quinta-feira, 6 de setembro de 2012

A nova administração da RTP


O novo conselho de administração da RTP escolhido pelo Governo já recebeu o aval da Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública (CRESAP). Alberto da Ponte, antigo presidente da Sociedade Central de Cervejas (SCC), vai ocupar o lugar de presidente, Luiana Nunes e José Lopes de Araújo são os outros elementos, com a primeira a transitar do anterior conselho e o segundo da direcção de assuntos jurídicos da RTP.

Segundo o comunicado do Conselho de Ministros, "o estatuto remuneratório dos membros do Conselho de Administração é o determinado pela classificação da empresa, constante da Resolução do Conselho de Ministros n.º 36/2012".
Donde se conclui que Alberto da Ponte vai prescindir do regime de excepção que lhe permitiria manter a sua actual remuneração no sector privado, ao contrário do que sucedia com o anterior presidente Guilherme Costa.

Tendo a Resolução do Conselho de Ministros 16/2012 estipulado os critérios para determinação do vencimento dos gestores públicos — e a classificação das empresas públicas para esse efeito —, a posterior Resolução do Conselho de Ministros 36/2012 aprovou a RTP como uma empresa do Grupo A.
Logo o vencimento mensal bruto do seu presidente é idêntico ao do primeiro-ministro e o dos vice-presidente e vogal correspondem, respectivamente, a 90% e a 80% do vencimento mensal bruto do respectivo presidente.

Como o Estatuto do Gestor Público determina que ao vencimento mensal acresce um abono de 40% para despesas de representação, o presidente do conselho de administração da RTP vai receber 4.893,03 euros por mês acrescidos de 1.957,21 euros — ao todo, Alberto da Ponte, como presidente do conselho de administração da RTP, vai receber 6.850,24 euros por mês.


O curriculum e a opção de prescindir da remuneração média dos últimos três anos do lugar de origem parecem indicar que se trata de uma boa escolha, mas não há bela sem senão:


Maria José Pombeiro 06 Setembro 2012 - 15:17
Alberto da Ponte?

Para quê? Para fazer a "limpeza de know-how" como fez na SCC? De um grupo de 6-10 Mestres Cervejeiros formados pela conceituada Universidade Católica de Louvain-La-Neuve, na Bélgica, eu fui a última resistente deste grupo a sair da SCC. Fui emprateleirada por este "senhor" que entende tanto de cerveja como eu de astronomia.

Ex-Directora da Qualidade da SCC
Maria José Pombeiro


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