quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

"As dívidas não são para pagar... gerem-se"





José Sócrates, viajou até ao campus de Poitiers da Sciences Po, onde estuda Ciência Política, e aproveitou uma palestra com colegas da secção latino-americana para lançar um balão de ensaio a ver se o vento já lhe é favorável:
"Para pequenos países como Portugal e Espanha, pagar a dívida é uma ideia de criança. As dívidas dos Estados são por definição eternas. As dívidas gerem-se. Foi assim que eu estudei.
Claro que não devemos deixar crescer a dívida muito, porque isso pesa depois sobre os encargos. Todavia, para um país como Portugal é absolutamente essencial, para a sua modernização e para o seu desenvolvimento, ter financiamento, quer para a modernização das suas infra-estruturas, quer para a modernização das suas políticas, quer para o crescimento da sua economia. É assim que eu vejo as coisas.
"














O campus da Sciences Po na cidade de Poitiers, onde funciona a secção latino-americana











Mas isto de se encontrar uma dívida de 85 mil milhões de euros e meia dúzia de anos depois ir viver para Paris deixando o País a gemer sob um fardo de 160 mil milhões tem que se lhe diga: o gráfico da dívida pública parece o monte Everest.
Claro que, em política financeira, o que interessa é o valor da dívida em percentagem do PIB, mas aí os dados também são de estarrecer: recebeu uma dívida de 57% e deixou-a em 93% do PIB!

A avaliar pelos comentários, os nossos concidadãos andam a informar-se sobre estes assuntos e será sensato que não se aventure a passear nas ruas do Portugal que levou à bancarrota porque se arrisca a levar uma zurzidela nos costados. O português é um indivíduo pacato, de brandos costumes, mas não gosta de ser roubado e ainda menos de ser roubado e... gozado.
Cautela, ‘caro’ estudante de ‘filosofia’, medite nestas palavras:


jalmeida62 07 Dezembro 2011
Grande caloteiro
Então é assim: vou pedir dinheiro ao banco, em vez de pagar vou gerir a dívida, ou seja, fazer mais dívida e nunca pago. Grande caloteiro para não chamar outro nome que bem merecias.

JARANES 07 Dezembro 2011
Este biltre
Este biltre, mesmo depois de ver o que se está a passar com os países submersos pela dívida, ainda se atreve a dizer que a dívida se gere?
É claro que se gere, mas uma coisa é gerir uma dívida passível de ser gerida — porque mantemos condições de nos continuar a financiar — outra é gerir uma dívida ingerível, porque nos fecha a porta a novos financiamentos.
Este imbecil devia ter sido obrigado a continuar a governar para vermos onde é que ele ia buscar o dinheiro para pagá-la e continuar a manter o país em funcionamento.

O que é dramático é que este pulha ainda se permite fazer chacota com as vigarices que fez.
Pergunto ao Procurador Geral da República se lhe não soa estranho que um indivíduo que era teso antes de assumir funções politicas, tenha dinheiro para estudar em Paris.

amom22 07 Dezembro 2011
Um grande homem só é realmente apreciado lá fora!
O que ele diz é perfeitamente correcto, outros Estados têm dívidas bem maiores que a nossa, aliás há Estados que vivem com dívidas astronómicas, como os Estados Unidos e o Japão. Mas lá não têm sido problema porque as agências continuam a dar-lhe os 3 A, com taxas de juros de 1%. Claro que quando Portugal passou a ter taxas de juros acima de 7% a dívida ficou insustentável, mas culpar Sócrates por essas taxas astronómicos é ser mais cego que o PPC.

Homemdoleme 07 Dezembro 2011
Na Suécia é ao contrário
Noutro dia, ouvi o ministro sueco das finanças (considerado o melhor ministro europeu) dizer que procuram reduzir a dívida, para níveis abaixo dos 30% do PIB. Já não estão longe desse valor na Suécia.
Parece-me um povo inteligente este, que não anda a atirar os problemas para as próximas gerações. Também me parece inteligente que na Suécia se leve a sério a qualidade do trabalho, uma coisa que existe em Portugal, mas por falta de mérito dos decisores é esquecida.

