domingo, 16 de outubro de 2011

O nosso compromisso com o País


1. Basta olhar para esta imagem para concluir que, mesmo que não houvesse amortizações da dívida pública nem pagamento de juros, as receitas não cobrem as despesas do Estado em 2011. E o País vive nesta situação há 37 anos.


Portanto para diminuir o défice em 2012 seria preciso cortar nas prestações sociais — abonos, subsídios de desemprego, pensões, ... —, ou nos salários da função pública ou em Outras despesas.
Era previsível que a redução salarial entre 3,5% e 10% nos vencimentos da função pública acima de 1500 euros, iniciada em 2011, se iria manter. E estava previsto um corte similar nas pensões.

Sabemos que os subsídios de férias e de Natal não existem nos países do Norte e Centro da Europa.
Mas nesses países nem os deputados e outros políticos estão acima da lei como sucede em Portugal, nem a mentalidade da população incentiva o nepotismo que determina a escolha das chefias da função pública, que depois vão realimentar as regalias dos beneficiados.

Por isso,

  • Enquanto os vencimentos dos sindicalistas da função pública forem pagos pelo Estado;

  • Enquanto os órgãos de gestão das escolas tiverem 1 director, 1 vice-director e 2 directores-adjuntos, todos a receberem suplementos remuneratórios para fazerem o trabalho que antes do 25 Abril era feito por um reitor e um vice-reitor que não dispunham dos meios informáticos actuais, nem sequer de uma simples calculadora;

  • Enquanto houver licenciados pelas ESE e pelas universidades privadas contratados como professores sem serem seleccionados por um exame de Estado com o grau de dificuldade de, pelo menos, as provas de exame do 12º ano, mas apenas com as classificações destas instituições de ensino superior e dos directores das escolas que bajulam;

  • Enquanto houver transferências de 200 milhões de euros para governos regionais que escondem dívidas superiores a 6 mil milhões de euros;

  • Enquanto houver 308 municípios, 4260 freguesias e um número desconhecido de empresas municipais;

  • Enquanto houver 230 deputados na Assembleia da República e não o limite mínimo de 180 permitido pela Constituição;

  • Enquanto houver vendas de bancos como o BPN limpos de imparidades e recheados com 550 milhões de euros (com o comprador a exigir o rácio Core Tier 1 requerido pelo Banco de Portugal o que vai obrigar agora à injecção de 850 milhões de euros);

  • Enquanto Oliveira e Costa, Dias Loureiro, Alberto João jardim, Armando Vara e José Sócrates, pelo menos, não forem julgados, como sucede noutros países europeus, e obrigados a pagar pesadas indemnizações ao Estado ou condenados a penas de prisão se não o fizerem, devido aos graves prejuízos que causaram ao País,

vamos opormo-nos ao corte dos subsídios de férias e de Natal que farão decrescer os salários da função pública e as pensões inferiores a 1000 euros em 7%, em média, e os superiores a 1000 euros em 14%.


2. O País tem um grave problema financeiro.
Mas tem um problema social e ético ainda mais grave que só será solucionado quando

  • no sector da Educação houver melhoria na qualificação dos alunos do ensino público, o que só sucederá se se puser termo à colossal burocracia que envolve o trabalho docente, se for criada uma disciplina que ensine a criar e gerir empresas e se a escolha dos professores for feita por um critério de mérito;

  • na função pública, todas as prestações pecuniárias para além da remuneração base — subsídios, suplementos remuneratórios, incluindo emolumentos, gratificações, subvenções, senhas de presença, abonos, despesas de representação e trabalho suplementar, extraordinário ou em dias de descanso e feriados — forem substancialmente reduzidas ou mesmo eliminadas;

  • cada aposentado tiver direito a uma única pensão, obtida por adição das pensões da CGA, da Segurança Social e de Fundos de Pensões de instituições públicas, com um limite máximo indexado ao salário mínimo nacional.

