sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Reversão das concessões dos transportes de Lisboa e Porto


PS, BE, PCP e PEV apresentaram projectos de lei e de resolução para cancelar as subconcessões das empresas de transporte de Lisboa e Porto esta sexta-feira.

O PCP foi o primeiro partido a apresentar iniciativas legislativas para cancelar os contratos assinados com a Avanza, Alsa e Transdev, tendo o deputado comunista Bruno Dias afirmado que "já chega de vender o país às peças, de desmantelar o serviço público e de perseguições aos trabalhadores", dizendo ser tempo de "pôr um ponto final a estes processos ruinosos das PPP dos transportes".

João Paulo Correia, do PS, disse tratar-se de "um dia histórico porque começamos a pôr fim ao maior ataque ideológico ao sector dos transportes", defendendo que a Câmara de Lisboa deve intervir na gestão das empresas de transporte público da cidade.
"Ao anularmos estas subconcessões impedimos um péssimo negócio para o Estado, impedimos despedimentos, impedimos redução da oferta e a degradação do material circulante", acrescentou.

O deputado bloquista Heitor de Sousa também disse que "ao segundo dia de votações regimentais, a Assembleia da República volta a fazer história", acrescentando que tal "reflecte a nova maioria política que se prepara para corrigir os erros da maioria anterior".

Pelo contrário, Paulo Rios de Oliveira, deputado do PSD, afirmou que "seria desastroso inverter" a política de transportes do Governo de Passos Coelho, porque pôs fim a "um ciclo de degradação" no sector e operou "uma revolução" ao conseguir obter em 2014 ganhos operacionais no sector.

Por sua vez, Hélder Amaral, do CDS-PP, acusou o PS de "ceder aos interesses da CGTP" porque com a redução na Carris, Metro de Lisboa, Transtejo e Soflusa para uma única administração foi conseguida uma poupança de 1,5 milhões de euros.
Defendeu que estas iniciativas legislativas "o que estão a proteger são as 1070 greves que existiram nos últimos quatro anos".

As propostas socialistas sobre a reversão dos processos de subconcessão dos transportes públicos, assim como da extinção da sobretaxa do IRS e da contribuição extraordinária de solidariedade (CES) e do fim dos cortes nos salários da função pública seguiram para as respectivas comissões, sem serem votadas. Os deputados têm agora 20 dias para limar arestas entre o PS, BE e PCP durante a discussão na especialidade para que as propostas possam ser votadas.

A opção de fazer os vários diplomas baixarem à comissão foi sublinhada pela vice-presidente da bancada do CDS Cecília Meireles, perante os jornalistas: “A decisão da esquerda ou das esquerdas é adiar, adiar, adiar. É começar literalmente com o pé esquerdo.


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Segundo as contas efectuadas pelo Diário Económico, a dívida remunerada das sete empresas públicas de transportes tuteladas pelo Ministério da Economia atingiu 19,8 mil milhões de euros em 2013, mais 5,6% que no final de 2012.

Serão os contribuintes quem vai arcar com a dívida histórica destas empresas que actualmente já ultrapassa 20 mil milhões de euros. Cabe agora a si, caro leitor, avaliar quem defendeu o interesse nacional e quem está a proteger interesses partidários.

Outras opiniões:

olholisto
12:52
E para o país um dia triste. Temos que sustentar as ambições do PCP.

JOAKIM
12:58
Pelo menos não fica extinto o posto de trabalho do Arménio Carlos e seus acólitos! O país ficará a ganhar muito, são bem conhecidos os enormes lucros que estas empresas entregam ao Estado! Acordo imposto pelo comunismo radical! Vergonhoso!

Anónimo
13:00
O preço que o António Costa (e o País) teve de pagar para ser primeiro-ministro.

Gonçalo Nuno Santos @ Facebook
13:18
Os contribuintes de Norte a Sul e os das Ilhas vão assim poder financiar o material circulante que só serve Lisboa e os autocarros de Lisboa e Porto... Esses contribuintes estavam ansiosos por isto.

Anónimo
13:20
Para a maioria dos nossos emigrantes, que estão em culturas e sociedades mais avançadas, devemos parecer loucos.

