No comunicado do Ministério da Educação e Ciência sobre o concurso anual de professores, pode ler-se:
"O Ministério da Educação de Ciência, através da Direcção-Geral dos Recursos Humanos da Educação (DGRHE), concluiu hoje o concurso anual com vista ao suprimento das necessidades transitórias de pessoal docente para o ano lectivo de 2011/2012. Este processo decorreu com normalidade, estando assegurada a abertura do novo ano escolar.
As escolas solicitaram a colocação de docentes para o preenchimento de 18 118 horários. Uma parte destas necessidades foi satisfeita através do recurso a 2 192 docentes de carreira sem componente lectiva atribuída ou que se tenham apresentado a concurso por condições específicas. Foram contratados 12 747 docentes para atender aos demais horários. Ficam por preencher 3 179 horários, que serão inseridos na bolsa de recrutamento. Esta bolsa realiza-se semanalmente durante o primeiro período escolar, tendo em vista o preenchimento destes horários e de outros que venham a ser solicitados."
E termina com uma tabela onde se discrimina o número de horários declarados pelas escolas, de horários não satisfeitos pelo concurso, de docentes de carreira que obtiveram colocação e de docentes contratados, com o primeiro número a ser igual à soma dos restantes neste ano lectivo.
Ao contrário do que sucede nos anos lectivos anteriores em que as duas quantidades nunca coincidem.
Donde se conclui que foram contratados
12747 - 17275 = – 4528
menos 4528 docentes que no ano lectivo anterior. Caro leitor, foi isto que hoje leu na primeira página dos jornais portugueses?
Habituados a esgrimir aldrabices com tutelas aldrabonas, perante tanta concisão e rigor certos sindicalistas estão desvairados...
Houve uma insidiosa criação de um excesso de cursos para professor nas instituições do ensino superior, que terá enganado muitos jovens? Houve, mas isso é outra história.
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