Tardam medidas nesse sentido que não serão, de certeza, o alargamento da autonomia de serviços, já que essa autonomia foi aproveitada tanto no sector administrativo como no sector empresarial do Estado para desrespeitar as leis e criar grupos de compadrio que defendem vigorosamente os seus privilégios e não revelam capacidade para compreenderem os problemas com que se defronta o País.
Os funcionários públicos mais qualificados foram e continuam a ser empurrados para a aposentação. Espera-se que o Governo e, em particular, o ministro da Educação se apresse.
A nossa paciência está a chegar ao fim.


3. Quanto a esta afirmação do Senhor Primeiro-Ministro
"Em média, os salários na função pública são 10 a 15% superiores à média nacional, justificando a eliminação dos subsídios na função pública."
que, caso raro, recebeu mais de uma centena de comentários no Negócios, muitos comentadores já lhe deram a resposta que merece. Parece-nos que marca o princípio do fim deste Governo. Oxalá estejamos enganados porque não vislumbramos qualquer alternativa. Guardamos uma amostra desses comentários:


daquino 15 Outubro 2011
O senhor demita-se e/ou desminta-se...
... porque não tem a mínima preparação para ser governante e muito menos para ser um estadista de senso político e estratégico. Porque aparenta não entender nada do que é o mundo e a Europa de hoje e a sua dinâmica. Porque não tem intuição política e por isso a Europa não lhe liga pevide. Porque chegou ao poder montado num andaime de inverdades que ruiu num instante, apesar da ajuda do ocupante de Belém. Porque é ingénuo julgando que joga o trabalhador público contra o trabalhador privado com afirmações pueris de média de salários. Consulte o Pordata, por cinco minutos, e fica esclarecido. Não há pachorra.


varegue 15 Outubro 2011
Este argumento...
... é uma verdadeira falácia uma vez que o elevado número de pessoal qualificado (médicos, professores, magistrados, engenheiros e outros) faz subir os salários médios.
Este caminho é seguramente o caminho do subdesenvolvimento.


Algell 15 Outubro 2011
E os bandidos que roubaram milhões no BPN? Ficam com os milhões e não pagam nada?
Um Presidente de Junta do concelho de V. N. Gaia roubou 80.000 euros e apanhou prisão efectiva de 4 anos. Tudo bem, que não roubasse. E os que roubaram milhões no BPN que estamos nós a pagar? Porque ninguém foi preso? Foi só o Dr Oliveira e Costa (que até está em casa doentinho)? E os outros? Como é possível que um desses cavalheiros tenha ido viver para Cabo Verde num resort... que é dele?
Não há processos por gestão danosa e desvio de fundos que nós temos agora que pagar? Porque é que a actual Ministra da Justiça não põe as coisas a andar e faz o que não fizeram os do Governo anterior?
Só vêm para cobrar impostos e não lhes incumbe ordenar processos para julgar e prender os bandidos? São todos amigos? Os membros dos sucessivos governos comem todos da mesma gamela e por isso são todos amigos, menos no Parlamento e nos debates para "português ver"?
Queremos justiça. Prendam os bandalhos que roubaram.


