" O governo da chanceler Angela Merkel aprovou hoje um decreto-lei que determina as taxas que os bancos irão pagar para financiar um fundo comum que será mobilizado para prevenir o colapso de entidades financeiras "cruciais", evitando que a factura volte a recair, na íntegra, sobre os contribuintes."
A taxa sobre o valor do passivo oscila entre 0,02 e 0,04. Bancos com passivo inferior a 10 mil milhões de euros pagarão 0,02%; entre 10 mil milhões e 100 mil milhões de euros, a taxa sobe para 0,03% e a partir de 100 mil milhões de euros, será 0,04%.
Sobre o valor dos produtos derivados será aplicada uma taxa de 0,00015%.
O Ministério das Finanças prevê que a nova tributação, a ser paga mesmo quando os bancos relatam prejuízos, permitirá ao fundo de risco arrecadar cerca de 1,2 mil milhões de euros por ano.
O Deutsche Bank, o banco com maior risco sistémico do mundo, i.e. cujo colapso maior impacto teria no sistema financeiro global, será quem mais pagará anualmente para este fundo.
Cabe agora à câmara baixa do Parlamento — Bundestag — discutir os pormenores da nova lei durante três semanas e, posteriormente, à câmara alta — Bundesrat — aprová-la ou reprová-la.
E por cá?
Por cá convivemos alegremente com a promiscuidade entre política e banca, observando os deputados a comerem, de manhã, na manjedoura da banca e, à tarde, na do parlamento.
Por cá o PM precisa das parcerias público–privadas para construir a terceira auto-estrada entre Lisboa e Porto que se destina a engordar os lucros das empresas dos ex-ministros das Obras Públicas.
Por cá o PR precisa dos negócios fraudulentos das empresas dos ex-secretários de Estado para especular com acções. E é fatal como a morte que os 1000 milhões de euros do buraco no BPN vão ser pagos integralmente pelos contribuintes.
manelze 02 Março 2011 - 16:54
Só num país...
... do 1º mundo se obriga os bancos a descontar para um fundo em defesa deles próprios.
E...
Só num país do 4º mundo (como Portugal) se dão golpadas de milhões no BPN e outros e os bandidos andam à solta a coçar as bolinhas que têm entre as pernas, e obrigam os "portugas" a pagar as facturas escudados pela justiça portuguesa que nada tem feito para "engaiolar" esta escumalha.
nastocks 02 Março 2011 - 18:09
O contribuinte é que paga
Não se iludam. A medida é muito boa, mas era preciso que o Estado alemão andasse em cima dos bancos para ver se esse imposto não é pago pelos contribuintes. Dê-se a volta que se der vai sempre parar à mesma trampa. Os contribuintes pagaram esta crise porque não havia fundo e agora vão começar já a pagar a próxima... Os alemães que não estejam atentos às comissões bancárias, não...
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