sexta-feira, 3 de julho de 2015

Os gregos divididos ao meio


As manifestações que hoje decorreram na Grécia mostram um País dividido ao meio a respeito da decisão sobre uma proposta caducada feita no âmbito de um programa que já não existe, terminou no dia 30 de Junho.

Os gregos que não desejam austeridade, apoiam Alexis Tsipras, estão na praça Syntagma e vão votar “ΌΧΙ” (“não” em grego) no referendo de 5 de Julho.

Os gregos que querem manter o País na Zona Euro e conservar a moeda, apoiam a União Europeia, estão no estádio olímpico Kalimarmaro e vão votar “ΝΑΙ” (“sim”).

As sondagens dão um empate técnico.







Se ganhar o “não”, Alexis Tsipras vai prosseguir a estratégia que iniciou há seis meses: empurrar paulatinamente a Grécia para fora do euro. Quando os gregos passarem a vida em filas para adquirir comida, vão perceber a diferença entre austeridade e fome, mas será demasiado tarde porque o Syriza vai ficar colado ao poder como uma lapa por longo tempo.

Se o “sim” sair vencedor, Tsipras vai procurar manter-se agarrado ao poder, andando numa roda-viva entre Atenas e Bruxelas, a fingir que pretende alcançar um acordo com os outros 18 líderes da Zona Euro. Mais tarde ou mais cedo acabará por ser corrido por manifestações de funcionários públicos com os salários em atraso e por pensionistas que deixaram de receber parte das pensões. Não foi assim que os regimes socialistas dos países da Europa de Leste implodiram em 1989?


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