Destaques do discurso de ontem do primeiro-ministro grego George Papandreou aos deputados de seu partido, mostram um homem acossado à procura de uma saída:
"Um consenso mais amplo é algo que temos procurado repetidamente, mas sem sucesso."
"Se não cumprirmos as nossas obrigações, então a nossa adesão ao euro estará em jogo ... A rejeição do pacote significaria para os nossos parceiros o início de nossa saída da Zona Euro."
"Nunca escolheríamos realizar um referendo sobre sair ou permanecer no euro. Não é algo que se possa pedir ao povo grego. É evidente [que quer ficar]."
"Confio na sabedoria e na maturidade do povo grego, confio neles... Não o digo romanticamente, acredito profundamente na democracia."
"O referendo poderia conformar alianças que interessem ao povo."
"Os nossos parceiros reconhecem-nos o direito de convocar um referendo ou eleições ou qualquer outra coisa."
"Estamos a suportar uma cruz e ainda por cima, eles estão a atirar-nos pedras."
"Tínhamos três alternativas — primeiro, uma catastrófica, que era convocar eleições antecipadas .... a outra alternativa era o referendo ... e a terceira solução era alcançar um amplo consenso."
"Para além do tom e do conteúdo dos nossos parceiros [da Zona Euro] ... quando nos disseram como conduzir o referendo, clarificámos que se tratava da decisão de um governo soberano. Podemos estar sob supervisão económica, mas as instituições democráticas são nossas. "
"Porque é que o referendo foi uma surpresa? Tanto outros membros do governo, como eu, dissemos [à oposição] que o que estava em jogo era a nossa participação no euro. Quando dizíamos isto, chamavam-nos chantagistas. Ontem houve a confirmação de tudo o que dizíamos. "
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