O Negócios faz 13 anos e pediu a 13 personalidades 13 boas ideias para desafiar a sorte em 2011:
1. Bagão Félix: ”Explorar o mar, o clima e renovar a agricultura”
SABINO 16 Dezembro 2010 - 11:56
Oh, Sr. Bagão Félix! E eu, que o considerava uma pessoa inteligente ...
... séria e responsável.
Então o Sr. vem dizer que precisamos de mais nascimentos em Portugal? Nós precisamos é de mais óbitos e depressa!
Para ver se a geração do 25/4, dos direitos adquiridos, que se reformou com 50 anos de idade, ou menos, morrem depressa.
Para ver se os que cá ficam passam a pagar menos para a Segurança Social, para o IRS, para o IVA, para o IMI, para os Bancos, etc.
Claro que tudo isso é ficção. Mesmo que os reformados morressem todos, os socialistas, comunistas e bloquistas arranjavam maneira de continuar a ter tudo e a dizer que o mal era dos patrões que são exploradores, fascistas, capitalistas, etc.
crisnevius 16 Dezembro 2010 - 18:03
Maus hábitos eternos
O Sr. Bagão tem uma análise correcta de problemas como a Agricultura e a Natalidade. Mas falta-lhe a perspectiva histórica.
Portugal só se dedicou à Agricultura em 3 épocas:
1. Primeira dinastia, que foi na Idade Média e não havia Indústria, apenas artesanato.
2. Depois do Marquês de Pombal até às invasões Francesas (menos de 50 anos).
3. Em parte do Consulado de Salazar, digamos uns 35 anos.
No resto do tempo Portugal sempre viveu de esquemas — Descobrimentos, Escravatura, Ouro do Brasil, Investimento Inglês, Colónias — , ultimamente a CEE e agora o Euro.
Parece-me que, a menos que passem um bocado de Fome, não vão voltar para a agricultura por mais moderna que seja. Vão emigrar como sempre fizeram.
E a natalidade não vai aumentar. As mulheres têm a pílula, liberdade sexual e, muitas, independência financeira. Não as vão largar, a não ser com uma ditadura feroz que só é possível em partes remotas de África.
Portugal vai definhar. As terras agrícolas vão ser compradas por estrangeiros (já acontece) e os jovens emigram.
Os espanhóis não nos querem. Se a União Europeia avançar para um Estado Federal, como os Estados Unidos, não precisamos de (des)governo. Se não, seremos o que quase sempre fomos, uma colónia dos ingleses, ou melhor, de vários europeus. Talvez seja melhor assim.
2. Pedro Bidarra: “Fazemos uma fusão com o Brasil”
Um chico-esperto
Recebemos a pimenta da Índia e construímos mosteiros e palácios.
Recebemos o ouro do Brasil e construímos conventos e palácios.
Recebemos os subsídios da União Europeia e construímos moradias com piscinas e garagens com carros topo de gama.
Hoje somos um dos países mais pobres da UE.
Agora cobiçamos os recursos petrolíferos do Brasil para continuar a viver sem trabalhar?
Pensemos na qualificação dos portugueses, na restrição da imigração iletrada cuja alfabetização e inserção social nos está a custar caro e, sobretudo, estanquemos a outra hemorragia financeira, a da emigração de licenciados.
Incentivemos os nossos recursos humanos, mudando do sistema do compadrio para o do mérito.
E vamos ver a economia a crescer.
3. Miguel Barreto: "Poupem energia"
jdiogenes 21 Dezembro 2010 - 12:01
Muito objectivo e pragmático
Mas ninguém o ouve. Basta olhar para as ruas, com a iluminação acesa durante o dia, edifícios estatais com a iluminação ligada 24 sobre 24 horas, empresas públicas, idem. Os portugueses da velha guarda preferem acreditar que é com chineses a beberem um garrafa/ano que resolvemos o nosso problema.
4. Basílio Horta: "Diminuição da dívida externa pelas exportações, o que se consegue com qualificação dos empresários e dos quadros, especialização dos mercados, boa logística e financiamento à economia"
5. Carlos Moreira da Silva: "Exigência e inovação empresarial. Incentivo fiscal ao resultado e não ao esforço"
6. Nuno Teles: "Fazer uma auditoria à dívida pública soberana"
02am 17 Dezembro 2010 - 18:21
Concordo
Fazer uma auditoria à divida publica soberana, a todos os ministérios e organismos do estado.
alexnt 20 Dezembro 2010 - 17:08
Muito bem!
Transparência e responsabilidade precisam-se!
7. Vieira da Silva: "Cooperação é uma palavra decisiva para enfrentarmos as dificuldades"
8. José Santos Teixeira: "Quando cada chinês beber uma garrafa de vinho português temos os problemas resolvidos"
Olisipone 20 Dezembro 2010 - 13:00
Mas, por enquanto...