jolcosta 15 Outubro 2011
Porquê os do privado?
Quero dizer: quando os trabalhadores privados (bem como os públicos, sabemos) já deram ou vão dar o seu contributo para o debelar desta crise — ao nível do subsídio de Natal 2011, IRS, IVA e restantes medidas de agravamento dos orçamentos familiares —, como se pode conceber a possibilidade não abusiva de serem também eles a participar no esforço de consolidação orçamental necessário neste momento ao país?
Onde está a responsabilidade dos trabalhadores do privado, no desequilíbrio das contas públicas do país, que não a vejo? Onde se escondem neles as mordomias que os sinais exteriores de riqueza não desmentem nos PF (embora não em todos)?
Mas então somos todos iguais? Não!
Se não, qual o problema dos FP terem um melhor nível de vida que os do privado? Apenas este: é que para isso acontecer, ao longo dos últimos anos (vide aumentos 2,9%, etc), foi sempre necessário, porque a dívida do Estado foi sempre aumentando, recorrer a mais e mais endividamento, até à situação de hoje que, como se sabe, é insustentável.
Não é que os FP não mereçam. Todos merecemos. O problema é que o país não gera riqueza suficiente para as actuais remunerações. Se hoje existe desequilíbrio ao nível das contas públicas, em grande medida aos FP se deve.
Só por muito má vontade ou sectarismo político se poderá afirmar que também os do privado deveriam participar (ainda mais) na correcção dos excessos causados por outros, o que a acontecer, seria também uma forma implícita de admitir que a despesa dos FP não necessitaria de travão, pois os do privado safariam sempre a situação criada, o que não poderá ser.


loydcol 15 Outubro 2011
O testa de ferro dos ricos não sabe nada do que está a falar
Este jotinha e político profissional não sabe do que fala. Ele que explique o porquê da venda da GroundForce por tuta e meia para depois a TAP passar a pagar o triplo pelo serviço desempenhado pela Groundforce.
Abram a pestana, portugas. O papel deste senhor, testa de ferro de interesses ocultos será a de um qualquer liquidatário judicial, da desgraça dos portugueses em proveito da sua trupe. Até na falência de um país é fácil enriquecer com as comissões da venda. A mim nunca me enganou com aquele sorrisinho cínico.


mr33 15 Outubro 2011
É apenas o início
Não se iludam, isto é apenas o início.
Para já, os funcionários públicos (fp) vão ficar sem 2 meses de ordenado. A curto prazo passam para uma bolsa de emprego, ou seja, são despedidos.

Quanto aos trabalhadores do sector privado que conseguirem manter-se no activo, depois dos despedimentos em massa que vão ocorrer com a redução das indemnizações, a esses baixam os descontos para a segurança social.
Por este andar vamos reformar-nos aos 75 anos com pensões de 500 EUR. Para isso mais vale descontar menos e colocar os EUR de lado.

Vai ser o fim dos fp's e o fim da segurança social!
Obrigado ao Trocaste por tantos anos de despesismo, facilitismo e roubalheira generalizada!


loydcol 15 Outubro 2011
Com tanta austeridade vão almoçar ao melhor restaurante de Portalegre
O Sr. Ministro Miguel Macedo (outro político de profissão) com a dramática austeridade apresentada pelo jotinha e político profissional andou a comemorar em Portalegre com um óptimo repasto num conhecido restaurante local.
São pequenos exemplos que demonstram a preocupação destes senhores pelos portugueses. Como diria a minha avó, de tostão em tostão se chega ao milhão. Quantos subsídios de férias e Natal este almoço pagaria?


JCG 15 Outubro 2011
Não, Sr. 1º Ministro
Todas as justificações que tem apresentado para fundamentar essa opção são vazias de substância, são injustas e são irresponsáveis porque vão estimular reacções de grande desconforto e de eventual violência. Cortar 2 meses no rendimento de fp’s e reformados deve gerar menos receita do que cortar meio mês (através de um imposto) a todos os contribuintes. Para além da confusão que provoca, de tal forma que o Saraiva (espertalhão) já veio com a conversa de que tal medida devia ser extensível aos privados.
Em matéria de reformas, onde devia cortar, e não corta, é nas reformas milionárias que certos figurões andam a embolsar à custa do Estado Social. Não venha com essa treta de que o critério era o de cortar não sei quanto na despesa e acrescer não sei quanto na receita. 1 euro é igual a 1 euro. Esse tipo de argumentação e de fundamentalismo é completamente tolo e só gera descrédito sobre quem o apresenta.
Não desbarate a atitude de grande compreensão que os portugueses, na sua maioria, estão a revelar. Não chegue lume à gasolina.
Só quero acrescentar que não sou fp, só que preocupo-me com o meu país e receio que opções e medidas disparatadas tornem incontrolada a situação do país que já é problemática.


