terça-feira, 21 de setembro de 2010

OE 2011- Onde cortar na despesa pública?




O economista Alberto Castro defende que o Orçamento do Estado 2011 tem de apresentar medidas para o corte da despesa, já que do lado da receita "não há espaço de manobra".




Francisco Murteira Nabo, Bastonário da Ordem dos Economistas, considera que são necessárias medidas adicionais para cumprir os objectivos relativamente ao défice e à dívida. Defende que "a administração pública precisa de ser repensada em termos de simplificação e redução dos seus gastos, provavelmente não se justificará um número tão elevado de institutos públicos e direcções públicas que se podiam somar, agregar (...) tem que haver uma racionalização sustentada da despesa pública".




O Governo deve acabar com institutos públicos e fundações, antes de cortar nas prestações sociais, para cortar na despesa, defende João Cantiga Esteves, docente do ISEG.




António Saraiva, Presidente da CIP, pede a redução da despesa com institutos e fundações e não se mostra favorável ao corte de salários e prestações sociais.



pjose 21 Setembro 2010
Medidas Duras?
Um país sem gente de coragem e acomodada é o triste retrato de Portugal. Um país que passou um semestre de crise a discutir o casamento entre pessoas do mesmo sexo, só pode ser mesmo um país adiado. Situações destas devem ser resolvidas rapidamente e por decreto. Não é um problema nacional, é uma questão pessoal. Este é bom exemplo da esquerda retorcida e sem ideias que pulula neste país à beira-mar plantado.

O governo quer reduzir a despesa. Muito fácil. Reduzir o número de ministérios, assessores, deputados, viaturas e funcionários públicos. Existem actualmente 270.000 funcionários públicos que não produzem nada e que são meros consumidores de dívida pública (6 mil milhões de euros por ano custam estes senhores e senhoras). Dêem condições aos que querem trabalhar e premiem o mérito e a dedicação. Acabar com os institutos públicos inúteis (todos) e iniciar uma nova administração pública sem critérios partidários. Obrigar as empresas públicas a reduzir as dívidas e acabar com os luxos e as mordomias.
Reduzir o número de câmaras municipais de 308 para 200 e o número de freguesias de 4200 para 2500 de acordo com as necessidades das populações. Reduzir o parlamento de 230 para 130 deputados. Acabar com as empresas municipais.
Acabar com os subsídios à actividade económica (isenções de impostos) sem retorno para o país. Reformular todos os contratos de fornecimento de produtos e serviços do Estado.

Estas são as medidas que o FMI (e a Alemanha) vai exigir a Portugal. E deixei de fora os famosos subsídios de férias e de natal de reformados e funcionários públicos (4 mil milhões de euros). Quando chegarem ao fim e somarem tudo, vão chegar a uma triste conclusão, os 14 mil milhões de euros de défice (2009) servem para pagar este despesismo. Não fosse esta despesa inútil e Portugal teria uma dívida pública de 58% e um défice público de 0%. Um oásis nesta altura de crise.
Tudo o que os "reputados" economistas digam, não passam de balelas e modelos económicos ultrapassados. Nada substituiu a coragem e a vontade de vencer.


zap 21 Setembro 2010
sr. pjose
Apreciei o seu longo comentário, o qual tem em minha opinião algumas sugestões interessantes conducentes a reduzir a despesa do Estado. Mas, se essas medidas que sugere fossem tomadas, o que aconteceria é que esses recursos financeiros ficariam nas mãos de privados, e menos nas mãos de FP da administração central e local e de empresas públicas (ou de gente subsidiada, como desempregados, etc.). Ora, não está nasda provado que esses recursos seriam bem gastos, por exemplo em investimento produtivo, em aquisição de conhecimento, ou de criação de ciência ou de tecnologia. Medina Carreira tem dito que em cada dez euros, sete vão para parar lá fora, por causa das importações. O mais provável é haver mais consumo dos privados, já que haveria menos impostos e taxas.
Isto para dizer que já tivemos disso tudo no passado, menos Estado, menos FP, enfim menos despesa pública, e nem por isso deixámos de ser sempre um país atrasado, bem mais atrasado do que agora. Porque o nosso atraso estrutural deriva e sempre derivou da falta de conhecimento científico e tecnológico, porque é este que enriquece as nações através de empresas tecnicamente evoluídas, empresas que saibam produzir e vender bens e serviços cientificamente evoluídos, tais como automóveis, televisores, electrodomésticos, medicamentos, maquinaria industrial e de consumo, etc.. Só quando formos mais ricos por esta via é que as nossas contas públicas serão mais saudáveis.
Dou-lhe apenas um exemplo, a Suécia, relativamente à sua população, tem muitos mais deputados do que nós e gasta muito mais com o seu funcionalismo público (em termos absolutos). e todavia tem contas públicas mais saudáveis. É assim porque cada sueco produz, EM VALOR, o dobro ou o triplo de cada português. E produz muito mais, não porque trabalha mais horas, mas porque produz bens e serviços de alto valor acrescentado, e isso acontece porque a Suécia produz ciência e tecnologia de alto nível, as quais lhe permitem produzir esses bens e serviços. Resumindo, sem SABER CIENTÍFICO DE VANGUARDA Portugal jamais sairá do buraco, mesmo que reduza a despesa do Estado para metade. Ou tem dúvidas sobre isto?


pjose21 Setembro 2010
Esclarecimentos - Medidas Duras?
ZAP
Não falei em retirar apoios sociais de qualquer espécie. O RSI, o subsídio de desemprego e as reformas antes dos 65 anos têm de ser devidamente regulados e fiscalizados. Continuo a não perceber por que razão estas pessoas não fazem trabalho comunitário. Passar o Verão na praia é uma ofensa a quem trabalha e paga os seus impostos. Vejo idosos sem ajuda, deficientes com necessidades, crianças sem creches e apoio, lixo na rua, florestas sem limpeza.
O dinheiro poupado permitiria fazer uma política de investimento saudável - Qualificação da educação, formação profissional, investigação científica, justiça, saúde, património e do ambiente. Actividades que devem ser realizadas pelo Estado (Mas por favor não em Parcerias Público-Privadas, mais um sorvedouro nacional) para promover uma economia saudável, um país moderno e de qualidade. Gastar 14 mil milhões por ano em inutilidades é que não pode ser. Os direitos adquiridos servem para muita coisa, mas não para justificar este roubo.


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