitudes excessivas de pedagogos desta natureza contribuem apenas e somente para a desacreditação profissional da docência. Discuta-se civilizadamente o tipo ou a forma de seleção que as contingências sócio-económicas impõem ao sistema de ensino, procurem-se consensos, façam-se propostas credíveis e acabem-se com critérios assentes em cunhas/amiguismo/favores e facilidades injustas e desequilibradas. Sejam crescidos!

CS
22/07/2014 14:49
Parte 1 - Esta prova de avaliação dos professores é ridícula. Mas também o é, a sucessiva recusa por parte destes, de medidas que avaliem o seu trabalho e competência.
Milhares de professores estão fora de um sistema de ensino, sem que lhes seja dada a oportunidade de ocupar um lugar. Já leccionei numa escola, e sei que temos profissionais de extrema dedicação e competência, mas também temos muitos, que apenas se arrastam até às escolas, e cujas aulas se resumem a comentar os últimos resultados desportivos com os seus alunos. No entanto, atingem o topo da carreira, são imunes ao despedimento, e pelo sistema actual, são sempre classificados com notas de bom para cima...
Parte 2 - Ora isto não pode continuar! Não acontece em nenhuma empresa (privada) deste país e é, em parte, responsável pelo estado calamitoso da educação em Portugal.
Foram feitas inúmeras tentativas de remediar este problema, por parte de vários ministros. Mas para os professores e, sobretudo, para os sindicatos a resposta é sempre pedir a saída do respectivo ministro, governo após governo, numa tentativa desesperada de manter as coisas tal como estão, por mais erradas que sejam. O que deveriam fazer era sentar-se à mesa, propor soluções reais e efectivas que promovessem a resolução deste problema e, assim, evitar soluções como a desta prova que não garantem de forma nenhuma o objectivo a que se propõem.
  • Esteves
    22/07/2014 16:20
    Ó CS "O estado clomitoso da educação em Portugal"??? Está burro ou quê??? Portugal tem obtido resultados melhores do que a Suécia, a Inglaterra e outros paises super desenvolvidos e graças à competencia dos nossos docentes... Anda a ver muita ficção... Ou é mais um desses freustrados que diz ser mau tudo o que é nacional... Ó CS, se a burrice pagasse imposto tinha de vender tudo para pagar o calote... Claramente vive em outro planeta...
  • Gutta Cavat Lapidem
    22/07/2014 16:39
    Caro Esteves, com esse linguajar, só faltava agora que dissesse que é professor!

anti comuna
22/07/2014 15:44
É realmente impressionante uma classe que não quer ser avaliada, que acha que são todos bons e iguais, que não reconhece o mérito. Isto é o retrato deste país de função pública controlado pelo PCP.
Queimam tudo por onde passam, vejo imagem de professores a protestar, não quero mesmo que nenhum deles ensine os meus filhos.
  • Gutta Cavat Lapidem
    22/07/2014 16:20
    Pois é! Eu também não gosto de ver isto. Chamem-me fascista, retrógrada, o que quiserem. Para mim um professor será sempre um ser humano equilibrado, sem picos desordeiros ou emocionais, um exemplo a seguir, aquela pessoa em quem o aluno confia, com quem o aluno debate, com que o aluno por vezes se abre para receber sempre conselhos sensatos, maduros, ou conselhos aparentemente banais mas que o aluno jamais esquecerá.
    Esta imagem dos professores a gritar, a lutar, a esbracejar, a boicotar, a exigir, e uma total ausência de ponderação, de reflexão, de compreensão, de "luta" pela inteligência apenas me permite pensar que as gerações educadas por estes docentes forçosamente serão mais violentas e menos inteligentes, mais dadas à força bruta do que ao raciocínio ponderado, mais abertas à luta social do que à reflexão sobre as atitudes sociais do indivíduo e à necessidade de mudar paradigmas!

OldVic
22/07/2014 16:40
É lamentável ver uns poucos membros de uma classe que é suposto formar cidadãos a recorrer à força e à violência verbal para condicionar a vasta maioria dos colegas que queria realizar a prova. É um sinal de que não compreenderam a regra de ouro da liberdade: ela acaba onde começa a liberdade dos outros. Está na hora de uma reciclagem cívica, com exame final e estágio a seguir.

