Cavaco Silva, que viu em silêncio a dívida pública duplicar nos últimos seis anos, veio discordar publicamente que o corte dos subsídios de férias e de Natal seja feito apenas aos funcionários públicos e pensionistas, tendo defendido que todos os portugueses devem ser tributados pelos rendimentos e não por pertencerem a determinado grupo:
Os comentadores do Negócios estão a sair do estado de choque e começam a reagir:
lfsoares 14 Outubro 2011
Mudem
Exmos. Senhores, tentam culpar a FP de todos os males deste país quando na realidade o mal é generalizado: a FP, a classe política (em que todos votam!), os que não produzem e recebem subsídios, os que fogem ao fisco (cerca de 50% das empresas tem dívidas ao fisco!), os trabalhadores do privado que acham que trabalham muito e depois os índices de produtividade nacional são medíocres, os reformados que acham que descontaram o suficiente para receberem 20 anos de reforma e usufruir de todo um estado (serviço nacional de saúde, justiça, educação, serviços de salubridade, etc.) gratuitamente. Enfim, podia continuar mas depois torna-se maçador.
Eu acho que a culpa é da mentalidade dos portugueses em geral e não apenas da FP. Creio que ninguém pode pôr o rabinho de fora porque directa ou indirectamente a culpa é de todos. Façam uma análise à governação desde o 25/04/74 e vejam quem nos liderou até esta situação (depois continuem a votar nesta gente e a culpar os outros que é disso que precisamos).
Já agora: grande parte da dívida externa do país corresponde à actividade privada. Mudem a maneira de pensar e passem isso aos mais novos, só assim podemos ter um futuro melhor!
mrnogueira01 14 Outubro 2011
Caro lfsoares
Parabéns pelo seu comentário.
Porém, neste país, as pessoas não conseguem racionalizar as coisas.
Aquilo que diz é bem verdade, porque só 25% da dívida externa é do Estado. Os restantes 75% pertencem à actividade privada.
Contudo quando se olha para os partidos políticos, como se olha para o seu clube de futebol é impossível chegar-se às boas práticas.
Depois o poder político para reinar põe os trabalhadores do sector privado contra os FP.
Eu não sou FP, mas não tenho pejo nenhum em reconhecer que, regra geral, a formação no sector público é superior à do sector privado. Um exemplo: Hoje em dia só entra para os quadros das Forças Armadas pessoas com cursos superiores.
Enfim!
TOURALENSE 14 Outubro 2011
Está enganado, Sr. lfsoares
O reformado que o afirma continua a ser tributado em IRS, que o Estado aplica conforme lhe dá na gana. Por isso, não usufrui gratuitamente daqueles serviços a que alude, mesmo os da salubridade, pois paga taxas de saneamento e de recolha de lixo juntamente com o consumo de água. Vamos lá deixar as demagogias para os políticos, que me andam a roubar há milhentos anos, sem que eu possa fazer o que quer que seja para mudar a situação, porque eles apresentam programas lindos e fazem obras feias. Mas já deixei de acreditar, tal como o ex-Bispo de Setúbal, neste país e nesta gente.
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