Carlos Costa, governador do Banco de Portugal
Na intervenção que ontem fez no Tribunal Constitucional, Carlos Costa definiu os três princípios fundamentais — estabilidade, responsabilização e transparência — que garantiram, noutros países, uma consolidação orçamental duradoura, os quais "têm vindo a ser explicitamente consagrados em várias ordem jurídicas (…) no caso português, foram consagrados na revisão da Lei de Enquadramento Orçamental recentemente aprovada pela Assembleia da República e a aguardar promulgação".
E o regulador do sistema bancário nacional acrescenta: "Para quem eventualmente perfilhe alternativas que se afastem de estratégias de consolidação orçamental imediata [lembro] que Portugal violou reiteradamente as normas orçamentais da União Europeia desde a adesão ao Euro: em 12 anos de participação na área do Euro o défice orçamental foi, em média, 4,5% do PIB."
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É confortante ler os comentários de apoio no Negócios, a mostrarem que as pessoas não estão anestesiadas, o que permite acreditar que o País tem futuro. Por exemplo:
teixo 28 Abril 2011 - 21:06
Responsabilização dos actos político-administrativos é vital para a Democracia
Obviamente, o Governador do BP não se referiu às decisões que implicaram aumento de encargos com apoios sociais a situações de emergência, mas a decisões em matéria de PPP, por exemplo, que consubstanciam verdadeiros actos de gestão danosa.
Personagens como Paulo Campos, secretário de Estado Adjunto, das Obras Públicas e das Comunicações, que actuou como um verdadeiro inimputável! O Governador do BP tem toda a razão, todos os actos praticados por este sujeito no âmbito do MOPTC deverão ser auditados e investigados pela IGF e PGR, pelas inúmeras suspeitas de corrupção e gestão danosa de dinheiros públicos, desde o modelo ruinoso da cascata de concessões e subconcessões rodoviárias, com a inversão do paradigma do risco das próprias PPP, ao negócio "magalhães", na fundação das Comunicações, entre outros, e em consequência deve ser acusado, julgado e responsabilizado, civil, financeira e criminalmente pelos danos que perpetrou ao erário público. Era a estes casos que o Governador do BP se referia...
jdiogenes 28 Abril 2011
Do lote que apresenta, falta!
Sim, falta o governador do BdP, à época, que tem nome e agora está, como prémio pela sua incompetência e não só, especialmente o não só, no BCE. É bom não esquecer que grande parte da nossa dívida está na banca, embora seja justo diferenciar a falida, BPP, BNP, da semi-falida, a restante. Sr. Costa, ter-lhe-ia ficado bem começar pela sua casa.
Estamos de acordo que deveriam sentar-se, todos, no mocho e aí ser decidido para que Aljube iria esta gentinha que vive às custas de quem trabalha com o apoio dos partidos, todos os que tem assento na AR, mas devemos destacar PS, PSD, CDS e o PCP pelo assalto que têm feito no poder autárquico, que também se tornou especialista em criar empresas municipais, pese embora que se tenha limitado a imitar as más práticas.
Rucky 28 Abril 2011
Carlos Costa: Políticos e gestores públicos são os culpados pela crise
Considero um acto de patriotismo, até de herói.
Desde que entrou para o BP, não tem tido papas na língua e não o vejo a "ajoelhar".
Tenho a certeza que a maior parte dos portugueses honestos e conscientes, já há muito têm na sua mente o que Carlos Costa agora disse.
Só tenho pena que ninguém leve por diante a criminalização dos responsáveis, incluindo o antecessor. Onde está o Ministério Público, que não está em gestão?
Espero que Carlos Costa não seja demitido ou enviado para Bruxelas. Portugal precisa dele e no BP ainda há quem se aproveite.
Parabéns pela sua coragem e patriotismo, pois bem se podia calar e gerir o seu silêncio.
tysan_14 28 Abril 2011
Finalmente!
É preciso e é urgente que a gentalha que tem decidido as políticas públicas pague a asneirada que trouxe o País até aqui. Agora quer que os portugueses paguem a incompetência, a falta de formação e de conhecimentos e também a corrupção e a fraude?
O País é o resultado de pôr um carroceiro a conduzir um Ferrari — é um desastre.
Mas a maior falta de vergonha é agora querer-se combater a corrupção que tem sido alimentada.
A pequenez desta gentalha é espelhada pela forma inconveniente e mal educada como se referem aos outros e até pela forma "estercada" como justificam as suas atitudes agressivas, sem respeito pelos símbolos do País e da Nação. São os políticos dos "Blackberry's", que não os tinham se não fossem os portugueses a suportar os custos de todas essas mordomias para gentalha arruaceira sem nível.
espaco1999 28 Abril 2011
A conversa da responsabilidade política é muito limitativa, é necessário ir mais além
A forma como Portugal tem sido conduzido é criminosa. Muitos vinham a alertar, há muito tempo, para o caminho que se estava a traçar e foram pura e simplesmente ignorados.
Governantes que duplicam a dívida pública em 6 anos elevando-a aos níveis que hoje conhecemos, apenas para servir clientelas e para iludir o povo com obras vistosas e sumptuárias, mas sem nenhum efeito real no desenvolvimento do país, são criminosos. Aqui englobo também autarcas de vários quadrantes políticos e Vítor Constâncio. Todos deviam ser julgados.
Joao Altamira 28 Abril 2011
Finalmente
Finalmente aparece alguém neste País que chama "os bois pelo nome". Toda esta cambada de políticos e gestores não podem passar imunes a esta bancarrota. Terão que ser julgados publicamente, responsabilizados e, para além de indemnizarem o Estado, deverão ser proibidos de exercerem no futuro quaisquer cargos públicos, sendo despedidos com justa causa e sem direito a qualquer indemnização.
Se isto acontece nas empresas privadas por quê não deverá acontecer nos cargos públicos? Deveria ser esta a primeira recomendação do FMI.
Se estes gestores públicos incompetentes tivessem vergonha, deveriam sair do País. Aconselho-os a irem vender banha da cobra para as Arábias.
abotelhos 29 Abril 2011 - 02:59
Recomeço a ter esperança
Será com Concidadãos desta grandeza, coragem e sensatez que vamos conseguir mudar e recuperar, não com os artistas mentirosos e criminosos no activo. O contraste, pela positiva, com o anterior e emigrado governador do BP que, como sabemos, era vesgo, surdo e mudo, é notório. Somemos ao actual Governador do BP, o trabalho exemplar do Presidente do Tribunal de Contas, do Concidadão que, cedido pela banca, passou pelas Contribuições e Impostos, deixando bom trabalho feito e exemplo a continuar e outros mais de igual craveira moral, profissional e patriótica, e vamos lá! Basta pensar um pouco mais, querer mudar e mudar mesmo, sem medos, sem poeira nos olhos e dizendo aos que nos tem enganado e roubado impunemente (por enquanto): Basta, desapareçam!
É notório o crescendo de indignação pelo mal que nos fizeram e o desejo de responsabilização e julgamento (Vide leis aplicáveis a circular) dos políticos e gestores públicos eleitos e empossados que mal se comportaram.
(actualizado)
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