sábado, 26 de fevereiro de 2011

"Gabba gabba we accept you, we accept you, one of us"


"Talvez nem todos saibam, no entanto, que as lições de gestão de Bourdain [ex-chef de Les Halles, um restaurante de Nova Iorque] já foram recolhidas e são igualmente interessantes. O resultado está num texto com o título "Management by fire", publicado na "Harvard Business Review" (...) Segundo o nosso herói, quais as funções do "chef"? Sete pistas:

1. Os "chefs" criam meritocracias. Para Bourdain, os "chefs" têm o dever de criar meritocracias. Na cozinha, é-se julgado pela qualidade do trabalho, e não por quaisquer outros factores. Não há maneira de inverter a ordem das coisas. Esta regra pode ser de difícil aplicação em Portugal, um país onde, como dizia um gestor estrangeiro há longo tempo estabelecido no nosso país, todos estão de acordo com os princípios da meritocracia desde que aplicados aos outros.

2. Os "chefs" falam com acções. As palavras que eles dizem contam, mas conta sobretudo aquilo que fazem: "Lidero sempre a partir da frente. O pessoal da cozinha gosta sempre de ver o seu "chef" chegar antes deles, sair depois deles, e trabalhar sempre pelo menos o mesmo que eles, ou melhor ainda, trabalhar mais que eles.

3. Os "chefs" cuidam da equipa. A avaliação do mérito não é incompatível com a criação de um espírito de corpo: "É importante que saibam que me preocupo com eles e que tomarei conta deles". Ou seja, são duros mas preocupam-se.

4. Os "chefs" facilitam o desenvolvimento dos seus colaboradores. Mas sabem que o processo é duro e que tem regras: não aceitam liberdades criativas sem a sua concordância - "quero que reproduzam uma ideia ou um tema como se fossem autómatos". Mas à medida que provam o seu valor, recebem mais espaço para expressarem as suas próprias ideias.

5. Os "chefs" introduzem uma ordem extrema. Num restaurante não é possível saber que clientes chegam a que horas. Por isso, as coisas têm que estar rigorosamente organizadas e planeadas para que a reacção possa ser rápida e ordenada.

6. Os "chefs" sabem que o planeamento pode colapsar. Por isso, mantêm a atenção: "numa cozinha encontra-se o mesmo tipo de intimidade, lealdade, dependência e trabalho em equipa que se encontra nas situações em que pessoas boas são empurradas para uma situação de crise."

7. Os "chefs" instilam orgulho no trabalho. Como se pode ver se o restaurante está bem gerido? Há critérios óbvios: a comida chega quente, a tempo e na ordem certa. Mas, acrescenta Tony, há pistas subtis que chegam ainda antes da comida: "os empregados parecem ter orgulho naquilo que fazem."

Experimente agora o leitor trocar "chef" por chefe e veja se continua a fazer sentido.
"


A gestão ensinada às crianças e ao povo.
Se Salazar fosse o primeiro-ministro e Galvão Telles (1962-68) o ministro da Educação, substituíam a moribunda Área de Projecto e a sobrevivente, mas inútil, Formação Cívica dos 2º e 3º ciclos do ensino básico por uma disciplina de Gestão e punham este senhor Professor a formar os docentes. A começar pelos directores das escolas.


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