JoaoAlberto 07 Dezembro 2011
Como gente grande
Pagar dívidas é ideia de criança, vai daí, rouba como gente grande. Este tipo, ainda goza com os Portugueses e com o país que deixou na banca rota. Para quando ser chamado à justiça e prestar contas do que fez ao país?

Heroidomar 07 Dezembro 2011
Citações
"There is only one good, knowledge, and one evil, ignorance"
Sócrates, o filósofo Grego

jslucas2011 07 Dezembro 2011
O grande líder
José Sócrates está certamente a esta hora a envergonhar os socialistas inteligentes e honestos. Porque também os há, mau grado a ingenuidade que os caracterizou e que levou o seu partido a protagonizar o período mais medíocre da história da governação portuguesa dos últimos trinta anos.
Mas os portugueses não deixarão também de se interrogar sobre a decadência moral e mental que a frase evidencia, a ser verdadeira. Analogamente um empresário diria também que "pagar a dívida é ideia de criança" relativamente às suas dívidas para com o Estado e os fornecedores.
Bem pode Mário Soares gastar o seu latim a defender a classe política. Com socialistas como Sócrates não há regeneração da imagem dos políticos.
João Santos Lucas (Singapura)

dcd4u222 07 Dezembro 2011
@amom22
Claro que o que diz está correcto, o problema é que uma coisa é o que diz, outra é o que faz. É das boas regras da gestão não contrair dívidas quando não são para investimento ou quando esse investimento tem um retorno inferior ao custo do endividamento. Acha que o investimento nos Magalhães têm um retorno superior a 7%? E o TGV? E o aeroporto de Beja?
Se não têm posto travão a este tipo, até os gregos olhavam para nós com um sorriso.
Então o homem com 4% de juros sobre a dívida ainda achava que o caminho estava em mais dívida? E quando chegou aos 5%? E quando chegou aos 6%? E quando chegou aos 7%? O que era necessário era o TGV ou o novo aeroporto de Lisboa? Necessário para quem? Para os amigos e os amigos dos amigos?

rmopf2005 07 Dezembro 2011
@amom22, não fale dos USA
O IVA dos USA, em média dos Estados, é 7% e só paga IRS quem ganha mais de $3000 por mês. Basta eles subirem o IVA para 17% que pagam a dívida num ápice, para Portugal pagar a dívida tínhamos de subir o IVA para 70%, xuxas e comunas palhaços.

josedomingos 07 Dezembro 2011
A cereja que faltava em cima do bolo
Já não te chegava seres aldrabão, mentiroso, vígaro, farsante, escroque, sem carácter, tiranete, golpista e ladrão (do dinheiro dos contribuintes).
Também te assumes agora como caloteiro!

planeta75 07 Dezembro 2011
Animal
Como é que este animal ainda tem lata para abrir a boca? E ainda tem a desfaçatez de dizer que estudou.
Só faltam os boçais do partido começarem a chorar e a mostrar saudades dos tempos idos de gastar à fartazana.
Só lhe noto uma singularidade: deve ser das poucas pessoas que se eu visse na rua lhe ia para o focinho.

jupiter2001 07 Dezembro 2011
Por favor
Por uma questão de higiene mental, não quero ouvir falar mais de um dos indivíduos que destruiu Portugal. Quando penso neste indivíduo lembro-me logo de um pelotão de fuzilamento e não gosto nada deste pensamento.

jose.cobra@netcabo.pt 07 Dezembro 2011
Verdades verdadeiras
Finalmente alguém diz a verdade e desmonta o Gasparzinho do Relvas e o embaixador PC. Uma dívida só é dívida quando não é paga na data prevista. Não serão os capitalistas quem mais deve aos bancos? Aguarda José pois ainda vais voltar mais alto.

