terça-feira, 28 de setembro de 2010

Não há almoços grátis




Eduardo Catroga, ex-ministro das Finanças, lembrou que a despesa pública cresceu 7000 M€ desde 2008, atingindo 85.500 M€, e a carga salarial é apenas 30%. No entanto, acrescentou que "cortar nos consumos intermédios, nas macroestruturas, nas microestruturas, na carga salarial, nas prestações sociais ou nos subsídios, escolher o peso relativo da estrutura de redução depende de quem exerce o poder político". Mas foi dizendo que em 1994-95 conseguiu pôr o Estado a funcionar sem tanta estrutura.





João Salgueiro, ex-presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB) e ex-ministro das Finanças, afirmou "o que fizemos este ano foi agravar o financiamento a toda a economia portuguesa (...) neste momento Portugal não tem crédito, há um ano tínhamos" e sugeriu que "devia ser obrigatório os portugueses e os dirigentes irem passar uns dias ou umas semanas ao Extremo Oriente para perceber o que se está a passar, taxas de crescimento de 20% na costa da China e nós estamos aqui a discutir se é 0,5 ou 1%, com o desemprego a subir".


AtomSmith 28 Setembro 2010
O mito do almoço grátis
O mito do almoço grátis, "free lunch myth" é a ideia de que as pessoas podem viver à custa do Estado sem que ninguém pague. E infelizmente no nosso país isto não se resume aos políticos e aos boys mas à sociedade em geral.
Já agora é impressionante a imbecilidade como algumas perguntas são feitas nesta entrevista.


Vic_Lion 28 Setembro 2010
Oh sr doutor, já percebemos isso...
Nós os portugueses que estamos com o cinto mais que apertado, desempregados, com reformas miseráveis e sem horizontes, já percebemos há muito tempo que os almoços não são grátis. Principalmente os vossos — banqueiros, governantes, políticos e outros irresponsáveis e incompetentes...


riccool 28 Setembro 2010
Não é bem assim
Normalmente concordo com a maioria das afirmações deste senhor. Mas todos sabemos que a máxima de não há almoços grátis (correcta aliás) não se aplica a todos. Há malta que teve e continua a ter almoços grátis apesar da situação do país. E o drama é esse mesmo.
Não se motiva ninguém para o sacrifício enquanto não for aplicado a todos. Eu não planeio sacrificar-me em nada para tudo ficar na mesma. Para esse peditório não dou.


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