quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Discurso de Cavaco Silva do 5 de Outubro de 2011





Esqueçamos quem o fez e atentemos num bom discurso (o negrito é nosso):


"Celebrámos em 2010 o centenário da instauração da República. Este ano, neste dia 5 de Outubro, a República Portuguesa inicia o segundo centenário da sua existência.

Neste novo século republicano, os Portugueses vivem tempos de incerteza perante o que o futuro lhes trará. No plano internacional, emergem sinais preocupantes de que a situação económica e financeira se poderá agravar de novo. Num mundo cada vez mais globalizado e interdependente, o mau desempenho das economias desenvolvidas irá reflectir-se inevitavelmente sobre as outras economias.

No mundo novo deste século novo, a Europa encontra-se numa encruzilhada quanto ao seu futuro. Os princípios fundadores do projecto europeu estão a ser postos à prova de uma forma muito profunda e até dramática.

Vivemos dias que são um teste decisivo para a vitalidade da União Europeia e compete-nos a todos nós, povos deste Continente antigo, decidir se queremos uma União que seja um mero aglomerado de mercados ou se, pelo contrário, desejamos concretizar a aspiração de uma Europa coesa e solidária, unida tanto nos bons como nos maus momentos. Só dessa forma a Europa será fiel às suas raízes e conseguirá satisfazer os anseios de bem-estar partilhado que estiveram na génese das Comunidades.

Os líderes europeus da actualidade têm de saber estar à altura dos ideais grandiosos de Jean Monnet ou de Robert Schuman.

Portugal tem de se afirmar, no contexto de uma União Europeia digna desse nome, como um Estado credível e como uma República que honra os seus compromissos.

Temos de ser um país determinado a resolver os seus problemas, de forma livre, soberana e independente. Poderemos ser ajudados em alturas de dificuldades, mas que nenhum português tenha dúvida: é a nós, cidadãos desta República, que cabe construir uma economia saudável e encontrar caminhos de futuro. Se não fizermos o nosso trabalho, de pouco adiantará receber um auxílio que é necessariamente limitado no montante e na duração.

A adesão de mais de metade dos actuais Estados-membros da União Europeia é posterior à nossa. Temos, também por isso, especiais responsabilidades na valorização do projecto europeu. É essencial que o País inteiro seja um agente activo da defesa e do aprofundamento de um projecto comum, cujo enfraquecimento representaria uma irreparável perda para todos os povos da Europa.

Sem qualquer dúvida, o fracasso da experiência do euro iria arrastar consigo toda a União, mergulhando-a num turbilhão de resultados imprevisíveis. A diluição da zona euro seria o início de um processo que culminaria na destruição da Europa unida, tal como a conhecemos e ambicionámos. Se isso acontecesse, que credibilidade apresentariam os países europeus no quadro de um mundo globalizado e extremamente competitivo?

É esta a grande questão que os líderes europeus devem colocar, a si próprios e aos cidadãos dos seus países.

Portugueses,

Vivemos tempos muito difíceis. Essa é uma realidade que ninguém de bom senso poderá negar. Durante alguns anos, foi possível iludir o que era óbvio, pese os avisos que foram feitos dos mais diversos quadrantes. Agora, estamos confrontados com uma situação que irá exigir grandes sacrifícios aos Portugueses, provavelmente os maiores sacrifícios que esta geração conheceu.

Temos de ter presente, ainda assim, que Portugal atravessou crises difíceis ao longo da sua existência multissecular. Difíceis foram os tempos que antecederam a Primeira República, como difíceis foram os anos da Grande Guerra em que participámos com o sangue dos heróis.

Difíceis são as missões das Forças Armadas, em Portugal e no estrangeiro, merecedoras da nossa admiração e respeito e nas quais os Portugueses se revêem pelo sentido de dever e pelo seu carácter eminentemente nacional.

Difíceis foram os tempos do passado, mas aqui estamos, hoje, para celebrar a República a que nos orgulhamos de pertencer. Neste país onde vivemos, na terra onde morreram os nossos antepassados e onde nasceram os nossos filhos.

É justamente por isso que, nos nossos dias, se torna tão premente reinventar o republicanismo, fundar um espírito republicano ajustado às exigências cívicas do novo século.

