segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O vendaval 2011


No artigo IVA e subsídio de Natal não chegam para tapar buraco orçamental de 2011, afirma-se:

"O próximo ano pode exigir um vendaval de medidas de consolidação orçamental. De acordo com cálculos do Negócios, com base em números do próprio Governo e da Comissão Europeia, a eliminação do 14º mês da Função Pública e a subida do IVA de 21% para 23% serão insuficientes para tapar o buraco orçamental de 2011, estimado em 2,5 mil milhões de euros por Bruxelas."

Devolvemos a palavra aos comentadores:


qwerty2010 27 Setembro2010
Recebi por mail e parece uma boa resposta:

Cortar nos salários da função pública - Estamos sempre na berlinda

Uma crónica aqui, um comentário ali, um "estudo" acolá, um perito conferencia em qualquer lado e, paulatinamente, torna-se uma inevitabilidade "15 cêntimos de cada euro que v. ganha, caro leitor, são destinados aos salários da função pública".
Fica-me uma interrogação: quanto pagou ele de impostos? Não sei, não posso saber, há sigilo fiscal.

No entanto, o meu salário é público. Está disponível na internet e no Diário da República. Sobre esse salário também eu paguei os 15 cêntimos por cada euro que realmente ganhei. Sim, por cada euro que realmente ganhei pois eu não recebo envelopes no final do ano, nem tenho carro da empresa, nem telefone, nem criei uma empresa à qual pertence a minha casa e os meus carros. Não tenho nada, apenas o meu salário que é público, sem sigilo.
Ainda hoje li no jornal que os gestores da REN são obrigados a entregar declaração de rendimentos mas requereram que ela ficasse sigilosa. Porquê? Por que é o meu ordenado público e o deles não?
Ah, os malditos funcionários públicos…

E as parcerias público-privadas que sugam mais dinheiro que um tornado do Arkansas?
E os Magalhães que rapidamente foram encostados?
E as SCUT (lembram-se de João Cravinho, o pai delas e grande "combatente contra a corrupção" que, coitado, lá foi trabalhar para o estrangeiro para um bom tacho) criação deste partido que agora acaba com elas.
E a Liscont dos contentores, e a Lusoponte de Ferreira do Amaral e agora de Jorge Coelho através da Mota Engil, dona da AENOR que era presidida (se calhar ainda é) por Luís Parreirão Gonçalves, presidente também de não sei quantas SCUT, que era secretário de Estado do governo de Guterres que … criou as SCUT e concessionou várias?
E os pareceres jurídicos encomendados a sociedades de advogados e pagos a pesos de ouro?
E os 30 milhões de euros pagos à GESCOM do grupo Espírito Santo por intermediação na compra dos submarinos? E...? E...?

E quem paga isso tudo? Os 15 cêntimos sobre todo e cada euro que eu, funcionário público de salário público não sigiloso, recebo. E agora querem que ganhe menos para terem mais dinheiro para mais pareceres, mais comissões, mais parcerias da treta.

Pergunto: a despesa da Administração Pública com outsourcing será que também vai ser reduzida na exacta medida da redução dos salários dos funcionários públicos? E os Institutos Públicos também sofrem reduções na sua despesa? E...? E...?
E a verdade é só uma, querem que eu passe a ganhar menos mas pagar … bom, pagar vou continuar a pagar o mesmo ou mais.

Será que o privado está disposto a mostrar em que carro anda, em que casa mora e sobre quanto pagou impostos?
Eu estou. Quantos destes gurus estão?


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