terça-feira, 24 de julho de 2012

0 "buraco negro" da economia mundial: 17 biliões de euros guardados nos paraísos fiscais



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O estudo "The Price of Offshore Revisited" elaborado pelo economista norte-americano James Henry para a Tax Justice Network, organização com sede em Londres que tem por objectivo combater os paraísos fiscais, faz uma estimativa das fortunas privadas escondidas nestes paraísos.
O valor — 17,3 biliões de euros (21 biliões de dólares) — foi obtido com dados do Banco Mundial, do Fundo Monetário Internacional, do Banco de Compensações Internacionais e dos governos nacionais.
Note-se que estamos a falar de biliões (milhões de milhões) e que estes dados dizem respeito apenas a património financeiro depositado em contas bancárias e de investimento até ao final de 2010, deixando de fora activos como bens móveis e propriedades.

Trata-se de um valor superior ao tamanho das economias dos Estados Unidos e do Japão juntas — 20 biliões de dólares em 2010.
"A perda de receitas fiscais é enorme, de acordo com as nossas estimativas. É grande o suficiente para fazer uma diferença significativa para as finanças de muitos países", afirmou o economista, citado pela BBC. "O mundo acaba de localizar uma grande quantidade de riqueza financeira que pode ser convocada para contribuir para a solução dos problemas globais mais prementes".
E esta estimativa é conservadora, podendo o valor exacto ascender aos 26,3 biliões de euros.

O estudo revela ainda que, desde a década de 1970 e até ao final de 2010, os cidadãos mais ricos de 139 países em vias de desenvolvimento acumularam em paraísos fiscais entre 6 e 7,7 biliões de euros em "riqueza não registada", portanto fugindo aos impostos nos seus países de origem.
A nível mundial, o UBS, o Credit Suisse e o Goldman Sachs são os três bancos privados que gerem mais activos em offshores.


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