Tempos como este são difíceis, sem dúvida, mas os tempos difíceis são tempos de ensinamentos e a crise possui virtualidades que nos fazem mais fortes, porque mais conscientes e realistas.

Perdemos muitos anos na letargia do consumo fácil e na ilusão do despesismo público e privado. Acomodámo-nos em excesso. Agora, temos de aprender a viver de acordo com as nossas possibilidades e a tirar partido das nossas potencialidades.

A crise que atravessamos é uma oportunidade para que os Portugueses abandonem hábitos instalados de despesa supérflua, para que redescubram o valor republicano da austeridade digna, para que cultivem estilos de vida baseados na poupança e na contenção de gastos desmesurados, para que regressem ao consumo de produtos nacionais, para que revisitem o seu país e aí encontrem paisagens esquecidas e um património histórico que só sendo conhecido pode ser acarinhado e preservado.

O republicanismo deste novo século deverá ser mais exigente quanto à justiça na distribuição da riqueza e na repartição dos sacrifícios. Portugal vinha acumulando intoleráveis assimetrias, para as quais múltiplas vezes chamei a atenção dos Portugueses.

O País acusava a marca de graves desequilíbrios no ordenamento do território, na disparidade de rendimentos, nas desiguais oportunidades que concedia às diversas gerações.

O reajustamento financeiro do Estado e a reorganização da sua estrutura não podem perder de vista a necessidade de corrigir os défices de justiça territorial, social e geracional que vinham corroendo as bases da coesão de cidadania que deve existir entre os membros de uma República una e solidária.

A cultura republicana implica uma reforma profunda do exercício de funções públicas. Precisamente porque se pedem mais sacrifícios, o exemplo dos agentes políticos tem de ser mais autêntico.

Em momentos como o presente, diminui de forma substancial a tolerância dos cidadãos perante o despesismo público e o gasto improdutivo, o que constitui um efeito positivo da situação que atravessamos.

Temos agora a oportunidade de, quer na esfera privada, quer na esfera pública, corrigirmos defeitos e erradicarmos vícios que, de outro modo, permaneceriam longe do olhar crítico dos cidadãos, mas não deixariam de os afectar no seu quotidiano e no futuro das novas gerações.

Os cidadãos da República centenária são mais exigentes quanto à necessidade de uma mudança profunda da acção política e têm plena consciência de que a Justiça do seu país tem de ser um factor de desenvolvimento e não um elemento de paralisia da actividade económica e da vida social.

Há mais de um século, dizia Oliveira Martins que, quando aparecem as crises, «vê-se mais ao vivo como as coisas são na realidade». Estamos agora confrontados com a realidade.

Acabaram os tempos de ilusões. Temos um longo e árduo caminho a percorrer, para o qual quero alertar os Portugueses de uma forma muito directa: a disciplina orçamental será dura e inevitável, mas se não existirem, a curto prazo, sinais de recuperação económica, poder-se-á perder a oportunidade criada pelo programa de assistência financeira que subscrevemos.

A par do inevitável saneamento das contas públicas, tem de existir revitalização do tecido produtivo nacional, investimento privado, combate ao desemprego, aumento da produtividade e da produção de bens e serviços capazes de concorrer nos mercados externos. Se tal não ocorrer, os desequilíbrios financeiros terão uma correcção meramente temporária e estaremos de novo colocados na contingência de recorrer à ajuda externa, a qual, a acontecer, se irá processar em condições ainda mais gravosas para os Portugueses. Temos de o evitar a todo o custo.

Há um caminho, estreito e difícil, que passa pela disciplina na utilização dos dinheiros públicos e pelo aumento da poupança interna, mas também pelo crescimento da nossa economia.

Temos potencialidades de que nem sempre nos apercebemos. A segurança favorece o desenvolvimento do turismo de qualidade. Os oceanos permanecem em larga medida por explorar, em tudo aquilo que nos podem oferecer de forma sustentável.

Os mercados da reabilitação urbana e do arrendamento devem ser activados, do mesmo modo que urge salvaguardar o nosso património histórico-cultural.