... o nosso défice da balança comercial com a China é de 1018 milhões de euros! E com o Brasil, de 400 milhões. São aproximadamente os mesmos valores do que o nosso excedente com Angola (1000 milhões) e com os EUA (400 milhões). Já pensaram que todo o esforço de exportação para Angola e os EUA serve apenas para compensar as importações da China e do Brasil?
É que a Balança Comercial não são só as Exportações, são também as importações e Portugal importou no ano passado mais 20 mil milhões de euros do que exportou.
Este défice é superior às despesas da Segurança Social e da Saúde juntas! O que é preciso, antes mesmo de exportar mais, é importar menos. E para isso, já que dificilmente se podem pôr barreiras à importação, é preciso produzir para o mercado nacional!
cadavezmaislixadosepobres 20 Dezembro 2010 - 14:44
Sim, se cada espanhol e francês ...
... comer castanha portuguesa está tudo resolvido. Só disparates...
ocramoriebir 20 Dezembro 2010 - 14:45
Parece que o Teixeira dos Bancos bebeu o vinho por eles
Sim? Vamos exportar 1.300 milhões de garrafas?
Vai ser melhor alugarmos Espanha para plantar videiras. lol
jdiogenes 21 Dezembro 2010 - 11:51
Mais um Génio português!
Aqui está a prova cabal que escora, em termos de estratégica económica, a nossa situação actual. São génios, como este Sr., embora não seja jovem, que nos permitem continuar a sonhar que somos uma grande nação. Se repararem a sua proposta não é muito diferente da de Salazar que, entre outros slogans do regime, destacava: “Beber vinho é dar de comer a um milhão de portugueses”.
O mundo que se cuide, Portugal vai voltar as políticas de 1500, vamos de novo conquistar o mundo. Asiáticos, as caravelas sob a batuta deste Génio, saído da lâmpada de Aladino, têm a solução mágica para este milénio.
9. Estela Barbot: "Repensar prioridades e gerir melhor o tempo: dar primazia a uma alimentação saudável, exercício físico, evitar o stress, estar com os amigos"
10. João Paulo Girbal: “Re-industrializar Portugal e para isso é preciso apreciar as marcas”
11. Mira Amaral: "É fundamental que a economia portuguesa volte a pensar na indústria"
joaopgvsantos 21 Dezembro 2010 - 13:02
Sector secundário
Concordo absolutamente!
A par dos meus colegas engenheiros, verifico que o sector secundário não absorve os engenheiros e que mais vale ir para a finança/serviços do que continuar na técnica que é mal paga e não reconhecida. Efectivamente há muito pouco mercado para os engenheiros, tirando as especialidades dedicadas aos edifícios. A grande indústria e grandes projectos são encomendados no estrangeiro ficando os engenheiros portugueses de fora.
É o país que temos...
12. Leonor Beleza: "O mérito é o caminho"
Mais vale tarde que nunca
Tendo a secretaria-geral do ministério da Saúde aberto o primeiro concurso para a compra de lotes de produtos derivados de sangue, a Aviquímica, representante do laboratório austríaco Plasmapharm Sera, foi a escolhida e a adjudicação feita em 31 de Janeiro de 1986.
Com o rebentar do escândalo da Plasmapharm Sera na Europa, a Associação Portuguesa de Hemofílicos escreveu ao ministério a pedir informações sobre o controlo e as análises dos derivados de sangue comprados por Portugal.
O ministério de Leonor Beleza (1985-1990) só reagiu em 18 de Abril com o Despacho 12/86, publicado em 5 de Maio, e ainda concedeu um prazo de 90 dias para a sua entrada em vigor. Além disso permitiu que todos os produtos sem inactivação viral, existentes nos hospitais públicos, fossem totalmente consumidos pelos pacientes, numa altura em que vários países europeus já tinham tomado medidas de prevenção severas.
Além dos 137 hemofílicos contaminados com o HIV, depois de lhes ter sido administrado sangue em hospitais públicos, também ficou provada a infecção com HIV2 de um paciente operado em 1986 a uma fractura femural no Hospital de Santo António, no Porto.
O médico Benvindo Justiça, que era director do Serviço de Hematologia do Hospital de Santo António e fora convidado em 1987 pela ministra Leonor Beleza para dirigir o Instituto Nacional do Sangue, foi por ela exonerado pouco tempo depois, devido a ter reconhecido numa entrevista que "[em 1986] havia o caos no sangue em Portugal".
Finalmente compreende que "o mérito é o caminho para que muitas coisas entre nós mudem".
Olisipone 23 Dezembro 2010 - 00:55
Qual mérito?
O problema é: Qual mérito? O "mérito" de ser do PS tem sido o critério preponderante nos últimos anos...
Porque para saber reconhecer o verdadeiro mérito é preciso ter mérito, minha cara senhora!
13. Isabel Jonet: "Ser rigoroso, verdadeiro, eficiente e eficaz naquilo que se faz"
14. Carlos Fiolhais: "Impedir os nossos cérebros de irem embora"
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