loydcol 16 Outubro 2011
Vais ter sorte, vais
É justo que quem ganhe 1.000,00 brutos/ mês e 14.000,00 brutos/ ano perca 14% do seu rendimento, apenas porque é funcionário público, e quem trabalha para o privado e ganhe acima de 2.000,00 /mês, ou mais, não contribua nada para salvar o país da bancarrota? Isto já para não falar dos ordenados obscenos.
Um político decente nunca faria isto a ninguém. E ainda vens com carinha de chefe de Estado para a televisão. Estás ultrapassado no tempo, rapaz. Os pseudo estadistas eram do tempo da minha avó. Grande repartição de esforços pelos portugueses. Continua assim. Sabes que é preciso ser cada vez mais inteligente para enganar os portugueses?
Os portugueses contigo passaram do PEC 4 para o PEC 10 de uma assentada.
Os portugueses não vão deixar-te ser o liquidatário judicial que pretendes ser. Não vais conseguir fazer riqueza com privatizações, como pretendes e os teus amigos políticos profissionais pretendem. Tira o cavalinho da chuva.

Aonde andas, Paulinho das Feiras?
O Paulinho das Feiras e dos mercados escolheu o ministério que mais lhe convinha. Aquele que lhe vai permitir sair incólume deste Governo, porque anda mais tempo a viajar do que nesta pocilga. Maravilha, não é?
Paulinho, aonde andam as gordurinhas do Estado? Não fujas das tuas responsabilidades. Vem dar a cara para depois não acusares os outros e de te esquivares pelo facto de estares num ministério que permite que não te molhes.

Tributação de 100% dos subsídios de férias e de Natal aos funcionários das empresas que vivem à custa do Estado
Da mesma forma que os funcionários que trabalham para o Estado vão sofrer cortes na totalidade dos seus subsídios, exige-se aos funcionários que trabalham para as empresas privadas, que vivem da mama do Estado, os mesmos sacrifícios. Afinal também contribuíram para o atoleiro. É justo. Ninguém lhes manda trabalharem para vigaristas que apenas sobrevivem da mesma maminha.


polar 16 Outubro 2011
Quem trabalha é mais penalizado do que quem já está reformado. Incorência e injustiça
Explique-me, senhor 1.º ministro,

Um trabalhador da FP no activo que aufira um salário superior a 1500€ está sujeito a um desconto que varia entre 3,5 a 10%, e ainda foi brindado com o desconto do subsídio de férias e de Natal, que lhe servia de almofada para suportar as despesas que tem com os impostos, os livros dos filhos e a sua alimentação, a casa, etc.

Por outro lado, um reformado que aufira uma pensão superior a 1500€, contrariamente ao que tinha anunciado antes, deixa de estar sujeito a esses descontos, ficando apenas sem os subsídios de férias e de Natal.

Explique-me, Senhor Primeiro-Ministro, que justiça e equidade é esta?

Então acha que um reformado necessita mais da sua reforma, que um trabalhador no activo do seu salário?
Os primeiros, em princípio, já não têm determinadas despesas, designadamente com a educação dos filhos, tantas despesas com habitação, alimentação, etc, do que as famílias mais jovens que normalmente ainda estão no início da vida ou ainda têm responsabilidades com a educação e manutenção dos filhos.
Não seria mais razoável dividir o esforço também por estes cidadãos, não penalizando tanto quem ainda está a trabalhar?

