segunda-feira, 4 de outubro de 2010

As chefias nas escolas são um sumidouro de dinheiro






Proposta enviada para Cortar na despesa:


"Cada agrupamento de escolas/escola não agrupada tem uma direcção composta por 1 director e ainda 1 subdirector, 2 directores-adjuntos e 1 representante dos cursos nocturnos nomeados pelo director.
Em média, cada subdirector, ou director-adjunto, recebe 1600€ de remuneração líquida (remuneração bruta 2277,93€ ⎯ 6º escalão) e 230€ de suplemento remuneratório líquido (355€ ⎯ escola com 801 a 1200 alunos) o que dá

1600x14 + 230x12 = 25 160 euros

Existem cerca de 1500 agrupamentos/escolas não agrupadas, donde

25 000x1500 = 37 500 000 euros

Ora se desaparecessem os dois directores adjuntos não se ia dar pela falta, pois existem ainda 6 coordenadores de departamentos, director de biblioteca, coordenadores de escolas do 1º ciclo, coordenadores de ano nas escolas do 1º ciclo, coordenadores dos directores de turma do 2º ciclo, coordenadores dos directores de turma do 3º ciclo, directores de turma (um por cada turma), directores de projectos, assessores técnico-pedagógicos, ... , todos com os correspondentes suplementos remuneratórios ou reduções de horário para exercerem as suas funções.

Os antigos liceus nacionais eram dirigidos apenas por dois professores, 1 reitor e 1 vice-reitor, e não dispunham de meios informáticos, nem sequer de uma calculadora. Portanto a eliminação, apenas, dos directores-adjuntos permitiria poupar anualmente 75 milhões de euros sem perda de qualidade no ensino. Pelo contrário, quanto mais burocratas a escola tiver, pior será a qualidade do ensino.
"


E deixámos de fora as 5 (cinco!) direcções regionais de educação (DRE) também com directores, directores-adjuntos, coordenadores de serviços, ... , e que foram transformadas pelo governo numa plataforma de reenvio das decisões da equipa ministerial do ME para as escolas, quer dizer deixaram de ser um nível intermédio de decisão, logo não servem para nada.

Aplaudimos este tipo de iniciativas, mas ficamos a aguardar que nos mostrem resultados. É que lá diz o ditado “De boas intenções está o inferno cheio”.



Há também a questão da competência das chefias

Ao contrário dos senhores sindicalistas, defendemos a fusão das escolas do ensino básico com as escolas secundárias porque estas últimas possuem, em geral, os docentes mais qualificados e consequentemente são melhor geridas.
Sobretudo na área dos recursos humanos: há docentes que foram bloqueados em escolas básicas por colegas que não suportam a sombra, através de anos e anos de intrigas e, por fim, até impedidos de ter turmas pelos órgãos de gestão com recurso a juntas médicas.
Com menos agrupamentos e chefias mais competentes, poupa-se dinheiro e todos os docentes terão a hipótese de trabalhar melhor.
Naturalmente haverá que ter em conta a distribuição geográfica das escolas.


Actualização aqui.


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