segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Familiares de José Sócrates têm contas em offshores


No início de 2009, Mário Machado, líder da extrema-direita, colocou 67 páginas de documentos bancários de Celestino Monteiro, tio materno de José Sócrates, no site Fórum Nacional.
Os documentos mostravam a constituição de uma empresa offshore, a Medes Holdings LLC, no estado do Wyoming, nos EUA, e de algumas subsidiárias, uma das quais em Gibraltar, bem como movimentos bancários efectuados em Março de 2001 relativos à compra e venda de acções, sendo o valor global das transacções superior a 160 milhões de escudos.
"O Banco Popular, entidade que absorveu o antigo Banco Nacional de Crédito (BNC), pelo qual, através do BNC International, foram feitas as transacções, não negou a veracidade dos documentos", diz o DN.

Documentos divulgados aqui.


Passado um ano, durante o julgamento do processo de Mário Machado, Rui Dias, outro arguido que é gestor financeiro na área de mercados de capitais, disse em tribunal que tinha na sua posse documentos que referem 383 milhões movimentados em offshores. Este número é o somatório dos movimentos bancários de uma empresa com sede nas ilhas Caimão, cujos gestores são Celestino Monteiro, a mulher Elvira Fernanda e os dois filhos Carlos e Diana, primos do ex-primeiro-ministro José Sócrates.
Esta documentação foi entregue pelo advogado de Mário Machado ao procurador-geral da República, Pinto Monteiro, em Julho de 2010.

Os papéis foram então remetidos para o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, dirigido por Maria José Morgado, e posteriormente reencaminhados para o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), que tem como directora a procuradora Cândida Almeida, e só agora vão começar a ser analisados pelos procuradores.







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