terça-feira, 16 de abril de 2013

O atentado de Boston - I


Um dia depois das duas explosões que abalaram Boylston Street, no final da Maratona de Boston, nada se conhece a respeito dos responsáveis por este atentado que já vitimou 3 pessoas e feriu mais 176, das quais 17 em estado grave.

Sobre as duas bombas que explodiram ontem às 14:50 locais (19:50 em Lisboa), com um intervalo de 12s e a uma distância de 90m, sabe-se que eram artesanais e carregadas de estilhaços metálicos que vão obrigar a amputação das pernas de muitas vítimas.

Mas neste momento o que nos interessa é a reacção das pessoas.

Nas caixas de comentários à notícia do PÚBLICO pululam os escritos por radicais de esquerda sedentos de sangue a dizer que os americanos têm de experimentar em casa o terror que criaram no Iraque.
Como a cimeira entre Bush, Blair e Aznar que precedeu esta guerra decorreu na base das Lajes, será que gostavam de sofrer em Lisboa um atentado como o ocorrido perto da estação de comboios da Atocha, em Madrid, ou o do metro de Londres? Devem pensar que a ideologia os protege como um escudo invisível e que o sofrimento e a morte só acontecem aos outros.
Também aparecem teorias da conspiração: é um pretexto dos EUA para desencadear uma guerra na Coreia ou para retirar a liberdade à população.





Muito pelo contrário, o autor deste vídeo deixa transparecer o seu horror quando começa a ver as vítimas do atentado caídas num lago de sangue, começa a gritar “Oh meu Deus” e inconscientemente eleva o plano de filmagem para preservar o sofrimento dos feridos do seu olhar indiscreto.
São notórios a humanidade, a generosidade e o altruísmo das imensas pessoas que afastam as grades, correm na direcção dos feridos e vão socorrê-los, sem pensar na hipótese de existência de mais bombas.

Finalmente, atente-se na declaração de Obama:


Escolher legendas em português.


Parcimónia (3 minutos);
Sensatez — "Ainda não sabemos quem fez isto ou porquê. As pessoas não devem tirar conclusões precipitadas antes de sabermos todos os factos";
Actuação imediata — "todos os recursos do governo federal vão ficar à disposição do governo estadual";
Firmeza e determinação — "Só quero reiterar que vamos descobrir quem fez isto e vamos responsabilizá-los."

Palavras sóbrias e muitos actos. Harvard forma estadistas.
No Sul da Europa fala-se muito e faz-se pouco.


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