Eu não tenho nada contra os reformados pois um dia também lá chegarei, mas explique-me qual é a moral desta medida, já que ainda não ouvi da sua boca uma explicação para isso.


loydcol 16 Outubro 2011
Para quando a medida de extinção das subvenções vitalícias dos políticos?
Os portugueses exigem:
1ª - Fim das subvenções vitalícias com efeitos retroactivos dos políticos (afinal os direitos adquiridos já eram);
2ª - Fim das subvenções e de qualquer apoio aos partidos políticos;
3ª - Extinção de 80% das autarquias locais;
4ª - Redução do nº de deputados na Assembleia para 100 deputados (ou melhor, 50 deputados, pois teria o mesmo efeito);
5ª - Extinção de todas as mordomias dos políticos, nomeadamente a venda de todas as berlindas de luxo, despesas de representação (até porque essas despesas somam ao uso do cartão de crédito e, no fundo, apenas duplicam abonos);
6ª - Redução temporária de 50% do vencimento dos deputados dos partidos da oposição e de 100% dos deputados dos partidos do Governo e dos deputados do PS enquanto vigorarem as medidas da troika;
7ª - Alteração profunda no modo de eleição dos cargos políticos;
8ª - Redução para 1/4 dos cargos dos gabinetes;
9ª - Revisão e renegociação das parcerias público privadas, sem excepções, bem como responsabilização criminal e financeira para os responsáveis por negócios ruinosos;
10ª - Renegociação da taxa de juro paga aos bancos pela dívida soberana do Estado (quem comprou dívida a 1% para emprestar a 6%, e mais, tem que participar do esforço das contas públicas);
Senhor Passos Coelho, cumpra com isto e depois venha pedir aos portugueses coesão nos sacrifícios.


faceoculta 16 Outubro 2011
Areia para os olhos
O Senhor PM não sabe que no privado não se declara tudo o que se ganha? A função pública não tem hipóteses, já vem tudo descontado...


_neves 16 Outubro 2011
Passos Coelho termina o estado de graça e vai directamente para o estado de desgraça

Afinal, neste País só há os partidos socialista e socialista. Esta dupla de governantes, Gaspar+Passos, fizeram neste orçamento o que seria de esperar, se nesta altura fossem Sócrates e Teixeira dos Santos a governar: cortar cegamente em quem trabalha (até nisto o Sócrates faria melhor pois planeou cortar nas pensões de reforma, o que parece mais justo dados os critérios mais favoráveis na obtenção das mesmas, e não onerar mais aqueles que hoje estão na idade activa e que já não vão beneficiar do mesmo modo).

Há, além do mais, falhas conceptuais neste orçamento que visa arranjar $, não importa como, a saber: tira mais a quem mais trabalhar (desincentiva deste modo o esforço e o trabalho), repercute para além daquilo que já está nos diferentes escalões do IRS a mesma desigualdade.
Claro, vai onde ainda há capacidade económica para PAGAR e não considera o valor intrínseco, da diferenciação laboral (na função pública), nivelando os que se esforçaram por melhorar curriculum, efectuar pós graduações, ou atingir os objectivos que lhe são postos, etc.
Este factor é gerador de impulsos para o "deixa andar", "se fulano ganha o mesmo ou quase que eu, com muito menos esforço, porque vou eu empenhar-me?"

Era expectativa dos eleitores (até pelo "mistério" que se gerou na elaboração das medidas orçamentais) que surgissem rupturas com o passado, tipo "vamos encerrar 100 institutos", "vamos deixar de financiar as fundações", vamos reduzir o nº de deputados, vamos retirar nas negociações chorudas com as PPP´s prémios obscenos de centenas de milhões de euros...
Afinal o que há é, praticamente, só subidas de impostos e 20% de redução nos vencimentos dos funcionários públicos.

