As remunerações para o Conselho de Administração Executivo da EDP são propostas pela comissão de vencimentos do Conselho Geral e de Supervisão, presidido por Eduardo Catroga, à assembleia geral de accionistas.
Esta comissão acaba de propor que a remuneração fixa anual do presidente executivo do conselho de administração se mantenha em 600 mil euros, continuando os administradores a ganhar 80% da remuneração atribuída a António Mexia.
A comissão diz que efectuou uma análise à política de remunerações tendo em conta a alteração na estrutura accionista da EDP, e usando como termo de comparação as remunerações fixas atribuídas aos gestores das cotadas que integram os índices PSI-20 e EurostoxxUtilities.
O valor da remuneração fixa a atribuir ao presidente da EDP é o que é praticado desde 2006, pelo que será igual durante nove anos, portanto até 2014. Além disso, assinala a comissão de vencimentos, fica abaixo do universo analisado.
A remuneração variável anual desce do limite máximo de 100% da remuneração fixa para 80%, ou seja, 480 mil euros.
Em contrapartida, a remuneração variável plurianual, que só é atribuída no final do mandato de três anos, sobe. Antes tinha um limite de 100% da remuneração fixa bruta do mandato (1,8 milhões de euros para o caso de Mexia), agora poderá chegar a 120%. Ou seja, o CEO da EDP pode receber uma remuneração variável adicional até 2,16 milhões de euros, no final do mandato.
Resumindo e concluindo, entre remunerações e prémios, António Mexia deverá receber em 2012 cerca de 3 milhões de euros.
Por sua vez, a comissão de vencimentos da EDP propõe as remunerações de outros órgãos sociais, como o Conselho Geral e de Supervisão.
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Sou mesmo burro 16 Março 2012 - 10:44
É só energia
Juro que não sou invejoso. Tenho milhões de defeitos, mas a inveja não consta da extensa lista. Mas esta estória dos salários milionários praticados em Portugal (País pobre e assistido financeiramente) sempre me suscitou estranheza.
Por um lado, as agências de rating atribuem às empresas notações negativas, pois invocam que as mesmas têm a ver com o contexto em que se encontra o país onde operam. Mas pelos vistos, os custos do contexto, são só para alguns. Há outros, que são CEO's de empresas portuguesas, que operam em Portugal, mas que auferem salários equivalentes ao que recebem os gestores alemães, ingleses, americanos, japoneses e franceses.
Vá lá a gente entender o "raciocínio dos contextos".
Anonimo 16 Março 2012 - 10:49
Hummm
Será que o Mexia também atribui os salários aos seus trabalhadores comparando-os com os trabalhadores das utilities do EurostoxxUtilities?
Então essa comparação é válida para executivos e não para trabalhadores? Bando de parasitas! Só à catanada...
Jorge 16 Março 2012 - 11:49
Economia de rastos
Com a actual política energética praticada em Portugal, a economia portuguesa não tem salvação possível.
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