A yield da dívida pública portuguesa a cinco anos sobe 22 pontos base para 8%, superando a de emissões com maturidades mais longas. Um sinal de que os investidores descrêem da solvabilidade das contas públicas no curto prazo e esperam que o País vá recorrer à ajuda externa para se financiar.
A taxa de juro das obrigações a dez anos sobe 10 pontos base para 7,6% e na maturidade a dois anos a taxa sobe 15 pontos base para 6,52%.
A taxa de 8%, a mais elevada desde que Portugal aderiu ao euro, é atingida no dia da cimeira de líderes europeus em que se espera que seja alcançado um compromisso sobre alterações ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira. A decisão deverá ser anunciada no fim-de-semana de 24 e 25 de Março.
"Vamos esperar que esta reunião decorra", disse o ministro Teixeira dos Santos depois de anunciar medidas adicionais de corte orçamental equivalentes a 0,8 por cento do produto interno bruto em 2011 e 2,5 por cento no próximo ano. "Espero que os líderes europeus compreendam a gravidade da situação que estamos a enfrentar."
Em Espanha, pelo contrário, a tendência dos juros é de queda. Na maturidade de dez anos o governo espanhol vê o custo do seu financiamento descer 8 pontos base para 5,42% e a taxa a cinco anos recua 10 pontos para 4,44%.
myke 11 Março 2011 - 18:29
Pouca vergonha
Os meus bisnetos ainda vão ficar com dívidas feitas por esta escumalha.
1ab 11 Março 2011 - 18:46
Bisnetos?
Caro myke,
A última tranche da dívida deixada pela bancarrota de 1892, foi paga em 2001. Não sei se sabia mas é a verdade que muitos portugueses não sabem. Portanto só os bisnetos não chegam para pagar mais esta, vai muito para lá dessa geração!
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