Francisco Tavares
22/07/2014 16:58
Nuno Crato está cheio de razão. Ele não podia fazer de outra maneira. Se é certo que todos os professores podem ter as habilitações para exercer a função docente, também é verdade que nem todos podem ser contratados por excesso de candidatos. Compreende-se pois que Crato queira escolher os melhores.
Mário Nogueira é que está errado, claramente errado. É lamentável, diria até inacreditável, o que se fez para impedir a prova.
  • The_Don
    22/07/2014 17:08
    Francisco Tavares, o Mário Nogueira está certo. Tem um poleiro de "histérico profissional". São 30 anos bem remunerado e não sabe fazer mais nada na vida. Agarra-se ao que tem.
    Surpreende-me é quem ainda segue essa figurinha medíocre. Aliás, um professor que sinta que é um profissional de excelência deve querer ser avaliado. Porque é a avaliação que permite separar o trigo do joio. Que permite separar um professor excelente de um que vai para a praia de Junho a Outubro e que falta quando lhe apetece. Sem avaliação, são iguais. É um estado de coisas que protege os medíocres e penaliza os excelentes.

agricultor
22/07/2014 17:22
São vários os equívocos em torno deste assunto. Primeiro, mais de 80% dos destinatários desta prova nunca mais vão leccionar na vida. Qual a lógica de avaliar aqueles que à partida têm probabilidade reduzida de leccionar excluindo os que efectivamente o farão de futuro. Depois, é mentira que professores não sejam avaliados, pesquisem por ADD. E, já agora, um pequeno "pormaior", só os contratados é que são sujeitos a esta avaliação. Resumindo, não estamos contra a prova, mas sim contra a forma e a discriminação que ela pressupõe.
A todos os que falam mal da classe docente, lanço um desafio: Enfrentem turmas de 30 alunos durante uma semana, só uma semana !!! e depois digam de vossa justiça. Hoje em dia, cerca de 30% do tempo útil de aula é "desperdiçado" com questões disciplinares.
  • carmocorreia47
    22/07/2014 19:06
    Não são os alunos, mas os pais que a ministra Lurdinhas conquistou quando perdeu os professores por ter começado a dar-lhe pancada. Paizinhos que em particular me diziam para ser exigente com os filhinhos, em reuniões de pais, motivadas por indisciplina, negavam tudo e defendiam as suas criaturas como se de tribunais se tratasse. Estas criaturas mentiam aos pais desbragadamente e eles acreditavam neles religiosamente. Por este motivo as aulas são autênticas touradas, em que os ministros e os pais através dos alunos e dos comissários políticos que capeiam pelos espaços públicos, não cessam de bandarilhar os pobres mártires da pátria que são os professores. Colocaram-nos no Coliseu e abriram a porta às feras para deleite da turba ignara, a população roída de inveja desejosa de sangue.

Joaquim Fernandes
22/07/2014 18:29
O Governo vai continuar a reconhecer qualidade às escolas particulares que tenham professores sem PACC a lecionar e continuar a financiá-las, ou, pura e simplesmente, se for coerente, vai impedir que professores sem PACC lecionem em qualquer estabelecimento de ensino por não lhes reconhecer habilitações suficientes ??? Curioso, ainda não ter ouvido esta pergunta!...
  • JP
    22/07/2014 19:08
    A pergunta que deveria estar a fazer é se o Estado deve financiar escolas particulares, ponto final. Esta prova não visa habilitar à docência, mas sim aceder ao concurso nacional. Não confunda as duas coisas.

Manuel F Sousa
22/07/2014 18:57
O que é curioso nisto tudo é que, depois de vermos de forma objetiva o que se passou, as conclusões, goste-se ou não delas, só podem ser as seguintes:
  1. A prova realizou-se na maioria esmagadora dos locais.
  2. A grande maioria dos professores abrangidos compareceu e fê-la.
  3. Os protestos ruidosos da Fenprof/CGTP não impediram nada e foram totalmente ineficazes.
  4. A aposta por parte de Mário Nogueira/Fenprof/CGTP num boicote generalizado dos Professores não se verificou.
  5. A imagem de radicalismo e violência destes protestos afastou grande parte dos professores que não se revêem neste tipo de ações (apesar de não concordarem com a prova).
  6. Mário Nogueira/Fenprof/CGTP são os grandes derrotados.
  7. O Público também perde.
  8. O Ministério ganha.

