quarta-feira, 21 de maio de 2014

Começou a época de exames de 2014 — Matemática 4º e 6º anos


Actualização em 12 de Junho
Resultados provisórios aqui. Os alunos que não obtenham aprovação final numa ou em ambas as disciplinas podem ter um acompanhamento extraordinário até 4 de Julho e repetir as provas em 9 e 14 de Julho para Português e Matemática, respectivamente.

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Hoje os alunos dos 4º e 6º anos do ensino básico fizeram as provas de Matemática, tendo considerado os exames fáceis:

21 Mai, 2014, 13:32

Além dos professores e dos pais, os alunos da Escola Básica de Mafra (posição 298 do ranking das escolas 2013) tiveram também o ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, à espera deles no final do exame:

21 Mai, 2014, 20:29


A prova nacional de Matemática do 4º ano – Matemática 42 – decorreu da parte da manhã, em dois momentos distintos.
No primeiro caderno, os alunos encontraram 13 questões sobre
  • a simetria de reflexão, a relação de ordem crescente, o sentido da rotação, a noção de múltiplo de um número, as relações de igualdade e de ordem, usando a operação adição;
  • a noção de número fraccionário, a planificação de sólidos geométricos, a representação de números fraccionários por pontos de uma recta, a operação multiplicação com uso de unidades de medida de capacidade;
  • a interpretação de um pictograma com cálculo mental de um quociente por 10, a noção de divisor de um número, o cálculo da área de uma figura plana, usando a noção de área do rectângulo e a operação subtracção, e um problema final envolvendo a noção de multiplicação como uma soma de parcelas iguais,
todas muito fáceis, com 3 de escolha múltipla. Valia 50% da pontuação.
O segundo caderno do exame tinha 11 perguntas sobre
  • a noção de sequência, um problema envolvendo as operações multiplicação, subtracção e divisão, a noção de multiplicação de um número natural por um número fraccionário, a noção de paralelismo;
  • o algoritmo da subtracção, a noção de operação divisão e seu algoritmo, unidades de tempo, um problema envolvendo a noção de números pares e ímpares e as operações adição e multiplicação;
  • as noções de triângulo e lados geometricamente iguais de um triângulo, a interpretação de um gráfico de barras, usando a noção de moda, e um problema final envolvendo as operações adição e subtracção e unidades de medida de comprimento,
todas fáceis, com 2 de escolha múltipla.

Se o leitor estiver interessado em conhecer as respostas, vai encontrá-las nos critérios de classificação que também dão orientações sobre a correcção das provas.

A prova nacional de Matemática do 6º ano – Matemática 62 –, que decorreu da parte da tarde, teve uma estrutura semelhante.
No primeiro caderno, onde era permitido o uso da calculadora, os alunos tinham de responder a 5 questões sobre
  • a noção de média, a adição de números fraccionários representados por fracções, usando as noções de mínimo múltiplo comum e de fracções equivalentes;
  • o cálculo do volume de uma peça formada por um cubo e um cilindro, usando a noção de valor aproximado às unidades no resultado, o cálculo da área da figura plana complementar ao círculo inscrito num rectângulo, usando a noção de valor aproximado às décimas no resultado, e um problema final envolvendo a noção de divisão e um cálculo de acréscimo de preço, usando uma percentagem,
questões de dificuldade mediana. Valia 31% da pontuação.
O segundo caderno do exame tinha 19 perguntas sobre
  • a representação de números fraccionários numa recta, usando a noção de origem e de fracções equivalentes, a simetria de rotação, o cálculo mental de produtos e quocientes de números racionais representados por dízimas, as noções de sequência e de perímetro;
  • um problema envolvendo a noção de múltiplo, os critérios de divisibilidade por 2, 3 e 5 e ainda a decomposição de um número em factores primos, o cálculo de uma expressão numérica com números racionais representados por fracções, usando a noção de fracção irredutível no resultado, a noção de polígono;
  • a relação de ordem num conjunto de números racionais representados por dízimas, a noção de inverso de um número, um problema envolvendo a noção de medida de uma área e a relação entre as áreas do triângulo e do paralelogramo, um problema envolvendo a adição de números racionais representados por fracções e a relação de ordem;
  • o quociente de potências com a mesma base, um problema de proporcionalidade directa, usando a noção de escala, a construção de um triângulo, usando régua graduada e transferidor, a construção de um diagrama de caule-e-folhas, com cálculo de uma frequência relativa;
  • a classificação de um triângulo quanto aos lados, sabendo que a ângulos iguais se opõem lados iguais, um problema envolvendo multiplicações e uma subtracção de números racionais representados por dízimas, um problema envolvendo a planificação de um prisma, com cálculo do número de vértices, e um problema final envolvendo a decomposição da fronteira de um rectângulo que contém outro, usando a noção de perímetro,
questões fáceis ou de dificuldade mediana, com 6 de escolha múltipla. Valia 69% da pontuação.

Para a prova Matemática 62, o Ministério da Educação e Ciência também disponibiliza aqui os dois cadernos da prova, bem como as respostas nos respectivos critérios de classificação.


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Os resultados destes exames serão conhecidos no próximo dia 12 Junho. O exame de Matemática conta apenas 30% para a nota final da disciplina.
Os alunos que reprovarem vão ter actividades de recuperação e repetir as provas na 2ª fase que vai decorrer nos dias 9 e 14 de Julho. É por isso que as provas da 1ª fase acontecem durante o período de aulas.

Como os exames levaram várias escolas a fechar, o ministro da Educação e Ciência lembrou que os estabelecimentos de ensino tiveram muito tempo para preparar este dia.
A Confap, uma confederação de pais, também insiste na necessidade de encontrar alternativas ao fecho das escolas nos dias das provas dos 4º e 6º anos. Para Jorge Ascensão é "uma questão de planeamento e que compete a todos, nomeadamente às escolas e ao ministério, envolver também as famílias, é para isso que servem os conselhos gerais, não faz sentido que, por qualquer razão, as escolas tenham de fechar".
Sem dúvida! Voltamos a recordar que os agrupamentos de escolas/escolas não agrupadas podem, durante um ou dois dias, substituir as actividades lectivas por outras actividades escolares de carácter formativo envolvendo os seus alunos — ponto 2.4 do Despacho 8248/2013 que divulgou o calendário escolar há quase um ano.

Teria sido uma medida de boa gestão os directores terem programado essas actividades — visitas de estudo, passeios, marchas pela paz, conversas com eurodeputados e intercâmbios europeus, torneios desportivos interescolas, ... — para os alunos dos 5º, 7º, 8º e 9º anos nos dias das provas nacionais dos alunos dos 4º e 6º anos, porque estas provas envolvem apenas 15 mil docentes, em mais de 60 mil docentes dos 2º e 3º ciclos, em vez de as realizarem noutros dias como sempre acontece, levando a novas interrupções das aulas.
Mas parece que muitas direcções de agrupamentos de escolas/escolas não agrupadas se esquecem que estão a receber suplementos remuneratórios para fazerem uma gestão eficiente e procuram esconder os erros de planeamento, criando polémicas e complicando a vida às famílias dos alunos.


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