hpg 07 Dezembro 2011
Onde estaríamos com este animal à frente do governo?
O que seria do país e da pouca credibilidade que lhe resta se este animal estivesse à frente do governo? Este senhor deve ter estudado como governar uma república das bananas, não um país a sério. Amigos xuxas, ponham os olhinhos sobre o pensamento político do vosso grande líder.

alcateia 07 Dezembro 2011
Que nojo!
Eu só gostaria que me explicassem como foi possível haver 2 000 000 de portugueses (?) a votar nesta alimária!
E convidam-no para dar conferências? Sobre quê? Offshores? Corrupção? Aldrabar meio mundo? Obter diplomas falsos?
"Porqué no te callas"? De vez! Dá vontade de vomitar.

Speeding 07 Dezembro 2011
Muito bem!
Afinal, este é um incompreendido.
Gostaria de saber onde estudou. Quanto ao resultado do que fez, não há dúvida — foi brilhante! Não só assegurou a dívida no imediato mas também para os nossos filhos e netos!
Volta, que a desgraça ainda é pouca...

ZedBull 07 Dezembro 2011
jose.cobra@netcabo.pt
A questão que levanta "Uma dívida só é dívida quando não é paga na data prevista" já aconteceu, caso não se tenha apercebido. Há pouco mais de 6 meses, Portugal teve de pedinchar ajuda externa financeira para conseguir pagar as dívidas e as responsabilidades.
É por este tipo de afirmações, que vemos araras a voar bem alto em Portugal.

Espoliado 07 Dezembro 2011
Se pagar as dívidas é ideia...
... de criança, pagar impostos será ideia de estúpidos e de masoquistas!

JCG 07 Dezembro 2011
Este gajo não tem qualquer competência para debitar doutrina nesta matéria
Em 1º lugar, que dívida? Dívida pública ou dívida externa?
Em 2º lugar, dívida, em termos abstractos, pode ser boa ou má: tudo depende da aplicação dos recursos emprestados que se obteve. Se os recursos obtidos por empréstimo tiverem sido bem aplicados, ou seja, se a aplicação do empréstimo gerar um retorno superior ao custo desse empréstimo (juro), o recurso ao endividamento foi uma boa política, se tal empréstimo tiver sido mal aplicado, isso será a ruína de um País, como está a acontecer com Portugal.

Qual o problema da dívida? É que é preciso trabalhar e produzir adicionalmente para pagar os juros. Quem presta atenção à informação que vai fluindo, deve ter tomado nota de que a dívida pública (a do Estado) vai implicar o gasto de 8 a 9 mil milhões de euros em juros, em 2012. Conforme um jornal destacou em título, os juros da dívida pública vão consumir quase todo o IRS que o Estado vai sacar aos portugueses. É fácil de fazer as contas: uma dívida pública de 170 a 180 mil milhões de euros a uma taxa de juro média de 5%, quanto é que dá em juros?

É claro que a situação piora quando falamos de dívida externa (seja pública ou privada). Os juros são uma espécie de hemorragia de um corpo que tem diversas doenças e que mesmo recebendo uma transfusão, perde mais sangue do que consegue reter. Isto acontece quando a dívida e os juros a pagar ao exterior atingem uma tal dimensão face ao PIB que mesmo que o PIB tenha algum crescimento o mesmo será insuficiente para pagar todos os juros ao exterior e a consequência será o aumento da dívida e ainda mais juros a pagar no período seguinte. Quando se chega a este ponto, só há um desfecho: trajectória de empobrecimento e falência financeira do país ao fim de algum tempo.

Sócrates que, ao que parece, conseguiu um diploma de licenciado por métodos fraudulentos e terá falta de bases para estribar os seus raciocínios nesta matéria, mais valia fechar a cloaca e hibernar.


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