No aproveitamento da floresta e na produção de produtos regionais de referência, há um longo percurso a trilhar. Mas, acima de tudo, dispomos actualmente de gerações qualificadas e empreendedoras, cujo talento e cujo dinamismo não podemos desperdiçar.

Em tempos de escassez económica, há também que redescobrir o valor da cultura e dar prevalência à dimensão espiritual sobre a dimensão material da vida humana.

As iniciativas de voluntariado e de apoio aos mais carenciados, frequentemente protagonizadas por jovens, são um sinal encorajador de que é possível ter esperança. A par de uma justa repartição dos sacrifícios, tem de existir uma especial preocupação de inclusividade e de protecção daqueles que verdadeiramente precisam do nosso auxílio. Combatendo o desperdício de recursos, o Estado deve dar às famílias um exemplo de parcimónia e contenção.

Das empresas, por seu turno, espera-se um aumento da respectiva responsabilidade social, em particular nas regiões onde se inserem e geram riqueza e emprego.

A escola deve pautar-se por critérios de qualidade e exigência, pois só assim cumprirá o ideal republicano de pedagogia democrática.

Dos autarcas reclama-se uma maior atenção ao reforço da capacidade produtiva dos seus municípios e o lançamento de programas de apoio social, em articulação com as instituições da sociedade civil.

Portugueses,

Estamos no início do novo século republicano. Os Portugueses têm de saber o que pretendem do Estado e dos poderes públicos num contexto de grande escassez de recursos. Mas, acima de tudo, os Portugueses têm de saber o que querem fazer do seu futuro colectivo, agora que chegou um tempo em que não bastam os sacrifícios, mas em que é crucial poupar mais, trabalhar mais e melhor e fazer crescer a economia.

Não podemos agarrar-nos a soluções fáceis que a realidade depressa irá desmentir. Todos sabemos que não poderemos continuar a viver acima das nossas possibilidades. Temos de aprender a viver de acordo com o que produzimos, na consciência de que só produzindo mais e com mais qualidade iremos viver melhor.

Não duvido de que somos capazes. Provámo-lo no passado, provamo-lo todos os dias, em Portugal mas também no estrangeiro, seja nas comunidades da diáspora, seja no vasto conjunto de jovens investigadores que se destacam em diversas universidades por esse mundo fora.

Neste 5 de Outubro de 2011, exorto os Portugueses a trabalharem de acordo com as suas imensas capacidades, na certeza de que é esse o único caminho para construirmos a República do segundo centenário. Uma República mais livre, mais autêntica e mais justa.

Muito obrigado."


Aqui está a resposta, senhor Presidente:


Tadeu, S. Pedro do Sul. 05.10.2011 13:11
Não foi no seu tempo?
Sr. Presidente, não foi no seu tempo que se criou o monstro na Administração Pública?
Não foi no seu tempo que desbaratámos a histórica entrada de fundos da Comunidade?
Não foi no seu tempo que o Alberto João gozou com o dinheiro dos contribuintes do resto do país até mais não poder?
  • Maria da Fonte, Portugal. 05.10.2011
    RE: Não foi no seu tempo?
    Este Sr. Silva é o grande responsável pela destruição da nossa produção (fosse muita ou pouca), pelo abate das árvores, pelo fim das pescas e pela implantação do cimento em todo o país. Além disso é o responsável pelos disparates do Carneiro na Educação e pelos ricos do BPN que estão na maior. Fim aos offshores e que o dinheiro volte ao país, pois esses não contribuem e são donos dos mercados de agiotas. Como diria o Rafael Bordallo Pinheiro: é a república em todo o seu esplendor. O reino de Portugal faz 868 anos! Viva o Rei!
  • Mancha Negra, Vladivostok. 05.10.2011
    RE: Não foi no seu tempo?
    Esse era o tempo das ilusões. E como o homem não conseguia ver mais longe...

Ilusões? Fale Nisso a Quem Ganha 500 Euros. 05.10.2011 13:28
O exemplo vem de cima
Sic: "hábitos instalados de despesa supérflua, para que redescubram o valor republicano da austeridade digna". Belém bem que podia começar por dar o exemplo, cortando no seu orçamento milionário de pessoas e bens, bem como com comitivas de 50 pessoas em excursões que para nada contribuem. Mas para quem aufere algumas reformas milionárias isso seria impensável, não é?