Já agora no plano dos médicos, que tantos criticam como privilegiados, dado ter essa profissão e exercer num Centro de Saúde, deixo à consideração os valores efectivos de hora extra para o meu caso: em 2010 = 20 euros/h ; em 2011 = 17,5 euros/h; após contas efectuadas pela mexida nas tabelas e projectadas para o mesmo tipo/horas trabalhadas em 2012 irá descer para 13,5 euros/hora, valores líquidos. Isto para além da perda dos subsídios de Natal e Férias, de todos os funcionários públicos. Impossível não reagir...
Quem se interessar pelo tema pode ler este artigo onde o articulista se atreve mesmo a chamar comunistas, a estas medidas para a saúde! Não poderia estar mais de acordo.


jm4330 16 Outubro 2011
Social democracia
Como social democrata desde 1980 quero pedir desculpa a todos os portugueses por ter um 1º ministro como este senhor Passos Coelho.
Como social democrata exijo a demissão deste 1º ministro que vai levar á miséria toda uma classe média que sempre salvaguardou os princípios da social democracia como um meio de prosperidade.
O PSD não é isto. A social democracia não é isto. Como social democrata estou revoltado.


mrnogueira01 16 Outubro 2011
Deu-me trabalho
Deu-me um trabalho enorme, mas fiz uma sondagem e obtive resultados inacreditáveis.

Perguntei a uma série de portugueses se sabiam como nasceu esta crise. A grande maioria respondeu que teve a ver com o incentivo que os Bancos deram ao consumo e à especulação em torno da construção civil. Também me disseram que a crise é do país, não dos funcionários públicos.

Depois corri toda a linha do Estoril e fui perguntando aos donos daquelas vivendas fabulosas e de casas de sonho, com carros de sonho, em diversos condomínios privados, que lá existem, e fiquei a saber que eram todos funcionários públicos.
À entrada de Cascais, onde se construiu aquele prédio de luxo, onde estava o antigo Hotel Estoril Sol, com casas inacreditáveis, que foram vendidas a partir dos 4 milhões de euros, e todos os proprietários eram FP’s. Até havia um, muito doente e que ganhava 1.000 euros/mês, aposentado e que necessitava de gastar muito dinheiro na farmácia, mas teve a refinada lata de comprar um desses apartamentos.
Segui para a Quinta da Marinha e mais uma vez todos eram FP’s.
Na condomínio da Quinta da Penha Longa a mesma coisa, só FP’s.
Em Belas Club do Campo onde, por acaso vi o sr. Balsemão a jogar golfe, os proprietários das vivendas e apartamentos luxuosos são todos FP’s.
Nas grandes quintas em Colares, Sintra e naquela zona privilegiada pela natureza só vivem FP’s.
Os proprietários dos iates atracados na marina de Cascais também são todos FP’s. Um deles, que ganha 1.000 euros/mês, até me disse que só agora é que tinha percebido que 1.000 euros ganhos no Funcionalismo Público valem mais do que 1.000 euros ganhos na actividade privada.
Fui de passeio até ao Algarve, passei pela Quinta do Lago e, para espanto meu, quem lá vive só são FP’s.
Na marina de Vilamoura mais do mesmo com os iates lá existentes, FP’s ... FP’s.
Parei em Portimão, fui dar uma volta à marina. Todos os iates tinham afixadas faixas de protesto. Diziam que os seus donos não tinham culpa de serem FP’s.

Após ter feito este trabalho, sinto-me exausto e peço desculpa ao Sr. 1º ministro.
Ele tem razão. Os FP’s é que são os culpados e os grandes detentores da riqueza nacional. É inacreditável as suas demonstrações exteriores de riqueza.
Ainda por cima, muitos deles recebem um boletim de vencimentos a declarar um valor, mas a grande parte do salário recebem-no por fora.
Por isso, Sr. 1º ministro, para os castigar exemplarmente, só falta acabar com o sigilo bancário, para os desmascarar e apurar que são eles os principais responsáveis pelos mais de 40% da economia subterrânea que circula por este país.


tysan_14 16 Outubro 2011
Caiu a máscara
Afinal o problema não é a dívida pública, porque essa não é da responsabilidade dos funcionários públicos, mas dos incompetentes que têm governado o País — milhões gastos com o TGV, as negociatas do FREEPORT, os negócios entre a falida REFER e as empresas do amigo do PS, etc. — e a quem o Governo não vai pedir responsabilidades.

