A Universidade de Lisboa ascendeu ao intervalo das 400 melhores universidades do mundo no Academic Ranking of World Universities 2013, condição alcançada pela Universidade do Porto desde 2011.
A Universidade de Coimbra consegue entrar pela primeira vez neste ranking, ficando entre as 401.ª e 500.ª posições e juntando-se à Universidade Técnica de Lisboa que já entrou para esse nível no ano passado.
Este ranking só discrimina as posições individuais das instituições até ao lugar 100. A partir daí coloca-as por intervalos, 101-150, 150-200, 200-300, 300-400 e 400-500, inscrevendo-as por ordem alfabética dentro de cada intervalo.
António Cruz Serra, recém-eleito reitor da Universidade de Lisboa, congratula-se com a melhoria do desempenho desta universidade e diz esperar que "o orçamento de Estado acompanhe esta melhoria".
Espera também que a Universidade de Lisboa, em resultado da sua fusão com a Técnica, irá subir mais de cem lugares em 2014 e "deverá ficar acima da melhor universidade espanhola".
O reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel Silva, lembra que a entrada de Coimbra na lista e a melhoria de Lisboa são ainda mais de realçar quando o país atravessa “tantas dificuldades”.
No entanto, alerta: “Os efeitos dos cortes orçamentais impostos às universidades ainda não se reflectem aqui.” Sendo dois dos indicadores deste ranking o número de artigos científicos publicados pelos investigadores das universidades e o número de citações que recebem, com a redução de financiamento que se tem imposto ao ensino superior, há o sério risco de se fazer menos investigação.
Em Coimbra, nos últimos três anos, o corte no financiamento público foi de cerca de 30%, diz o reitor, “e todas as instituições são tratadas por igual, independentemente dos resultados que têm. Se toda a administração pública tivesse sofrido cortes desta ordem já estávamos a pagar a dívida pública e não a aumentá-la”.
Na verdade, acrescenta o reitor, os cortes começaram em 2005, só que não eram tão “violentos” e nessa altura ainda era possível encontrar fontes de receita nos contratos com empresas. Hoje, muitas empresas estão mais preocupadas em sobreviver do que em financiar projectos.
ARWU | 2003 | 2004 | 2005 | 2006 | 2007 | 2008 | 2009 | 2010 | 2011 | 2012 | 2013 |
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Institutional Ranking | / | / | / | / | 403-510 | 402-503 | 402-501 | 401-500 | 301-400 | 301-400 | 301-400 |
O topo da tabela continua a pertencer aos Estados Unidos da América, com oito instituições nas dez primeiras posições, e ao Reino Unido: Harvard University, Stanford University, University of California Berkeley (UCB), Massachusetts Institute of Technology (MIT), University of Cambridge, California Institute of Technology, Princeton University, Columbia University, University of Chicago e University of Oxford.
O Academic Ranking of World Universities (ARWU), vulgarmente conhecido como o ranking de Xangai, é coligido pela Shanghai Jiao Tong University, China, desde 2003.
Este ranking compara 1200 instituições de ensino superior, em todo o mundo, e escolhe as 500 melhores de acordo com a seguinte metodologia: uma fórmula onde entra o número de ex-alunos vencedores de prémios Nobel e medalhas Fields (10%), professores vencedores de prémios Nobel e medalhas Fields (20%), investigadores classificados entre os mais citados em 21 categorias de assuntos (20%), artigos publicados nas revistas Nature e Science (20%), no Science Citation Index e Social Sciences Citation Index (20%) e o desempenho académico per capita (nos anteriores indicadores) de cada instituição (10%).
O ARWU é considerado um dos três mais influentes rankings universitários internacionais, em conjunto com o Times Higher Education World University Ranking (THE) e o QS World University Ranking.
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