terça-feira, 27 de setembro de 2011

Vítor Gaspar, um ministro respeitado na Zona Euro




Esta manhã Vítor Gaspar, ministro das Finanças, proferiu o discurso de abertura da conferência 'Desafios económicos transatlânticos numa era de multipolaridade crescente' na European School of Management and Technology, em Berlim.

O conferencista foi apresentado por Otmar Issing, antigo economista-chefe do Banco Central Europeu — onde avaliou o trabalho de Gaspar que foi, entre 1998 e 2004, o primeiro director-geral de Estudos Económicos da autoridade monetária europeia —, com estas palavras:

"Considero-o um economista extraordinário e uma pessoa absolutamente honesta, uma pessoa que considero como a melhor solução para [Portugal] reganhar credibilidade, que é hoje a coisa mais importante. Quando soube da sua nova nomeação enviei-lhe uma mensagem dizendo 'parabéns ao seu país'."

O elogiado, como é apanágio das pessoas que ascenderam na vida por mérito, agradeceu as "palavras simpáticas" e recordou a longa amizade e cooperação entre ambos, declarando com humildade:

"Para mim, [o senhor] será sempre o Professor Issing".




E de que é que falou Vítor Gaspar? Da chegada dos BRIC (Brasil, Rússia, Índia, China) aos centros de decisão mundiais o que vai obrigar o poder político, económico e financeiro global, detido até agora pela Europa e pelos EUA, a se reorganizar de forma a incluir as potências emergentes:

"No século entre 1950 e 2050, o peso da Europa no PIB mundial terá caído dos 28,2 para 17,9% e os EUA para 19,6%. No mesmo período a Ásia irá duplicar o seu peso de 18,4 para 36,5%."

Vítor Gaspar sublinhou as responsabilidades do eixo transatlântico na construção do novo modelo de governação mundial porque EUA e Europa têm em comum "desde os valores fundamentais da democracia e direitos humanos, ao mercado como o mecanismo predominante de distribuição de riqueza".


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