quinta-feira, 28 de abril de 2011

Temos um Governador no Banco de Portugal


Carlos Costa, governador do Banco de Portugal





Na intervenção que ontem fez no Tribunal Constitucional, Carlos Costa definiu os três princípios fundamentais — estabilidade, responsabilização e transparência — que garantiram, noutros países, uma consolidação orçamental duradoura, os quais "têm vindo a ser explicitamente consagrados em várias ordem jurídicas (…) no caso português, foram consagrados na revisão da Lei de Enquadramento Orçamental recentemente aprovada pela Assembleia da República e a aguardar promulgação".

E o regulador do sistema bancário nacional acrescenta: "Para quem eventualmente perfilhe alternativas que se afastem de estratégias de consolidação orçamental imediata [lembro] que Portugal violou reiteradamente as normas orçamentais da União Europeia desde a adesão ao Euro: em 12 anos de participação na área do Euro o défice orçamental foi, em média, 4,5% do PIB."

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É confortante ler os comentários de apoio no Negócios, a mostrarem que as pessoas não estão anestesiadas, o que permite acreditar que o País tem futuro. Por exemplo:

teixo 28 Abril 2011 - 21:06
Responsabilização dos actos político-administrativos é vital para a Democracia
Obviamente, o Governador do BP não se referiu às decisões que implicaram aumento de encargos com apoios sociais a situações de emergência, mas a decisões em matéria de PPP, por exemplo, que consubstanciam verdadeiros actos de gestão danosa.
Personagens como Paulo Campos, secretário de Estado Adjunto, das Obras Públicas e das Comunicações, que actuou como um verdadeiro inimputável! O Governador do BP tem toda a razão, todos os actos praticados por este sujeito no âmbito do MOPTC deverão ser auditados e investigados pela IGF e PGR, pelas inúmeras suspeitas de corrupção e gestão danosa de dinheiros públicos, desde o modelo ruinoso da cascata de concessões e subconcessões rodoviárias, com a inversão do paradigma do risco das próprias PPP, ao negócio "magalhães", na fundação das Comunicações, entre outros, e em consequência deve ser acusado, julgado e responsabilizado, civil, financeira e criminalmente pelos danos que perpetrou ao erário público. Era a estes casos que o Governador do BP se referia...

jdiogenes 28 Abril 2011
Do lote que apresenta, falta!
Sim, falta o governador do BdP, à época, que tem nome e agora está, como prémio pela sua incompetência e não só, especialmente o não só, no BCE. É bom não esquecer que grande parte da nossa dívida está na banca, embora seja justo diferenciar a falida, BPP, BNP, da semi-falida, a restante. Sr. Costa, ter-lhe-ia ficado bem começar pela sua casa.
Estamos de acordo que deveriam sentar-se, todos, no mocho e aí ser decidido para que Aljube iria esta gentinha que vive às custas de quem trabalha com o apoio dos partidos, todos os que tem assento na AR, mas devemos destacar PS, PSD, CDS e o PCP pelo assalto que têm feito no poder autárquico, que também se tornou especialista em criar empresas municipais, pese embora que se tenha limitado a imitar as más práticas.

Rucky 28 Abril 2011
Carlos Costa: Políticos e gestores públicos são os culpados pela crise
Considero um acto de patriotismo, até de herói.
Desde que entrou para o BP, não tem tido papas na língua e não o vejo a "ajoelhar".
Tenho a certeza que a maior parte dos portugueses honestos e conscientes, já há muito têm na sua mente o que Carlos Costa agora disse.
Só tenho pena que ninguém leve por diante a criminalização dos responsáveis, incluindo o antecessor. Onde está o Ministério Público, que não está em gestão?
Espero que Carlos Costa não seja demitido ou enviado para Bruxelas. Portugal precisa dele e no BP ainda há quem se aproveite.
Parabéns pela sua coragem e patriotismo, pois bem se podia calar e gerir o seu silêncio.

tysan_14 28 Abril 2011
Finalmente!
É preciso e é urgente que a gentalha que tem decidido as políticas públicas pague a asneirada que trouxe o País até aqui. Agora quer que os portugueses paguem a incompetência, a falta de formação e de conhecimentos e também a corrupção e a fraude?
O País é o resultado de pôr um carroceiro a conduzir um Ferrari — é um desastre.
Mas a maior falta de vergonha é agora querer-se combater a corrupção que tem sido alimentada.
A pequenez desta gentalha é espelhada pela forma inconveniente e mal educada como se referem aos outros e até pela forma "estercada" como justificam as suas atitudes agressivas, sem respeito pelos símbolos do País e da Nação. São os políticos dos "Blackberry's", que não os tinham se não fossem os portugueses a suportar os custos de todas essas mordomias para gentalha arruaceira sem nível.

espaco1999 28 Abril 2011
A conversa da responsabilidade política é muito limitativa, é necessário ir mais além
A forma como Portugal tem sido conduzido é criminosa. Muitos vinham a alertar, há muito tempo, para o caminho que se estava a traçar e foram pura e simplesmente ignorados.
Governantes que duplicam a dívida pública em 6 anos elevando-a aos níveis que hoje conhecemos, apenas para servir clientelas e para iludir o povo com obras vistosas e sumptuárias, mas sem nenhum efeito real no desenvolvimento do país, são criminosos. Aqui englobo também autarcas de vários quadrantes políticos e Vítor Constâncio. Todos deviam ser julgados.

Joao Altamira 28 Abril 2011
Finalmente
Finalmente aparece alguém neste País que chama "os bois pelo nome". Toda esta cambada de políticos e gestores não podem passar imunes a esta bancarrota. Terão que ser julgados publicamente, responsabilizados e, para além de indemnizarem o Estado, deverão ser proibidos de exercerem no futuro quaisquer cargos públicos, sendo despedidos com justa causa e sem direito a qualquer indemnização.
Se isto acontece nas empresas privadas por quê não deverá acontecer nos cargos públicos? Deveria ser esta a primeira recomendação do FMI.
Se estes gestores públicos incompetentes tivessem vergonha, deveriam sair do País. Aconselho-os a irem vender banha da cobra para as Arábias.

abotelhos 29 Abril 2011 - 02:59
Recomeço a ter esperança
Será com Concidadãos desta grandeza, coragem e sensatez que vamos conseguir mudar e recuperar, não com os artistas mentirosos e criminosos no activo. O contraste, pela positiva, com o anterior e emigrado governador do BP que, como sabemos, era vesgo, surdo e mudo, é notório. Somemos ao actual Governador do BP, o trabalho exemplar do Presidente do Tribunal de Contas, do Concidadão que, cedido pela banca, passou pelas Contribuições e Impostos, deixando bom trabalho feito e exemplo a continuar e outros mais de igual craveira moral, profissional e patriótica, e vamos lá! Basta pensar um pouco mais, querer mudar e mudar mesmo, sem medos, sem poeira nos olhos e dizendo aos que nos tem enganado e roubado impunemente (por enquanto): Basta, desapareçam!
É notório o crescendo de indignação pelo mal que nos fizeram e o desejo de responsabilização e julgamento (Vide leis aplicáveis a circular) dos políticos e gestores públicos eleitos e empossados que mal se comportaram.

(actualizado)


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