domingo, 13 de julho de 2014

Passos avisa que contribuintes não podem suportar erros dos bancos


O primeiro-ministro Passos Coelho mandou um recado ao Grupo Espírito Santo, sem se referir directamente a situação deste grupo, de que não pode contar com o dinheiro dos contribuintes para resolver os problemas financeiros provenientes de investimentos errados:


11 Jul, 2014, 20:26

"Uma das regras essenciais é que o Estado não intervenha no sentido de proteger determinados sectores ou determinados investidores porque esse é o primeiro elemento que gera a desconfiança de todos os outros.

Os investidores sabem que a dívida pública portuguesa não será chamada a resolver esses problemas, que nós não utilizamos instrumentos públicos para resolver problemas de natureza privada e que, portanto, todos aqueles que estão a pensar, não na conjuntura, nas no médio e no longo prazo podem investir em Portugal com confiança de que o Estado não intervirá, senão para garantir a real concorrência e a fairness dos negócios.
Significa isto, portanto, que os contribuintes portugueses não serão chamados a suportar perdas privadas e que os privados, quando fazem maus negócios, têm de suportar as consequências dos maus negócios que fazem."


13 Jul, 2014, 10:36

"Cada vez mais os bancos olham ao mérito dos projectos, e aqueles que não olham pagam um preço por isso. As empresas que olham mais aos amigos do que à competência, pagam um preço por isso. Mas esse preço não pode ser imposto à sociedade como um todo e muito menos aos contribuintes.

Por essa razão, quando aqueles têm problemas, não porque estamos a passar tempos difíceis, mas porque decidiram mal, deram crédito a quem não deviam, trabalharam com quem não era competente, esses têm de resolver os seus problemas. E é quando lhes damos a oportunidade de os resolver, que damos confiança aos que querem investir correctamente para poderem fazê-lo sem desconfiarem de que alguém, no meio do processo, vai fazer a batota de levar o bom projecto que tinham para aqueles que têm mais meios financeiros para os poderem concretizar, como tantas vezes aconteceu na história do nosso País."

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Se for rigorosamente cumprido, este contribuinte agradece.


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