António, Cartaxo, Portugal. 05.10.2011 13:33
Por isso vou ao Cartaxo
E por isto tudo, na sexta-feira vou ao Cartaxo cumprimentar Paulo Caldas. Um presidente de Câmara que é responsável por:
50 milhões de euros de dívida conhecida, pela privatização da água e consequente aumento brutal da factura. Que tem Investigações judiciais sobre comportamento enquanto autarca, processos a decorrer por peculato de uso, processos a decorrer por denegação de justiça, ajustes directos sob suspeita no valor de perto de 500 mil euros, dinheiro de campanha eleitoral mal explicado, condenações e multas do Tribunal de Contas (algumas sobre almoçaradas e/ou relativas a seus familiares directos).

João Rodrigues, Angola. 05.10.2011 13:35
Os sacrificios começam por quem os pede
Para mim, já acabaram há muito tempo, ainda no tempo em que os nossos governantes (todos sem excepção) afirmavam que não havia motivos para preocupação. Esta situação, criada por vocês políticos, todos sem excepção, levaram a que muitos, como eu, tivessem de emigrar.
Sabe, Sr. Presidente, o sacrifício que representa estar longe dos nossos filhos? Que mais sacrifícios querem? Por que é que só agora acordaram para a realidade? Não se esqueça que o "Perdemos muitos anos na letargia do consumo fácil e na ilusão do despesismo público e privado", vem dos tempos em o Sr. era primeiro ministro, o que fez para o evitar? O que fez para acabar com a má governação nestes últimos anos? Quem são vocês políticos portugueses, qual a vossa moral para atirarem a primeira pedra?

Portugal e a sua História de Tristes e Falhados. 05.10.2011 14:01
Este Presidente nasceu aqui
Um filho questiona o pai: Como é possível que nós, um povo que descende de gerações que ‘deram novos mundos ao mundo’, que viajaram pela África, Brasil, pela Índia, etc., que deixaram uma língua e traços de cultura que ainda hoje sobrevivem e são lembrados com admiração, como é possível que hoje sejamos o mais pobre país da Europa?
O pai sorriu: Filho, está muito enganado. Nós não descendemos dessa gente aventureira, que teve a audácia, a coragem e a ambição de partir pelo mundo.
Não descendemos? Reagiu, perplexo, o filho: Então de quem descendemos nós?
O pai: Nós descendemos dos que ficaram aqui.
  • j.Ribeiro, Setúbal. 05.10.2011
    RE: Este Presidente nasceu aqui
    Hoje, dia da fundação de Portugal, 5 de Outubro de 1143. Será que emigraram os monárquicos e ficaram cá os republicanos?
    • Vai Lá Vai, Nem com as Novas Oportunidades. 05.10.2011
      RE: RE: Este Presidente nasceu aqui
      Desculpe, mas o cavalheiro, por acaso, foi à escola? É que a sua história está repleta de calinadas. O dia 5 de Outubro de 1910 destituiu a monarquia constitucional e implantou um regime republicano em Portugal. Infelizmente.
      Foi pena não terem exilado os republicanos. Ao menos não teríamos presidentes que não servem os interesses do Povo, que supostamente representam. Este, com 25%, o que não é nada. Ainda bem que não se pode recandidatar.

Carlos, Porto. 05.10.2011 14:22
Certamente
No dia em que o regime comemora nada e coisa nenhuma nunca será demais recordar o gesto lúcido do almirante Cândido dos Reis há 101 anos e de lamentar que, então, o seu exemplo não tenha sido seguido por mais republicanos.

Anónimo, braga. 05.10.2011 15:12
Já tinha saudades do tempo das avozinhas
Eu diria que acabou o tempo de os políticos esmifrarem o País e sem dar nas vistas...
É que o saco rompeu e está sem fundo. Agora, acho que chegou o tempo de alguém pagar a factura. Pena ser o Povo que tem que a pagar, porque quem andou a roubar anda por aí a esconder-se, enquanto outros ainda lá estão e ainda têm a lata de dizer que chegou o fim das ilusões.
Se é que alguém as teve, foi claramente políticos que sempre gastaram mais do que tinham ao seu dispor. Acho uma falta de honra e honestidade que quem gastou passe impune e ande a usufruir dos roubos que se fizeram em Portugal. Pena não haver a coragem, como existe na Islândia, de fazer sentar Jardins, Cavacos, Guterres, Sócrates, etc, no banco do Tribunal a prestar contas ao País. Peço desculpa, sei que sou um sonhador...

