O social-democrata Pedro Santana Lopes aceitou o convite do Governo para o cargo de provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) e vai manter–se como vereador na Câmara Municipal de Lisboa.
"Confirmo que aceitei", disse o ex-primeiro-ministro sobre o convite oficial feito pelo Ministério da Solidariedade e da Segurança Social, que tutela a SCML, mas o cargo "não será remunerado".
Vai suceder ao socialista Rui Cunha, antigo secretário de Estado da Inserção Social, que ocupava o lugar de provedor desde 2005.
Recordemos que, de acordo com os estatutos, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa é uma pessoa colectiva de direito privado e utilidade pública administrativa que tem como principais fins "a realização da melhoria do bem-estar das pessoas, prioritariamente dos mais desprotegidos, abrangendo as prestações de acção social, saúde, educação e ensino, cultura e promoção da qualidade de vida", bem como "o desenvolvimento de iniciativas no âmbito da economia social".
Impõe-se esta interrogação: Quem permitiu derrapagens financeiras astronómicas no exercício dos cargos de presidente das câmaras municipais da Figueira da Foz (1998-2002) e de Lisboa (2002-2004) e de primeiro-ministro (Julho de 2004 a Fevereiro de 2005) tem competência para exercer o cargo de provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa?
Que fedor partidário!
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