domingo, 29 de maio de 2011

Movimento de cidadãos espalha-se pela Europa


Nasceu na campanha eleitoral em Espanha: uma multidão de jovens acampou na praça Puerta del Sol e criou o movimento Democracia Verdadeira Já, manifestando-se contra as medidas de austeridade impostas pelo governo.
Saiu-lhes o tiro pela culatra. O eleitorado penalizou o Partido Socialista Operário Espanhol e deu uma enorme vitória ao Partido Popular em cujo líder não se consegue vislumbrar grandes merecimentos.

Depois foi a vez de Portugal: meio milhar de jovens, uns estudantes, outros licenciados desempregados, acamparam na praça do Rossio e prometem ficar até às eleições. São contra o Governo, o FMI, pela democracia e pelo futuro.

Este fim-de-semana vão ocorrer manifestações um pouco por toda a Europa. O movimento de cidadãos, com origem em Espanha, está a espalhar-se por vários países europeus: há manifestações previstas para várias cidades de França, Reino Unido, Suécia, Grécia, Alemanha ou Itália.
O evento criado no Facebook relativo a esta manifestação à escala europeia conta já com 50.800 presenças confirmadas. Estes movimentos cívicos criticam o sistema financeiro e político actual e exigem uma renovação da democracia.


Aplaude-se estas críticas.
Só há um senão. Os campistas do Rossio, em geral, exprimem-se com dificuldade na língua pátria, fizeram licenciaturas de treta, vêem com bons olhos a liberalização do consumo de haxixe, não explicam como é que o país vai continuar a comer sem o empréstimo do FMI e transformaram uma linda praça lisboeta num chiqueiro. Vejam, oiçam e reflictam:





Vimos isto em 1974. Nessa altura muita gente acreditou que ia construir-se um País próspero e justo.
O resultado foi assistir a três décadas de lenta degradação da cultura portuguesa, à destruição da qualidade do ensino e, no final da vida profissional, presenciar a eleição de um primeiro-ministro que se licenciou por fax, desautorizou o professorado e empurrou o país para a bancarrota.
Agora não se acredita.


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