O problema são os funcionários públicos, também foi assim antes, porque são muitos e se forem menos cada membro do governo pode abotoar-se com mais.

A justificação é boa para os ouvidos, mas não colhe porque, só para dar um exemplo, óbvio para inteligentes, os aumentos na banca, na Auto Europa, nas empresas públicas, etc., foram muito superiores aos dos funcionários públicos, que nem tiveram aumento e até viram as carreiras congeladas.

E a mesma justificação não colhe porque não considerou o conjunto de tarefeiros que asseguram serviços do Estado e que não ganham para comer. Os postos de trabalho das funções de limpeza, recepção de serviços do Estado foram entregues a empresas privadas e antes eram desenvolvidos por pessoal cuja remuneração baixaria por certo estas médias que as "mentes iluminadas" trouxeram para a discussão pública para justificar a incompetência de resolver o problema, que na altura das eleições tinha solução e agora já não.

Se falta dinheiro no orçamento do Estado, qual será a redução do número de deputados ou do número de presidentes de junta de freguesia?
Qual é justificação para a Madeira e os Açores terem tantas freguesias, um governo e um parlamento regional? Não são Portugal, ou só são Portugal para fazerem dívida e os portugueses pagarem?
Qual foi a redução de cargos dirigentes dos milhares de serviços do Estado? Não pode ser porque faltavam lugares para os amigos? Qual foi a redução do número de viaturas e restantes regalias que os políticos e dirigentes usufruem, que constituem despesa inútil e inconcebível?
Quem é que andou a gastar dinheiro em estudos para o TGV e para o aeroporto?
Etc.

A dívida pública não teve a participação dos funcionários públicos, mas sim de governantes e dirigentes públicos, portanto responsabilizem-nos!
Atribuam cargos a pessoas competentes, sem ser por cunha política, e responsabilizem os dirigentes e gestores que isto muda.
Deixem-se de discursos de ocasião para esconder a verdade.


loydcol 16 Outubro 2011
É precisamente isso Sr. tysan_14
Ainda ontem vi a notícia que o Sr. Ministro Paulo Portas estava em Marrocos a acompanhar um quadro da CIMPOR.
A CIMPOR, nos investimentos que vai fazer lá, vai levar quadros portugueses? Vai trazer receitas para Portugal? Vai pagar mais impostos em Portugal?
É isto que os portugueses precisam saber. Não me venham dizer que a CIMPOR, como empresa privada, não está obrigada com os seus concidadãos. Se assim é, porque é que o Sr. Ministro foi lá gastar dinheiro dos nossos impostos? Andará, como todos os políticos, a cuidar do seu futuro?

Os portugueses necessitam é de empresas que criem riqueza em Portugal e para os portugueses, pois é assim que os países crescem e se desenvolvem. Quando me disserem que os investimentos feitos pelas empresas portuguesas vão contribuir para a melhoria dos números de desemprego, ficarei contente. Não quero empresas que apenas vão à procura de novos filões de dinheiro fácil.


bmw320dt 16 Outubro 2011 - 18:59
Mentiroso!
Como é possível alguém brincar com a vida das pessoas? Brincar com números! Então o senhor Passos não sabe que as coisas não são comparáveis?
Claro que sabe! O problema dele é ideológico e depois arranja desculpas tontas para se justificar. Não tem justificação.
Eu trabalho num serviço público (com muita honra, algo que o passitos não sabe o que é) e, para além do telefonista, tudo é gente licenciada, como é possível comparar os nossos vencimentos médios com o vencimento médio de uma fábrica têxtil?
Toda a gente sabe isto. Pode ser que a brincadeira saia cara a todos nós...


