Estiveram Frente a Frente cerca de 40 minutos a discutir se existiam, ou não, co-pagamentos no Sistema Nacional de Saúde e os outros 20 minutos a discutir se o PSD queria, ou não, liberalizar o trabalho temporário.
O futuro do país depende do crescimento económico. Ora não haverá crescimento na Economia na próxima década, tal como não houve na que acabou, enquanto não existir rigor e exigência na educação, com um fortíssimo incentivo relativamente às ciências exactas — Física, Química, Biologia, Electrotecnia, Telecomunicações, Informática, ... —, e enquanto não se puser a justiça a funcionar porque ninguém investirá um cêntimo num país corrupto.
Sem trabalhadores e empresários qualificados — a aldrabice do Novas Oportunidades não vai qualificar ninguém — e sem uma justiça célere, a Economia permanecerá estagnada.
Pois estes dois candidatos a primeiro-ministro nem uma única vez mencionaram as palavras Educação ou Justiça.
Importamos 30% do que comemos e estes dois inaptos — fazem jus à Independente e à Lusíada ... — nem uma única vez pronunciaram as palavras Agricultura ou Pescas.
Estavam ali para ganhar votos e não para esclarecer o eleitorado: o povinho quer trabalhar no sector de serviços, apesar de ler mal e escrever ainda pior, não quer ser esclarecido, e vai votar no clube político que lhe prometer uma vida risonha e sem esforço.
O Estado pagou o ano passado 77 milhões de euros aos partidos políticos para esclarecerem o eleitorado. Se não o fazem, então merecem tanto estas subvenções como os professores que são pagos para ensinar mas vão para a sala de aula e ensinam pouco ou nada para não desagradar aos alunos.
Quer com um, quer com o outro, vamos passar os próximos três anos a ser repreendidos pelo FMI, que nos vai emprestar 26 mil milhões de euros, e a ser admoestados e humilhados pelos povos dos países do norte e do centro da União Europeia — Alemanha, França, Finlândia, Países Baixos, ... —, que nos vão emprestar 52 mil milhões de euros.
Ficamos com mais 78 mil milhões de euros de dívida e 30 mil milhões de juros a acrescer aos 160 mil milhões da dívida pública que herdámos de 2010, eventualmente diminuída pelas privatizações das empresas públicas que se prevê serem vendidas ao desbarato.
Antes do fim da legislatura estaremos a reestruturar a dívida.
Que tenhamos vergonha.
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