O presidente do município de Torres Vedras obteve uma autorização "excepcional" do Governo para contrair um empréstimo de 1,2 milhões de euros que seria uma parte do financiamento das obras do programa Polis da cidade.
Mas, desde Maio, tem obtido sucessivas recusas dos bancos. Agora apenas três responderam ao pedido do município:
A Caixa Geral de Depósitos propunha emprestar 600 mil euros a pagar em 20 anos e a Caixa de Crédito Agrícola de Torres Vedras aceitava conceder 1,2 milhões de euros mas a pagar em 4 anos.
O Banco Santander/Totta concedia o financiamento a pagar em 10 anos, impondo como condições um spread de 6,5 %, com cobrança trimestral de juros e domiciliação do crédito das verbas do Fundo de Equilíbrio Financeiro. O município concordou.
"O Banco de Portugal está a dar indicações aos bancos para não emprestar dinheiro às autarquias e, quando emprestarem, é por um período não superior a quatro anos", criticou o presidente que, obviamente, foi eleito por um período de quatro anos, mas acha natural deixar uma dívida ao seu sucessor.
"O Governo esquece que há um Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) até 2013 e é um convite a que não haja investimento, dinamização da economia e a que se devolva dinheiro" no final de 2013 a Bruxelas, apesar da crise financeira, argumentou o presidente.
Obras públicas foi o que mais tem sido feito neste País, durante o último quartel, estamos endividados até à ponta dos cabelos por causa do betão e crescimento económico é algo que não se vê.
O presidente do município de Torres Vedras está indignado. Nós estamos chocados.
Mas não é com o Banco de Portugal, é com o presidente do município.
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