domingo, 5 de junho de 2011

CDS: que fazer com esta maioria absoluta?


Prestes a terminar o escrutínio provisório, registamos duas evidências.

Primeiro, o PS, ao perder meio milhão de votos em ano e meio, não só está definitivamente afastado do próximo governo, como teve uma vergonhosa derrota. Vai ser a noite das facas longas no Largo do Rato.

Segundo, o homem que vai decidir se haverá um governo de maioria absoluta, ou um governo PSD com apoio parlamentar do CDS, será Paulo Portas.
Será interessante ver os próximos episódios para conhecermos a têmpera do líder do CDS: se está desejoso de regressar à fortaleza de S. Julião da Barra e vai negociar os votos por ministérios e secretarias de Estado, ou vai construir uma maioria de apoio parlamentar, negociando as medidas que achar correctas para o País e contrariando as restantes.
Não esqueçamos que o PR declarou que só daria posse a um governo de maioria parlamentar.

Para já soube resistir à erosão dos apelos à maioria absoluta de Passos Coelho e aumentar a votação e o número de mandatos do CDS no parlamento. É paradigmática a votação em Lisboa e Setúbal, os distritos que mais deputados elegem com o Porto, Braga e Aveiro (clicar no mapa interactivo e comparar com 2009).
Se continuar a acumular votos nos próximos quatro anos, poderá acabar com a bipolarização em Portugal e revelar-se um estadista.


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