Joaquim Garcia
22/07/2014 19:15
Qual a legitimidade ética e moral daqueles que têm como função formar, ensinar e avaliar conhecimentos dos alunos e se recusam ser avaliados e se manifestam de forma imprópria e arruaceira?
  • Gutta Cavat Lapidem
    22/07/2014 19:22
    Exactamente!
  • Aliocha
    22/07/2014 19:52
    Os protestos parecem-me vir mais do exterior do que do interior da classe docente. Julgo que um número muito pouco significativo de professores adere a manifestações deste género. Todavia, como são notícia, o barulho abafa o comportamento da grande maioria.
  • Elizabeth Brianne
    A guerreira contra o poder oculto dos esbirros malignos 22/07/2014 20:15
    Qual é a legitimidade ética e moral que o Sr. tem de julgar aqueles que estão sujeito a uma ridícula prova de “quadrados e bolas” não a quererem? Estes professores com menos de 5 anos de serviço dificilmente vão lecionar, portanto perceba que os professores que ensinam os alunos deste país não a fazem, nem a fizeram, agora isso não os impede de serem solidários com esta palhaçada!
    Os professores não se recusam a serem avaliados, agora não têm de compactuar com uma prova que se deve fazer antes de entrar na Universidade e não depois de sair dela, era a mesma coisa que lhe pedisse a si para ir fazer o seu exame do 12.º ou do 9.º ano, esta prova avalia conhecimentos de matemática e português que devem estar consolidados antes de entrar numa universidade e não depois de sair dela!
    22/07/2014 20:57
    Já que se preocupa com a ética o que me diz a esta ideia das autarquias poderem contratar os docentes e serem premiadas por reduzirem o número de contratos? Sobre ética e moral havia muito a dizer, a forma imprópria e arruaceira faz parte da indignação a que estão sujeitos, nas manifestações (embora não sendo correto) não é normal? Ou queria uma manifestação tipo parada militar?
    22/07/2014 21:05
    Os professores são avaliados todos os anos. Existe um modelo de avaliação quer se concorde ou não com ele e é esse modelo é que deve ser avaliado, revisto e discutido, caso não haja consenso ou concordância e aí sim para a melhoria da qualidade do ensino e onde todos os professores, sem exceção efetivos e contratados devem estar sujeitos, pois fazem todos os mesmo e não deve haver privilégios, mas sim equidade, não deve haver um sistema de cotas, mas sim justiça e isenção e trabalhar-se nesse sentido.
  • Joaquim Garcia
    22/07/2014 21:05
    Respondendo à Sra. Elisabeth. Tenho a legitimidade de 25 anos de trabalho em que, não obstante a minha certificação académica de licenciatura e mestrado, sempre tive que apresentar resultados e ser submetido a avaliação pela sua consecução. Acredito que lhe pareça "bizarro" mas no mundo real, fora do sector público, qualquer profissional é avaliado sistematicamente e não se subsidia incompetência com dinheiros públicos.

Joaquim Garcia
22/07/2014 21:37
Respondendo à Sra. Elisabeth.
Minha Sra,
Eu não questiono as habilitações académicas dos professores pois não sou o empregador. Contudo nunca na minha vida profissional questionei os critérios e os métodos pelos quais fui avaliado. Respeitei-os simplesmente pois a determinação dos mesmos cabe ao avaliador e não ao avaliado, ao empregador e não ao empregado. Quando não concordei, como qualquer cidadão livre, percorri outros rumos... Faculdade essa que acredito não estar vedada também aos professores.
  • Luis Martins
    Lisboa
    22/07/2014 22:35
    Qual a legitimidade ética e moral de V.Exa que defende uma simples prova escrita igual para todas os professores seja um professor de Inglês, um Professor de Matematica, ou de Fisica-Quimica, ou de Ginática, ou de Filosofia, ou de Portugues etc etc...? Se os critérios e os métodos pelos quais V.Exa foi avaliado são iguais que que V.Exa defende nesta prova para os professores significa que a sua avaliação é igual para todos os empregados da sua empresa ou seja fazem todos fazem o mesmea prova escrita, seja a mulher da limpeza ou um gestor ou um simples empregado de escritorio ou mesmo um engenheiro, portanto a sua empresa deve ter uma avaliação ao nivel de uma sanita infectada pelo virus da imbecilidade.

Joaquim Garcia
22/07/2014 23:44
Respondendo ao Sr. Luis Martins.
Caro Senhor,
A impropriedade e os termos abjetos por si usados não merecem uma melhor atenção e, espero, não sejam o reflexo da maioria da classe docente.
Sem embargo, sempre lhe digo que, independentemente da valia da ferramenta de avaliação, sendo pai de dois alunos do secundário e enquanto cidadão me repugna o exemplo dado por aqueles que devem colaborar na formação da nova geração.
Quem discorda da prova ou da sua legitimidade é livre para expressar sua opinião e no limite não comparecer, se assim lhe aprouver. Não deve é prejudicar e impedir aqueles que decidiram submeter-se a tal prova manifestando-se de forma desordeira, ruidosa e inadequada à docência. Creio assim, que "a sanita infetada pelo vírus da imbecilidade" deve germinar, isso sim, na sua mente.


Referências:
  1. O salário dos dirigentes sindicais é pago pelo MEC.


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