Os líderes europeus estão a ser pressionados pelos parceiros internacionais para acabar com o contágio da dívida que o presidente Barack Obama disse estar a "assustar o mundo" quando, no mês passado, enviou o secretário do Tesouro Timothy Geithner à reunião dos ministros das Finanças da UE, na Polónia.
Preocupada com a crise da dívida, mas tentando impedir a implosão do euro, a chanceler Ângela Merkel já tinha afirmado, na sexta-feira, num discurso perante o CSU, seu parceiro na coligação, que a divisa europeia é crucial para o funcionamento da economia alemã: "Esta moeda única, o euro, é o elixir da vida para a Alemanha".
É que, na terça-feira, uma sondagem do instituto Forsa mostrou que 54% dos alemães pretendiam regressar ao marco, a moeda que antecedeu o euro na Alemanha, devido à crise da dívida.
Merkel aproveitou esse evento para responder também a Obama, ao declarar que o G20 tem de tomar atenção aos protestos contra os mercados financeiros, como o movimento espanhol dos “indignados” ou o norte-americano “Ocuppy Wall Street”.
"Os políticos precisam de impedir que cada vez mais pessoas desçam às ruas — o que está a acontecer em muitos países", defendeu a chanceler, sendo preciso criar um escudo de protecção para que "os mercados não conduzam as pessoas à ruína".
Bloomberg
Hoje, na conferência de imprensa que se seguiu a mais um encontro bilateral entre os líderes das duas maiores economias europeias, desta vez em Berlim, Nicolas Sarkozy fixou um prazo para dar uma resposta à crise da dívida soberana e aos defeitos estruturais dos 17 países da Zona Euro.
"Precisamos dar uma resposta que seja sustentável e global. Decidimos dar essa resposta até o final do mês porque a Europa deve resolver os seus problemas até à cimeira do G20 em Cannes", disse Sarkozy.
Merkel concordou com a recapitalização dos bancos europeus: "Estamos determinados a fazer tudo o que for necessário para garantir a recapitalização dos nossos bancos".
Embora tenha reiterado a intenção de manter a Grécia no euro, deixou aos auditores internacionais, conhecidos como a troika, a orientação dos próximos passos e Sarkozy evitou repetir o que disse há nove dias de que "não podemos deixar a Grécia falhar".
Mas para aumentar a coordenação económica e financeira na Zona Euro a chanceler lembrou que é necessário alterar os tratados europeus.
Acontece que a cimeira do G20 é só em 3-4 de Novembro e modificar os tratados europeus pode levar anos. Ora urge agir: o conselho de administração do Dexia SA (DEXB) ia reunir-se, hoje, com a intenção de começar o desmembramento deste banco franco-belga, o primeiro credor a cair vítima da crise da dívida na Zona Euro.
O G20 é o Grupo dos Vinte ministros das Finanças e governadores dos Bancos Centrais das economias industrializadas e em desenvolvimento mais importantes — 19 países e a União Europeia — e foi criado em 1999 para discutir as questões-chave da economia global.
Europa: Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Rússia, União Europeia
América: Argentina, Brasil, Canadá, Estados Unidos da América, México
África: África do Sul
Ásia e Oceânia: Arábia Saudita, Austrália, China, Índia, Indonésia, Japão, República da Coreia, Turquia
Os chefes de governo, ou os chefes de Estado, passaram a participar nas cimeiras desde a crise financeira de 2008, sendo a União Europeia representada pelo Presidente do Conselho Europeu e pelo Banco Central Europeu.
As economias do G20 representam mais de 80% do PIB mundial, 80% do comércio mundial (incluindo o comércio dentro da UE) e dois terços da população mundial.
Europa: Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Rússia, União Europeia
América: Argentina, Brasil, Canadá, Estados Unidos da América, México
África: África do Sul
Ásia e Oceânia: Arábia Saudita, Austrália, China, Índia, Indonésia, Japão, República da Coreia, Turquia
Os chefes de governo, ou os chefes de Estado, passaram a participar nas cimeiras desde a crise financeira de 2008, sendo a União Europeia representada pelo Presidente do Conselho Europeu e pelo Banco Central Europeu.
As economias do G20 representam mais de 80% do PIB mundial, 80% do comércio mundial (incluindo o comércio dentro da UE) e dois terços da população mundial.
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