Anónimo, Lisboa. 05.10.2011 16:12
Pena que só publiquem comentários anti-PR
Já fiz vários comentários que em nada violavam a lista de critérios para a publicação dos mesmos, mas parece que nenhum foi aceite. Só queria dizer que concordo com tudo o que foi dito pelo PR, e acho até que foi demasiado brando em relação ao anterior governo.
  • Anónimo, doqueledisseenãofez. 05.10.2011
    RE: Pena que só publiquem comentários anti-PR
    Concorda com o que foi dito, mas ninguém discorda. O problema é aquilo que o PR diz, mas não faz. Faz exactamente o contrário. Desilusão global. É o que temos... Ele também ajudou a enterrar o país e a entregá-lo aos pedreiros livres.

arsénio coragem, metz. 05.10.2011 16:18
Responsabilidade
Cavaco Silva fez dezassete anos de vida política. Um como ministro das Finanças, dez como primeiro-ministro e seis como Presidente da República.
A Democracia Portuguesa tem trinta e sete anos, será que ele não tem responsabilidade nenhuma na situação do País?

manel, Portugal. 05.10.2011 16:34
Cavaco tem razão, mas...
Cavaco Silva, o Presidente, tem toda a razão. A receita aplicada à Grécia não é solução, solução é a que o Brasil implementou: apostou no desenvolvimento, não deixou o mercado asfixiar e com isso criou receitas. Em Portugal corremos o risco de taxar demais, o consumo desce mais, o desemprego sobe em flecha, o Estado é chamado a ter mais gastos sociais e menos receitas com as medidas que tomou para obter precisamente mais receitas.
Agora Cavaco, o ex-primeiro-ministro é o 1º culpado, foi dele que se ouviu o tiro de partida para o desmantelamento das unidades fabris em Portugal — Sorefame, Lisnave, Mague, entre tantas outras empresas desbaratadas, separadas e vendidas aos concorrentes que, obviamente, as encerraram —, frota de pesca reduzida a metade, e por aí fora...

manuel lucas, Cambelas. 05.10.2011 18:47
E que tal dar o exemplo, Sr. Presidente?
Tenho ouvido atentamente, tanto quanto a minha capacidade o permite, o Sr. Presidente da República e ainda não o ouvir dizer (devo andar distraído) que, para dar o exemplo nos sacrifícios que tanto defende, o Sr. Presidente ia cortar 20% no Orçamento da Presidência da República.
Ficava admirado e todos nós, a quem são impostos sacrifícios, agradecíamos o exemplo, até porque somos nós que pagamos.

Anónimo, Lisboa. 05.10.2011 18:51
Respeitosamente, Sr. Presidente
Respeitosamente, Sr. Presidente, e como seu concidadão, solicito-lhe, para exemplo de todos, que abdique de uma das suas reformas. Tal como na Suíça, país rico, todos têm uma, e uma só, reforma do Estado.

Anónimo, Aldeia dos poderosos Bananal do continente. 05.10.2011 22:41
Acabar com os privilégios dos governantes
O primeiro ministro concedeu por despacho seu, publicado no dr II série de 29-09-2011, subsídio de alojamento a alguns ministros e secretários de estado.
Alguns já eram deputados há n anos e moravam aonde? Será que num raio até 100 km de Lisboa não há pessoas competentes e honestas em número suficiente para constituir o governo? Por que é que o governo (1º. ministro) impõe sacrifícios ao povo e desperdiça dinheiro (despesismo) a pagar subsídios de alojamento a quem ganha bem e pode, sem problemas, pagar renda de casa do seu bolso? É só ver as declarações de rendimentos de 2010 que os mesmos apresentaram no Tribunal Constitucional.


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