lo2006 16 Outubro 2011 - 21:57
Srs funcionários públicos efectivos,

a) Porque não existem funcionários públicos efectivos no desemprego?

b) Porque é que os funcionários públicos em Portugal ficam com quase 14% do PIB e são 18% da força de trabalho, e os funcionários públicos suecos, que são 33%, ficam com 15% do PIB?

c) Porque é que existem greves e ressabiados só na FP, a reclamar a manutenção do status. Enquanto no privado os trabalhadores só reclamam e vão para a greve quando já não recebem salário há mais de 6 meses? Não respondam com excepções. O pensamento deve ser feito sempre com base na regra, como obviamente sabem.

d) Porque é que os FP têm que ser pagos pelas horas extraordinárias e no privado não?

e) Porque é que continuam afirmar que os funcionários públicos são dos poucos que pagam impostos, porque vem tudo discriminado na folha de pagamento, quando é precisamente o contrário? Os FP não pagam impostos directos, porque o Estado não se pode financiar com os seus próprios trabalhadores. Antes do aparecimento do IRS, os FP não pagavam imposto profissional como os privados. Para homogeneizar as remunerações de todos os trabalhadores, passaram a pagar IRS, mas foi-lhes atribuída uma compensação e ficaram com o mesmo salário líquido, logo isso repercute-se indefinidamente, um ajuste de que todos beneficiam até hoje. Pagam impostos indirectos quando consomem uma Coca-Cola...

f) Quantos são na família que trabalham na Função Pública? A mulher, as filhas, o sogro, a mãe?

g) Algum dia trabalharam no privado? Sabem as diferenças com o trabalho público? Se não se sentem bem na Função Pública, porque não vêm trabalhar para o privado?

h) Porque é que, em regra, os funcionários públicos trabalham 35 horas semanais e os privados 40 horas?

i) Acham que a crise é fruto dos desajustamentos macroeconómicos da economia portuguesa e da decadência do modelo económico ocidental ou é culpa das agências de notação financeira e dos analistas dos bancos de investimentos?

j) Quem geriu o país nos últimos 37 anos, políticos com uma agenda eleitoral ou economistas?

k) Será possível manter um país com défices públicos consecutivos durante 37 anos? E que vão continuar a ser mantidos com um novo pacote de ajuda em meados do próximo ano.

l) Porque é que os FP tiveram um aumento médio da massa salarial de quase 100%, nos últimos 20 anos, quando a produtividade aumentou menos de 50%?

m) Porque é que, quando uma empresa vai à falência ou está com problemas, os seus trabalhadores cedem 20% do seu salário ou são despedidos e a empresa falida Estado não pode fazer a mesma coisa?

Nota: Não respondam só às perguntas que vos convém e de forma enviesada porque de malabarismos de políticos estamos todos fartos. Sejam homens e respondam a todas.


loydcol 16 Outubro 2011 - 22:47
Sr. lo2006,
O Sr. deve ser uma pessoa muito distraída. Então com tanta benesse e direitos dos funcionários públicos, o Sr. continua a trabalhar para os privados? Diga-me lá uma coisa, por acaso não é louro, pois não?
Por favor, não confunda políticos e gestores públicos incompetentes e corruptos com pessoas trabalhadoras e honestas que todos os dias dão o seu melhor no sector privado e também no sector público.


gomez1 16 Outubro 2011 - 23:11
loydcol,
Trabalho no privado. Diga-me a qual Sr. Cunha devo falar para entrar na Função Pública.


loydcol 16 Outubro 2011 - 23:36
Sr Gomez1,
Eu só respondo por mim. O meu Sr. Cunha foi o Dr. Passos Coelho. Sou um sortudo, já viu. Mas olhe mande o currículo para ele e boa sorte. Estamos carenciados de pessoas inteligentes e por isso de certeza que as suas qualificações serão sem dúvida reconhecidas.


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