LEOLEO42
13:24
O que o PS fez foi dar à parasitagem que se move à volta da Intersindical a possibilidade de, mesmo a contragosto da maioria dos trabalhadores, puderem paralisar o País com greves no sector de transportes.
É o tipo de greve em que meia dúzia pode criar a ilusão que todo um País pára por vontade própria.
Mas de grupos de perdedores o que se pode esperar?

Pedro Ribeiro @ Facebook
13:28
Tirando a educação e a saúde, tudo devia ser privatizado! Existem muitos "vícios" nesses trabalhadores e gestores, vícios esses pagos pelos contribuintes.

Arturo J Rodrigues @ Facebook
13:34
Que bom! Voltamos às greves e à balbúrdia, que progresso com este país do sobe e desce. Muito que se avança desta forma com estes parasitas esquerdalhos usurpadores.

João Caxias Silva @ Facebook
13:39
Mas eu não quero continuar a pagar a má gestão e as greves, isso não é dar conforto ao povo. Que socialismo é esse?

José Alves Martins @ Facebook

13:43
E os parasitas já elaboraram o calendário das próximas greves?

Cristina Cohen @ Facebook
13:46
E anulam todas as greves? Ou isso é do pelouro do PCP e BE?

Mário Teixeira @ Facebook
13:51
Histórico porquê? É a mesma história de sempre, nós contribuintes vamos pagando...

Francisco Pinho @ Facebook
13:55
Péssimo negócio? Ora, eu tenho uma empresa que dá 50 milhões de euros por ano de prejuízo, aparece alguém que me fica com a empresa e com o buraco, isto é um mau negócio para mim? É melhor realmente, daqui a 10 anos, ter um buraco de 500 milhões! E a empresa orgulhosamente continuar a ser minha.

Bernardo
14:10
Arrota tuga! Tens o que mereces! Não votastes neles? Paga! Paga com os teus impostos! Paga! E continuar a pagar! Temos o que merecemos!
Pagamos um serviço 5 estrelas mas vamos continuar a ter uma treta de transportes, se não estiverem em greve!

Jeronymo Rules
14:14
Veremos quanto custará aos cofres portugueses anular estas subconcessões e depois aferiremos se foi assim tão bom o negócio. Adicionalmente, deverá estudar-se quanto é que essas empresas dão de prejuízo anualmente ao Estado, para se aferir depois se foi assim tão bom o negócio.

Anónimo
14:16
E isto não é inconstitucional? Só é inconstitucional colocar em causa direitos absurdos... Isto é um dia de luto nacional. O PS deixou hoje de ser um Partido de Centro com capacidade de gerir este País. Vergonha nacional!

Kolla
14:41
Um dia histórico para os criminosos dos comunistas é necessariamente uma tragédia para os portugueses. Exactamente como as extorsões à mão armada das empresas, dos bancos e das herdades, feitas por comunistas e militares em 1975, também foram dias históricos.

JOAKIM
15:39
Onde está a democracia? Mas o governo anterior não estava legitimado para tomar decisões? Pergunto se os votos de quem votou no PSD e no CDS, em 2011, deixaram de ser válidos? Como estão a reverter tudo, torna-se nula a governação anterior. É muito grave o que se está a passar!

AMLG
16:07
Mas afinal quem comanda a banda é o PCP? Isto nunca esteve no programa do PS!
Resta ainda saber se a reversão tem custos para nós que pagamos impostos. É que se tem, então têm que explicar isto muito bem explicadinho porque eu não vejo nenhuma vantagem em isto ser do Estado. Bem pelo contrário, quem anda de metro e comboio sabe bem o inferno que foi este ano sendo as empresas do Estado. O Estado não sabe gerir e fica sempre mais caro para nós, essa, infelizmente, é a dura realidade. Cambada de Idiotas que nos roubam a torto e a direito!

Legru
16:18
Mentalizem-se Alfacinhas e Tripeiros para a continuação do martírio de querer ir trabalhar e não conseguir porque... há greve.
Mentaliza-te PS que, após esta "conquista" do PC irás ter muitas dificuldade de governar com o apoio do dito.
Portugal, Quo Vadis?

Anónimo
17:58
PCP no comando a alimentar as suas bases através do PS, que não se importa de sacrificar os utentes e contribuintes desde que se mantenha no poder. PS: um fantoche da extrema esquerda no comando a contribuir para a engorda dos extremistas à custa do povo!


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