domingo, 23 de outubro de 2011

Histórias de amor e egoísmo


Num momento da História do nosso País, em que cada sector da sociedade luta para puxar a brasa à sua sardinha, recordamos aqui duas histórias:


História de egoísmo
Uma menina de 2 anos entrou numa rua interior de um mercado grossista e foi atropelada por uma carrinha. O motorista parou e depois recomeçou a andar esmagando a criança uma segunda vez com a roda traseira.
Passaram, sucessivamente, dois jovens e um motociclista que, ao depararem com a criança caída na rua numa poça de sangue, desviaram-se e continuaram o seu percurso.
Passou outro motorista que nem sequer desviou o camião e voltou a atropelar a criança.
Passou uma mãe com uma criança pela mão.
Passaram mais sete condutores de veículos.
Foram 18 pessoas que viram a criança a mexer-se, a sangrar e a chorar, desviaram-se e prosseguiram o seu caminho.
Apareceu, então, uma humilde recolectora de lixo de 58 anos que retirou a criança da rua e foi procurar socorro.
Passados oito dias Yue Yue faleceu no hospital.






História de amor
Amor de uma mulher que recusou o tempo de vida que uma quimioterapia lhe ofereceria para conservar a vida do feto que se desenvolvia dentro de si.
Amor dos irmãos e cunhada que não a abandonaram.
Amor dos médicos que salvaram a vida da criança por uma cesariana in extremis aos cinco meses de gestação e prolongaram a vida da mãe tanto quanto o avanço da ciência o permite.
Amor das enfermeiras que ultrapassaram o obstáculo da distância entre as unidades do hospital onde cada uma lutava pela sobrevivência e conseguiram que a mãe olhasse a filha num único e derradeiro encontro três dias antes do fim.
Amor dos tios que estão a criar Dottie como se fosse sua filha.


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