segunda-feira, 20 de abril de 2015

O jornal Público perdeu as estribeiras


Martin Richard, de oito anos, morreu no atentado da maratona de Boston, em Abril de 2013. A sua irmã, Jane, então com sete anos, perdeu a perna esquerda. O irmão Henry, de nove, assistiu a um terror que nunca conseguirá esquecer. A mãe, Denise, ficou cega de um olho e o pai, Bill, foi atingido por estilhaços numa perna e a onda de choque provocada pela explosão perfurou-lhe os tímpanos.
Foi junto desta família que Djhokhar Tsarnaev deixou a sua mochila com o engenho explosivo. Mesmo assim, Bill e Denise Richard pediram para que Djhokhar não fosse condenado à pena de morte.

Até o Partido Comunista Português sempre restringiu as suas acções armadas a objectivos militares, ou a instalações da PIDE, acções que realizava de noite para minimizar a perda de vidas humanas. A sabotagem da base aérea de Tancos que destruiu 13 aviões e helicópteros, numa madrugada de Março de 1971, é um exemplo do modo como o seu braço armado — a ARA — actuava.

Ao contrário do assalto ao paquete Santa Maria, durante uma viagem regular até Miami com cerca de 612 passageiros, em Janeiro de 1961, que foi um crime à mão armada contra uma tripulação desarmada de que resultou o sequestro dos passageiros durante onze dias, vários feridos e um morto.


Que a deputada bloquista Mariana Mortágua considere um indivíduo que participou neste crime como um herói, demonstra carência de valores éticos, mas sempre se trata do seu pai.

Que o Bloco de Esquerda não se afaste desta exaltação de um criminoso com as mãos sujas de sangue feita por uma sua deputada, só demonstra que não dá valor à vida humana e, em consequência, não merece o voto das pessoas de bom carácter.

Agora, espantosamente, que o jornal Público venha enaltecer na capa e num artigo a vida de um indivíduo que participou num crime de sangue é um delírio. Será que há jornalistas neste jornal que não são capazes de distinguir entre uma acção política e um acto terrorista? Por favor, belisquem-me e façam-me acordar porque estou a ter um pesadelo!


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